Members Login
Username 
 
Password 
    Remember Me  
Post Info TOPIC: And so it Begins


Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
And so it Begins
Permalink   


Arô gente! Eu sou a 'nisse e venho por este meio postar a minha fic. Desculpem lá o comprimento do texto mas, espero que gostem.
Full Story: http://z3.invisionfree.com/Supernatural_Forum/index.php?showtopic=470
 Breve apressentação das personagens:
- Sam Winchester
- Dean Winchester
- Charlotte Grey (Sammy's Girl)
- Eva Carter (Dean's Girl, brevemente)
- Jeremy Harper
- Jack Harper
- Abraão
- Jim Bonem (Charlotte's dad brevemente)
- Bobby Sieger
-Jo (brevemente)

S1E1

AND SO IT BEGINS


Charlotte, encontrava-se deitada na sua cama, tinha a cara vermelha e os olhos húmidos, havia passado as duas últimas horas a chorar. Estava toda enrolada e rodeada de lenços de papel, encontrava-se agarrada a uma foto sua e do namorado, Jeremy. Agora encontrava-se calma, doía-lhe muito a cara para chorar e sentia que não havia qualquer lágrima para rolar.
- Amor- Disse uma voz grossa, na porta do quarto. O suficiente para fazer Charlotte tremer e estar na beira do choro.   Não queria que a nossa despedida fosse assim
- Eu detesto despedidas- Soluçava Charlotte.
- Eu sei- Disse Jeremy, que estava a fazer uma força sobre-humana para não chorar. Como se tivesse levado um esticão, Charlotte abraça o seu namorado de três longos anos.
- Não quero que vás. Não é justo- Charlotte apertava Jeremy contra si.
- Nunca o é, amor. Jeremy largou-se da amada e olhou-a nos olhos.
Beijou-a. Beijou-a como se nada os pudesse separar.
- Tenho de ir. Disse Jeremy. Limpou as lágrimas a namorada e beijou-a na testa. Levantou-se da cama e dirigiu-se para a porta. Estava lindo vestido de militar.  Tinha um porte tipicamente britânico, tinha o cabelo aloirado e uns olhos verdes de morrer. Agora encontrava-se a porta de seu quarto preparando-se para partir.
- Não- balbuciou Charlotte vendo o homem da sua vida a ir porta fora. Preparava-se para ir lutar pelo seu pais, derrotar os inimigos e voltar herói.
- De certeza que não queres vir comigo ao aeroporto? Jeremy, perguntou mais uma vez, sabia que a resposta seria não mas, esperava ouvir um sim. Continuava parado a porta, rodando o seu chapéu na mão e quando viu que Charlotte lhe dera uma negativa, pegou no saco.
Desceu as escadas rapidamente, como se esperasse ver-se livre da casa o mais rápido possível, quanto menos tempo lá tivesse menos dor sentiria ao sair. 
- JEREMY! Ouviu-se um grito e Jeremy olhou para trás. Charlotte encontrava-se no alpendre. VOLTA PARA MIM, SÃO E SALVO E EU CASO-ME CONTIGO! Exclamou Charlotte. 
Ao ouvir aquilo, Jeremy esboçou um enorme sorriso, teve vontade de correr para a amada, até deu passos em direcção a ela, mas a carrinha não esperava e apitava sem cessar. Deu passos para trás sempre a sorrir, entrou na carrinha sem nunca tirar os olhos do alpendre. 

Podia-se dizer que, por agora, os irmaos encontravam-se num período de descanso, não que isso alguma vez houvesse quando se trata de demónios mas, agora estavam concentrados em encontrar a quem ou aquilo que trouxera Dean de volta.
Bem, estamos na mesma! Desabafou Dean, pondo os pés em cima da mesa, cheia de papéis e mapas, logo depois abriu uma garrafa de cerveja. 
 - Temos que continuara procurar, Dean. Sam levantou-se e dirigiu-se para a janela.
- Estamos a procura a mais de um mês, Sam! E não encontramos nadaestas mais preocupado com isto do que eu! Dean deu um trago na sua cerveja. Sam virou-se para o irmão espantado.
- Eu não te entendo! Como é que podes ficar assim?
- É simples, estou de volta- Dean expressou um sorriso cínico e Sam abanou a cabeça.
- Nem sabemos quem ou quê te trouxe de volta
- Não me importa, Sam!  Porque raio tens de ser tão insistente e simplesmente aceita!
- Não aceito, porque o que te trouxe pode perfeitamente voltar a levar-te! Exclamou Sam. Dean preparava-se para responder quando o seu telemóvel tocou. Deu um último trago na cerveja e atendeu, do outro lado era Bobby.
- Bobby!
- Hey, Dean.
Que se passa? Descobriste alguma coisa? Perguntou Dean. Aquela pergunta tornara-se praxe, substituindo o famoso tudo bem?
- Nada mas, tenho duas palavras para vocês. Disse Bobby.
- Sim
- Escatawapa, Mississippi. Disse Bobby. Dean olhou para Sam.
- Temos trabalho, Sammy.

Quando chegaram, Bobby encontrava-se encostado ao seu carro, olhando para um parque cheio de crianças com um ar nostálgico.
- Bobby
- Oh, olá rapazes. Cumprimentou Bobby, sem nunca tirar o olhar d o parque.
- Que fazes? Perguntou Sam, trocando de olhares ora entre Bobby ora entre o parque.
- A apreciar a vista- Disse Bobby, encolhendo os ombros. Dean deu uma bela olhada pelo parque e a maioria dos presentes eram crianças, lançou um olhar confuso a Bobby.
- Não achas que estas"vistas" são um pouco novas para ti, Bobby? Perguntou Dean, como resposta levou um ar reprovador de Sam e um ameaçador de Bobby.
- Então, que fazemos aqui? Perguntou Sam, como que querendo desviar a pergunta infeliz do irmão.
- 5 Crianças desaparecidas nas últimas duas semanas, 2 apareceram ontem mas, infelizmente estavam mortas. O mais esquisito, é que estavam sem qualquer réstia de sangue.
- Quê? Como assim? Perguntou Dean. Bobby desencostou-se do carro e meteu a mão pelo vidro, tirando de lá uma capa, lá dentro encontravam-se fotos das crianças, poderia sem completamente diferentes mas, naquele momento parecia sem todas iguais, pois encontravam-se completamente chupadas.
- Wow - Balbuciou Sam, passou algumas imagens ao irmão que teve a mesma reacção.
- Que achas que seja? Um palhaço assassino como o do circo? Perguntou Dean.
- Não, aquele tinha um modos operandi diferente, tinha de ser convidado a entrar e não matava as crianças, ao contrário deste que fa-las parecer empalhadas. Que achas, Bobby? Disse Sam.
Bobby continuava de olhar atento nas crianças que riam e gritavam no parque a subir e a descer de escorregas. Nesse momento, ela apareceu e Bobby sentiu um baque no coração. Estava linda.
- BOBBY!
- O que foi?
- De que achas que isto se trata? Perguntou Dean, estranhando o jeito do amigo.
- Porque raio achas que vos chamei?
Sem mais palavras, meteu-se de novo do carro e partiu. Sam e Dean, ficaram espantados com o jeito do amigo, ao mesmo tempo olharam para o parque e novamente só viram crianças. 

Percorreram o hospital e entraram na morgue. Havia quatro mesas de autopsias sem nada em cima e com os respectivos estojos de medico ao lado em carrinhos. Na parede estavam pregadas as gavetas onde os corpos estavam armazenados, Sam aproximou-se, confirmando o número e abriu a gaveta, destapando o corpo, ali encontrava-se uma criança de raça negra, completamente chupada e com uma expressão calma na cara.
- Muito sinceramente, não faço a mínima do que isto seja. Disse Sam, olhando de cima abaixo para a criança. Somos dois. Vá, vamos ver se encontramos alguma coisa
- Hã? Queres tocar...
- Sim, como esperas encontrar alguma coisa? Telepatia? Exclamou Dean. Sam fez uma cara de enjoado. Dean sem fazer caso as caretas do irmão, começou a mexer no cadáver, abrindo os olhos, vendo atrás das orelhas, dentro da boca, nas mãos estava quase a desistir quando algo despertou a sua atenção, uma marca em forma de dentes afiados no braço do rapaz, eram marcas únicas não faziam perfurações perfeitas, pareciam brutas. Sam concentrou-se nas outras vitimas e todas exibiam a mesma marca, embora em partes diferentes do corpo.
- Que raio é esta coisa? Perguntou Dean.
- Não sei, Dean.

Bobby parecia tudo menos concentrado no caso, a medida que Sam e Dean iam falando ele ia andando em direcção ao parque. Bobby, parou em frente a uma rapariga que se encontrava a falar com uma outra não muito mais velha que ela.
- Charlie...- Chamou Bobby. A rapariga como se adivinhando chamamento olhou para Bobby, mas não o viu. Ao invés disso debruçou-se para falar com uma criança que lhe trouxera uma flor.
Nas costas de Bobby, Sam e Dean não faziam a mínima do que se passava
- Bobby?!
- O que foi?
- O que se passa contigo? Passas o tempo todo a olhar para esse parque...que se passa? - Disse Sam, visto que Bobby mal falava da sua antiga vida.
- Não importa, apanhem o raio da criatura, para nos irmos embora o mais rapido possivel.

Mais tarde os rapazes encontravam-se no motel, Dean estava deitado em cima da cama folheando um jornal local e Sam pesquisando no computador.
- Que raio foi aquilo? Perguntou Dean, espantado.
- Aquilo? Perguntou Sam.
- Aquela cena toda do Bobby - Disse Dean.
- Não sei...o Bobby é muito reservado, já sabes. - Disse Sam, enquanto teclava no computador.
- Tão reservado que chega a ser assustador. - Disse Dean, que tinha trancado a atenção na fotografia de uma actriz de cinema com um vestido vermelho.
- Acho que já sei o que procuramos
Dean aproximou-se do irmão, deixando a revista de lado.
- Conta-me.
Ao que parece procuramos um Nhegheti. Eu sei nome, esquisito, isso porque a criatura é ainda mais esquisita. Ao que parece estas coisas, são criaturas a procura da juventude eterna e adivinha quem a tem?
- Crianças
Exactamente. O facto de serem todas chupadas é porque esses Nhegheti tiram-lhes o sangue, sangue novo e puro, daí as mordeduras esquisitas no corpo.
- Saboroso- Dean puxou uma cadeira a e sentou-se.
- Muito! Ao que parece estas crianças não foram as primeiras, os desaparecimentos datam de a 2 meses atrás.
- Então diz-me, como o matamos?
- Fogo.
- Óptimo, já sentia falta de fogo-de-artifício.
- Dean, há um problema- Disse Sam sem nunca tirar os olhos do computador
- Era bom demais para ser verdade. - Disse Dean contrariado.
- Estas coisas podem se parecer com qualquer pessoa. Têm o dom da metamorfose, podem ser qualquer pessoa.
- Como a Shtriga.
- Sim, nos jornais vinha que as vitimas não tinham feridas defensivas, portanto foram levadas por alguém de confiança. Ao acabar de proferir aquela frase, Sam lembrou-se da rapariga de Bobby. Não foi preciso proferir uma palavra, Dean já tinha pensado o mesmo.
- Pouco tempo depois encontravam-se em frente a casa de Charlotte.
- Hey, dá uma olhada á volta eu vou falar com ela.
- Porquê, eu? - Perguntou Dean.
- Limita-te a fazer, okay?!
 Sam, percorreu o caminho que dava acesso a casa, subiu a pequena escadaria e bateu a porta. Segundos depois abriu-se a porta e a rapariga que Bobby tanto admirava veio a porta. De facto, era mais bonita de perto tinha uns olhos castanhos penetrantes, tinha os cabelos compridos aos caracóis e uma pele morena. Sam ficara hipnotizada pela beleza da rapariga, tinha farinha na testa, pelos vistos estava a cozinha mas, mesmo assim estava linda.
- Sim? - A voz dela despertou-o da visão hipnotizante.
- Hum...Boa tarde, U.S Marshall Callahan Sam tirara o distintivo para se identificar.
- Em que posso ajudar? - Perguntou a rapariga.
- Queria fazer-lhe umas perguntas acerca das crianças desaparecidas. Posso entrar? Perguntou Sam. Charlotte sorriu e empurrou a porta.
Sam entrou logo de seguida, Charlotte limpou as mãos no avental, sacudindo a farinha das mãos.
- Em que posso ajudar? - Perguntou Charlotte, cruzando os braços sobre o peito.
- Soube que algumas das crianças desaparecidas andavam na sua escola? Perguntou Sam.
- Sim, infelizmente.
- Você é a única educadora Sra...
- Grey. Charlotte Grey. E não, sou eu e mais três raparigas, uma delas encontra-se em licença de maternidade, ainda demora a voltar. Estou só eu e a Jane. Jane Walker.
- E essa Jane Walker, ela trabalha a muito tempo por aqui? - Perguntou Sam. A medida que ia falando ia tirando notas.
- Não, ela por acaso chegou aqui por volta de 2 meses. Mas, garanto-lhe ela é uma óptima pessoa. Disse Charlotte, sorrindo. Sam ficou mais impressionado com a sua beleza e simplicidade.
- Não duvido, pode-me dizer onde ela mora?
- Não muito longe, mesmo atrás da escola.
- Certo e...que cheiro é este? Perguntou Sam, quando um cheiro a queimado lhe veio ao nariz. Nesse momento, Charlotte correu para a cozinha, abriu o fogão e de lá tirou uma travessa queimada e fumegante.
- Oh, o meu bolo- Lamentou Charlotte. Sam, achou engraçado a careta que Charlotte fez ao sentir o cheiro a queimado. Charlotte apanhou o cabelo um rabo-de-cavalo e Sam observou o pescoço da rapariga, era bonito mas nao tinha nada de invulgar.
- Mais alguma coisa Sr. Callahan? - Perguntou Charlotte, olhando para o bolo queimado. Sam entregou-lhe o seu cartão com numero de telefone para o caso de saber alguma Charlotte pudesse telefonar. Antes de sair, olhou para o retrato de Charlotte na parede, um retrato a preto e branco em que ela mandava um beijo para quem estivesse a ver, estava linda.


Saiu pouco depois, Dean encontrava-se encostado ao Impala.
- Pá, podias demorar mais tempo... na boa! Ironizou Dean.
- Encontras te alguma coisa? - Perguntou Sam ignorando a ironia do irmão.
- Nada. A cave estava limpa, apenas tinha muita tralha dentro. Disse Dean. - Normalmente nestes casos costuma-se encontrar elementos de magia negra pendurado perto do altar onde eles...sugam as vitimas, mas aqui nada. Nem um espanta espíritos. E tu, ela tinha marcas?
- Não, estas criaturas costumam ter chagas no pescoço pois usam o silício como tortura por matarem crianças mas, ela não tinha nada. Disse Sam.
- Boa, matam depois torturam-se
Presumi que fosse a outra rapariga, uma Jane Walker, não mora longe daqui, aliás ela mora mesmo atrás da escola. Disse Sam com um sorriso triunfante.
- Vamos caça-la!

Assentaram arraiais perto da escola. Não devia ser mais do que sete horas da tarde quando viram Jane Walker a sair do seu prédio de 3 andares. Quem olhasse para ela pensaria que ela uma rapariga normal como qualquer outra. Tinha um cabelo curto e pintado de vermelho, umas calças de ganga e uma camisa preta, coberta por um casaco de ganga. Começou a andar em ritmo frenético, Sam e Dean começaram a seguir a rapariga no Impala. Ela passou pelo parque e parou. Viu algumas crianças a subirem e a desceram no baloiço, estendeu o braço e abriu as mãos fixando o olhar numa das crianças e logo o alvo olhou para ela. Não parecia ter mais de 10 anos e foi a correr para Jane com um abraço, Sam reconheceu era uma das crianças que estava com Charlotte no parque durante a escola. Jane murmurou uma coisa ao ouvido da criança ao que a criança respondeu com um sorriso simpático. 
Ao mesmo tempo, a rapariga partia a janela de um carro e metia a criança lá dentro. O Impala partiu atrás do carro azul, sempre mantendo a distância e a descrição. Jane saiu do carro sempre com a mão dada a criança, Sam e Dean observavam de longe. Ao invés de Jane entrar pela porta frente, deu a volta e entrou directamente na cave de onde vinha uma luz amarela, no momento em que fechou a porta, os rapazes saíram do carro.
 Jane, deitou a criança numa mesa. Pendurados no tecto encontravam-se vários amuletos de magia negra, que tinham de ser queimados no fim. Tirou o seu casaco de ganga e a pesada corrente a volta do pescoço, ao mesmo tempo ditava uma reza qualquer, de repente a cara simpática de Jane tornou-se num monstro autêntico com uns dentes salientes e os olhos vermelhos, e preparava-se para atacar o pobre rapaz, quando Sam disparou e atingiu a rapariga nas costas que se virou e preparou para o atacar.
Dean, voltou para dentro da cave e destruiu o altar negro e subiu as escadas, onde Sam tinha acabado de ser atirado contra uma velha estante. Nesse momento, Dean disparou contra o monstro.
- Hey! Diz Olá - E ao mesmo tempo disparou um jacto de fogo, que queimou o monstro até as cinzas. 

Sam pediu ao irmão que esperasse, Charlotte ao vê-lo veio na sua direcção.
- Hey, eu soube sobre a Jane, aparentemente foi ela a causa do desaparecimento daquelas crianças todas, certo? - Perguntou Charlotte.
Sam encontrou-a cansada, parecia que tinha ficado a noite toda a chorar.
- Sim, ao que parece
- Nem sei que pensar.
- Imagino, devia ser uma pessoa fantastica.- Disse Sam, balançando com as mãos nos bolsos.
Charlotte achou-o muito amoroso.
- Obrigada, Sam. Disse Charlotte com um sorriso.
- Eu não me chamo, Sam. Disse Sam tentando negar. Charlotte sorriu.
- Chamas-te sim. Sam Winchester e aquele, no carro é o teu irmão Dean. Disse Charlotte sorrindo. Sam começava a ficar assustado.
- Como sabes isto tudo?
- Fica descansado, não sou nenhum demónio ou algo desse género.  Simplesmente, conheço o Bobby e sei que está cá na zona, como nunca o tinha visto acompanhado perguntei por vocês. Disse Charlotte.
- Sabias que o Bobby estava cá?
- Eu sempre sei quando o Bobby está por ai, ele não faz o mínimo para disfarçar. É ridículo.
- És caçadora? Perguntou Sam.
- Não, simplesmente sei com quem falar. - Disse Charlotte. Começou a caminhar para o parque onde as crianças continuavam a brincar, como se nada se tivesse passado.
- Então sabias quem eu era, este tempo todo?
Charlotte sorriu. Sam derretia-se todo quando o fazia.
- Vocês não são tão discretos quanto pensam. Já gora, diz ao Bobby que se quiser falar comigo que o faça de uma vez, ao invés de jogar as escondidas. Disse Charlotte.

- Sam voltou para o carro completamente atordoado, sem saber o que pensar.
- Porque raio estava ela a apontar para mim?
- Ela sabia quem nós éramos.
- Disseste-lhe?
- Não...ela, sabia.


Continua...
NEXT EPI: MAGIC FOREST
smile.gif


-- Edited by 'Nisse Dee at 14:13, 2009-01-12

Attachments
__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!


Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
Permalink   

S1E2
MAGIC FOREST
Historia completa em:
http://z3.invisionfree.com/Supernatural_Forum/index.php?showtopic=472

Dean encontrou-se em plena escuridão, não via nada nem ninguém. O seu coração batia rápido, enquanto ouvia os sons que o rodeavam. Sentiu um gosto metálico na boca, presumindo logo depois que era sangue. Tentou abrir os olhos mas não conseguiu, estava preso, tentou fugir, tentou arrancar as correntes que o prendiam mas, apenas lhe faziam mais dores. Resolveu não forçar mais. Tentou novamente abrir os olhos mas, não conseguia, voltou a atentar e não conseguia. Ouviu grunhidos em volta e uma dor imensa inundou-lhe o peito como fogo que o trespassava, em volta os grunhidos aumentaram de volume, quanto mais Dean gritava e sangrava mais a dor aumentava. Sentiu o sangue a escorrer-lhe pelo peito abaixo

- DEAN! Gritou Sam. Dean abriu os olhos, tinha a respiração ofegante e estava todo suado. Havia adormecido enquanto Sam conduzia.
Sam olhava para o seu irmão assustado, os pesadelos deixavam-no apreensivo. 
- O que aconteceu?- Perguntou Dean com a mão no peito, lhe doía. 
- Adormeceste, dai a pouco tempo começaste a gemer e a tremelicar, com a mão no peito. Tive de parar o carro e ver como estavas.  - Disse Sam assustado. Dean levantou-se, continuava com uma intensa dor no peito.
- Não, não sei...não me lembro. 
- Não te...- Sam bufou. - Isto começa a ser ridículo. 
- Ridículo?
- Sim, Dean. Ridículo! Estamos nisto a meses! Tens estes pesadelos esquisitos, tremes por todo o lado e depois não sabes o que acontece!
- Ah sim, e eu estou feliz com isso! Olha para mim e a minha felicidade!Sam respirou fundo. 
- As vezes parece que não te esforças para saber o que te acontecer, é como se não te importasses.
- Pois olha, tenta ir dar uma volta ao inferno e logo vês se vais ter algum prazer em relembrar o que te aconteceu lá em baixo.  
 Fizeram o resto do caminho até casa de Bobby em silêncio. Tinham recebido um telefonema de Bobby para irem a sua casa pois ao que parece havia um caso a espera. Chegaram a casa de Bobby e depararam-se com um Mustang todo preto parecia um autêntico puma. 
- Hei, Bobby de quem é aquele carro lá fora? - Perguntou Sam
- Yah, grande carro, é teu? - Perguntou Dean puxando uma cadeira, enquanto Bobby fechava a porta. 
- Não, é meu.- Disse Charlotte encostada a ombreira da porta da cozinha. Dean observou-a de cima abaixo, de facto era bonita. 
- Belo carro! - Exclamou Sam, ainda não tinha engolido aquela história de Charlotte saber quem eles eram. 
- Obrigada, Sam. - A rapariga fez questao de acentuar no seu nome. - Bem, Bobby penso que esta na hora de me ir embora
- Não! Anda, vem dar uma vista de olhos nisto.- Disse Bobby.
Observou-a enquanto passava, tinha um jeito especial de andar, umas pernas fantásticas e umas curvas de morrer.
- Cuidado Sammy, os olhos também comem.- Sussurrou Dean ao ouvido do irmão. 
- Okay, rapazes chamei-vos cá por causa disto. - Disse Bobby apontando para o mapa do estado de Minnesota, especialmente para uma cidade de nome Litlle Falls. - Esta floresta tem algo em especial. Nos passados 20 anos mais de 50 homens lá entraram e nenhum deles saiu. O maior grupo de desaparecidos foi o de bombeiros local, 10 homens ficaram lá dentro no dia do acampamento realizado pela corporação. Tentei a minha sorte mas, quase morri tambem...
- Eu lembro-me desse dia, estavas muito agitadoO que era? - Perguntou Charlotte, estava do outro lado da mesa em frente a Sam, com os braços cruzados sobre o peito.
Sam perguntou-se que raio de relação era aquela. Charlotte era muito nova, demasiado para Bobby e no entanto parecia haver ali carinho, compreensão, entendimento a um nível extremo.
- Uma bruxa. Do tipo Blair Witch Project. - Disse Bobby enquanto tirava uma imagem da suposta bruxa e alguma informação. Sam apanhou uma foto da suposta bruxa, tinha um ar assustador, coberta com um enorme manto negro toda coberta e curvada, de onde apenas se viam as suas mãos esqueléticas. - Costumam aparecer este tipo de bruxa de tempos em tempos. Eram mais frequentes na Idade Media, mas os caçadores da altura extinguiram quase todas, as sobreviventes não gostam de dar nas vistas mas, é praticamente impossível quando 10 homens desaparecem de uma vez. 
- Porque não conseguiram apanha-la? - Perguntou Dean, olhando para fotos e informações.
- Para as apanhar é preciso uma espécie de contra feitiço, que quando mal feito, em vez de a matar só a enfurece e torna-nos alvos fáceis. Eu e o vosso pai quase enlouquecemos a tentar sair daquela mata. - Disse Bobby.
Charlotte, tocou no ombro de Bobby e isso despertou a atenção de Sam. 
- Okay, como vamos fazer isto? - Perguntou Dean.
- Bom, ainda não estou bem informado e é preciso estarmos preparados para esta coisa, não é um simples demónio. Enquanto eu fico aqui a trabalhar nisto, vocês os três vão a essa cidadezinha e falem com as autoridades, todo o procedimento
Charlotte espantou-se.
- Espera, Bobby. Vocês os três? Eu também?
- Sim...
- Porquê?
- Porque as vezes é preciso um toque feminino nas coisas.
- Hã? Eu nem sei como isto funciona, eu não sou caçadora! 
- Pois, mas sabes o suficiente para sacar os nossos nomes aos teus informadores "sei com quem falar", lembras? - Ironizou Sam.
-Charlotte lançou-lhe um olhar mortífero. 
- Pois bem, vais com ajuda-los. Se tiver novidades eu telefono.
Seguiram caminho, sempre com o Mustang Shelby atrás. Sam continuava a observar o carro negro que os seguia. Tentava perceber quem era aquela rapariga e que tipo de relacionamento tinha com Bobby, porque raio havia tanta cumplicidade entre os dois. 
- Sabes, acho que vais ficar obcecado por essa rapariga- Disse Dean, de olhos na estrada.
Fizeram uma curva e Sam preocupou-se por momentos pensando que o carro não ia aparecer, mas depois lá veio o Mustang negro. 
- Hã? - Perguntou Sam, sem nunca tirar os olhos do espelho retrovisor. 
- Estás obcecado por ela, meu. - Disse Dean no gozo. 
- Não estou nada!
- Então, pára de olhar para o raio do carro, ela está atrás de nós. - Sam desviou o olhar momentaneamente do espelho. Voltaram a dar uma curva e Sam voltou a olhar para o espelho. 
- Sam!
- Não confio nela, Dean. 
- Pois, nos ultimos tempos não tens confiado em ninguem!- Exclamou Dean, olhando para o irmão pelo rabo do olho. 
- O que queres dizer com isso? 
- Nada...
-  E que tal ao invés de me estares a chatear, devias estar mais concentrado lembrar-te do que raio te aconteceu no inferno, não?
- Achas que não me esforço, Sam? O que achas que eu faço a toda a hora? Jogar paciências
Dean não queria entrar naquele assunto, não queria dizer ao irmão que nos últimos dias as lembranças tornaram-se mais vivas, e que sempre que fechava os olhos os flashes eram mais vivos. 
- Simplesmente, acho que desde que voltaste que me escondes-me coisas. 
- Sim, que a minha paciência tem limites, Sam! Achas que consigo lembrar-me de alguma coisa, contigo a gritar-me no ouvido?
 Chegaram a cidade de Litlle Falls, era uma cidade como uma outra qualquer, só que esta vinha com um bruxa assassina como brinde. Enquanto os rapazes recolhiam informação sobre os desaparecimentos, Charlotte encontrava-se encostada no seu carro, vinha a seguir o carro dos rapazes e sempre com Jeremy no pensamento, havia dois dias que não havia telefonemas da parte dele e o aperto tornava-se maior. Falou com a mãe do seu namorado, que explicou que o filho se encontrava numa área de pouca recepção e havia vezes em que a rede de comunicações falhava. Simplesmente odiava aquelas situações, só pensar em Jeremy era o suficiente para sentir o aperto e as lágrimas subirem-lhe aos olhos.
Nesse momento Sam e Dean, desceram da esquadra de polícia vestidos em fatos cinzentos.
Sam ficava muito bem naquele fato, Charlotte achou-o simplesmente lindo. 
- Então que descobriram?- Perguntou Charlotte. 
- Bem, ao que parece houve sobreviventes. Apenas três até agora. Respondeu Dean. 
- Vamos falar com eles então. - Disse Charlotte. 
- Acho difícil, um deles suicidou-se 3 dias depois de ter saído da floresta, atirou-se da janela em frente da mulher. Um encontra-se igual a um vegetal, esta de tal modo sedado que nem sabe em que dia está, o terceiro de todos, segundo o xerife é o que está em melhores condições de conversa visto que, foi o único que deu um depoimento minimamente normal...
 - E onde está ele?
- Hospital Psiquiatrico.
  Seguiram pelo corredor central e entraram no elevador que os levou para um 5º andar. Mal as portas se abriram reinava o silêncio, corredor era todo branco e dava a uma mesa com um recepcionista que estava minimamente concentrado no seu trabalho. Tinha os pés em cima da mesa e a estava a mascar pastilha ruidosamente.
Charlotte teve um ideia quase que automática. Entregou o casaco a Sam, puxou a camisa para baixo, podendo mostrar só um pouco do seu decote, agitou o cabelo, caminhou em direcção ao rapaz sob o olhar atento de Sam, que esperava pensando que Charlotte ia dar um show de sensualidade. 
- Bom dia. - Disse Charlotte com um sorriso simpático, despertando toda a atenção do rapaz.- Eu sou jornalista, chamo-me...Shannon...Mors trabalho para...o... London... Underground e queria uma entrevista com um dos pacientes.
Charlotte usava um sotaque britânico. 
- Qual paciente? - Perguntou o jovem, mascando a pastilha ruidosamente e olhando para Charlotte como se fosse um pedaço de frango no espeto. 
- Hum...bem, basicamente o único sobrevivente mentalmente estável, daquele massacre que houve na floresta
- Oh, esse é o paciente do Dr. Nichols, o Edmund Collins
- Sim, Sr. Collins. Acha que o Dr. Me concede uma entrevista ao seu paciente?
O rapaz voltou a olha-la de cima abaixo. 
- Quem não daria? Vou chamar o Dr. Disse o rapaz, saltou por cima do balcão esperando que Charlotte ficasse impressionada.
Pouco tempo depois, o rapaz apareceu acompanhada do medico, não era muito velho devia ter uns 50 anos e tinha os cabelos brancos, era dono de um olhar simpático e um sorriso doce. 
- Você é a jornalista? A bela jornalista, como disse aqui o meu sobrinho- Disse o médico. 
- Sim, sou eu. Chamo-me Shannon. Shannon Mors, repórter para o London Underground.
Charlotte começava a achar que se dissesse aquilo muitas vezes, começaria a ser verdade.
- E queria uma entrevista com o seu paciente, Sr. Collins. 
- Ah, minha querida, adorararia conceder-lhe tal honra mas o Sr. Collins não está a ter um bom dia. - Disse o médico com as mãos nos bolsos da bata. Por detrás dele, Dean falava ao telefone e apontava algo na mão e Sam encontrava-se encostado a parede, os seus olhares cruzaram-se por momentos. 
- Porque diz isso, Dr?-  Perguntou Charlotte, tentando concentrar-se o mais possível. 
- Tem andando agitado e diz ouvir vozes, gritou toda a noite não querendo dormir nem deixando os outros pacientes dormirem. Só agora acalmou, tive que chamar quatro seguranças lá de baixo para o virem segurar enquanto só para levar uma injecção. - Disse o médico. Charlotte perguntou-se que raio de coisa podia fazer um homem entregar-se a loucura daquela maneira. 
- Ouça...- Disse Charlotte acentuando ainda mais o seu sotaque Britânico, que tinha aprendido com Jeremy. - Eu preciso desta entrevista! Quando soube deste caso sai de férias para trabalhar nisto. Por favor, isto é o meu bilhete para a minha promoção. Prometo-lhe se conseguir, envio-lhe uma cópia da revista e estará na minha lista de agradecimentos, em primeiro lugar em letras garrafais!
O médico observou a rapariga de alto a abaixo. Charlotte começava a estar farta destes olhares mas, aguentou-se na mesma. 
- Está bem mas, só porque é muito simpática e bonita. - Disse o médico. 
- Obrigada. Importa-se que entre com os meus colegas de trabalho? Perguntou Charlotte. O médico virou-se e observou os irmãos Winchester.
- Hum...penso que há um pequeno problema em relação a isso...
  
- O quê?! Exclamaram ao mesmo tempo.
- É isso mesmo! Parece que o Edmund tem problemas em falar com homens, ao que parece, lembra-lhe os seus homens deixados na floresta- 
- Espera, ele deveria ter medo de ti, visto que é uma bruxa e não um bruxo! Exclamou Sam.
Charlotte bufou. 
- Olhem, deixem-me falar com ele
- Ah, nem pensar que te vamos deixar sozinha e sem protecção com um louco! Exclamou Dean.
- Eu não estou desprotegida, vocês vão ver-me pelo vidro! Desculpem, é a única maneira que há para sacarem alguma coisa dele! -
Os irmãos acabaram por deixa-la entrar e falar com o homem.
Charlotte entrou na sala e encontrou o paciente sentado a mesa, com a cabeça baixa. Foi lhe dito que o homem se encontrava sedado, portanto não constituía muito perigo.
Charlotte aproximou-se da mesa e sentou-se, no exacto momento em que o fez, o homem levantou os olhos verdes e cansados. A rapariga sentiu um arrepio na espinha. 
- Ouvi dizer que queria falar comigo, verdade? - Perguntou Edmund numa voz rouca e assustadora. - Queria saber, o que raio aconteceu naquela maldita floresta, certo?
Usava um uniforme branco de mangas curtas de onde era possível ver as marcas das seringas nos antebraços. 
- Se possivel...
- Nada de mais, apenas um fim-de-semana de homens com cerveja, futebol, testosterona por tudo o que era lado. Nem eram 22horas quando aconteceu, primeiro o cheiro a podre intenso e toda a comida aparece coberta de larvas. Depois o frio que se instala seguido de um nevoeiro intenso, a partir dai é o caosGritos e mais gritos e o cheiro intensifica-se. Eu vi-a, passou entre mim e um outro homem era como se estivéssemos a olhar para o fim do mundo. O interior gelou, o seu sangue gelou nas veias e o meu coração parecia que parara de bater. Sentia-a a passar por mim, passou-me como facas em chama. A cara dela persegue-me, posso fechar os olhos ou tê-los abertos que lá aparece, como um flash de fotografia! Não consigo tira-la da cabeça! - O homem exaltou-se, atirando a cadeira para trás.
Charlotte agarrou-se a sua. O homem correu para a porta e trancou-se por dentro. 
- Sr. Collins, acho melhor deixar a porta aberta.
- Sabe, aquele cheiro podre não o consigo tirar de mim. Posso estar quieto sem fazer nada e aquilo vem-me ao nariz. Aquele frio, persegue-me mesmo que esteja 40º graus lá fora- Caminhava para Charlotte que agora se encontrava de pé e andava para trás. 
- Acho melhor abrir a porta
- NINGUEM VAI ABRIR PORTA NENHUMA! Assim, ela não entra, assim não oiço os seus passos, nem a sua voz cortante...
Charlotte dera-se conta que agora o que estava atrás si, era apenas parede não tendo para onde fugir e o homem encontrava-se a menos de um metro. A porta começara a tremer com pontapés e gritos dos homens atrás dela. Edmund virou-se e agarrou na mesa, logo depois na cadeira, pondo-as atrás da porta. Voltando a sua atenção para Charlotte que estava aterrorizada.
Edmund baixou-se e das suas meias tira uma navalha. O coração de Charlotte levou um baque. 
- Sr. Collins largue a faca...
Mas, o homem ignorou o pedido de Charlotte. 
- O mal dos outros, é que se deixaram levar. Aquela coisa tortura-nos psicologicamente, mostra-nos os nossos maiores medos, enrola-nos na sua teia como moscas. Estamos praticamente mortos quando chegamos as suas mãos. Mas, sabe que mais, não vou dar esse privilégio a essa coisa. - O espaço entre os dois era quase inexistente, os pontapés e gritos dos seguranças aumentavam do outro lado da porta. 
- O que pensa fazer? - Perguntou Charlotte, sentia o bafo do homem era agonizante. 
- Eu, vou acabar com isto! - Disse o homem. Ergueu a faca até aos olhos, depois olhou para Charlotte e passou com a faca, pelo seu cabelo depois pescoço descendo para o seu peito ofegante. 
- Não faça nenhuma estupidez...
E com um sorriso, passa a faca pelo seu próprio pescoço, a frente de Charlotte que fica ensopada com o seu sangue. Ao mesmo tempo o vidro que a separava do resto do mundo é partido com uma cadeira e entram os seguranças, médicos e depois Sam e Dean.
Charlotte olhava para o homem ainda deitado no chão, tremelicava e cuspia o seu próprio sangue. A poça a sua volta aumentava.
- Charlotte... Charlotte.... Hei, olha para mim. - Disse Sam, que se meteu mesmo a frente da rapariga. Charlotte parecia não ver nada a frente, não gritou e nem fez nenhum som, estava apenas muito quieta. Sam, tocou-lhe no braço e ela assustou-se olhando directamente para os olhos verdes de Sam. 
- Ele matou-se...
A rapariga tremia imenso e começava a chorar.
- Eu sei. Anda, eu levo-te...
Tomou-a nos braços e levou-a para a fora da sala, ao mesmo tempo ouviram o médico declarar a hora de morte 15:34. Caminharam pelo corredor e Sam levou-a para a casa de banho, onde Charlotte vomitou na sanita. Levou-a depois para o lavatório, onde lhe molhou a cara.
As pernas de Charlotte faltaram-lhe e ela escorregou pela parede abaixo ficando sentada no chão.
- Charlotte, hei! Olha para mim, como me chamo? - Perguntou Sam
- Sam. Sam Winchester. - Charlotte baixou a cabeça. Sam ficou surpreso por ela saber o seu apelido.
Dean entrou na casa de banho com um copo de água e um calmante. Observou enquanto o irmão entregava o copo e o comprimido a rapariga. Voltou a sair. 
- Estás mais calma? - Perguntou Sam. Charlotte estava visivelmente emocionada, continuava de cabeça baixa e não respondeu a Sam. Ao que este tocou-lhe no cabelo afastando-o da cara, Charlotte respondeu ao toque levantando os olhos. Acenou afirmamente, levantou-se com a ajuda de Sam e olhou-se no espelho. Viu que tinha a camisa cheia de sangue. 
- Tenho de mudar de roupa. 
  Sam encontrava-se sentado na mesa rodeado de papei, enquanto Charlotte estava deitada na sua cama, tinha tomado dois calmantes e precisava descansar. Tinha uma camisa sua vestida que lhe ficava grande e, com o quarto em silêncio, a sua respiração pesada era o único som presente. Sam observava-a, estava deitada de barriga para cima e a camisa estava aberta na zona do umbigo mostrando uma barriga lisa. Viu como o seu corpo fazia curvas perfeitas e como o seu cabelo se estendia pela sua almofada, segundos depois censurou-se por ter pensamentos daquele nível.
Dean, apareceu a porta, pondo em cima da mesa mais papéis. 
- Que é isto? Perguntou Sam.
- Informações sobre a nossa bruxinha, penso que está ai o que precisas. Volto já. - Disse Dean, voltando a sair. 
- Espera, onde vais? - Perguntou Sam.
- O Bobby mandou-me uma lista de coisas que vamos precisar. Disse Dean, olhou para as camas e Charlotte estava lá deitada. Voltou-se para o irmão que dava uma olhadela pelos papéis. 
- Tu gostas dela, Sam? Perguntou Dean. 
- De quem? -Perguntou Sam, fingindo não saber de quem Dean falava. 
- Dela.. Aquela rapariga ali deitada na tua cama. - Disse Dean, observando o irmão e vendo que estava claramente desconfortável. 
- Porque raio haveria eu de gostar dela, Dean? Nem sei quem ela é, de onde veio, nem se é de confiança. Nem que tipo de relação tem com o Bobby
- Porque raio precisas de saber, o tipo de relação que ela tem com o Bobby?
- Porque sim. Não nos podemos dar ao luxo de começar a confiar em gente só por ser bonita
- Ah! Então confessas que há uma atracção física. - Disse Dean, com um sorriso maroto.
- Dean...
- Esquece, mano. Desde que não o façam na minha cama tudo bem. - Disse Dean abrindo a porta. - Hey! Fá-lo seguro
- Vai-te embora! - Exclamou Sam.
Dean fechou a porta com uma gargalhada. Sam, abanou a cabeça e voltou as suas pesquisas.
Charlotte acordou sobressaltada, tinha o coração aos pulos e suava imenso. Sam, observou-a do outro lado da mesa. 
- Estas bem? - Perguntou Sam, levantando os olhos do papel.
- Sim, apenas tive um pesadelo.-  Disse Charlotte, passando a mão pelo cabelo. Levantou-se da cama e caminhou para Sam. - Obrigada pela camisa. 
- Na boa.- Voltou a concentrar-se nos seus papéis, tentando afastar os olhos da tentadora rapariga.
- Encontraste alguma coisa? Perguntou Charlotte
- Yep! Muita coisa... 
- Como assim? - Perguntou Charlotte, arrastando uma cadeira e sentando-se ao lado. Sam tentou concentrar-se nos papeis e nao na tentadora rapariga.
- Bom, ao parece ela viveu no século XV, pelo que consegui arranjar do seu passado, a nossa bruxinha, que antes tinha como nome Mary Johnson foi vitima do seu próprio feitiço. Ao que parece ela tinha sido abusada pelo padrasto, pelo marido e até pelo padre da aldeia, daí crescente a sua raiva pelos homens. De tanto ser abusada e menosprezada, um dia a tampa dela saltou e fez um belo de um feitiço com partes do corpo dela e dos homens que a magoaram, sangue, cabelos, dentes, pele. Um feitiço muito pesado. O problema é que a raiva dela devia ser tanta, que mal pronunciou algumas palavras e deu um resultado completamente diferente. Este. Disse Sam apontando para uma fotografia da bruxa. 
- Descubriste alguma coisa acerca dos fenómenos? A névoa, o cheiro a podre?
- Ah em relação a isso, tem tudo a ver com o sítio onde o feitiço foi feito, devia ser um pântano ou algo assim. Olha só, ao que parece esta bruxa vai atrás dos que têm danos psicológicos não só dos normais, ou seja que sofreram uma grande mudança emocional recentemente. Por exemplo, o primeiro senhor que se matou tinha acabado de perder os pais num acidente de aviação. O segundo encontrava-se em terapia pois viu o seu colega a ser comido pelo fogo e o Edmundacabara de perder a mulher e os filhos numa explosão em que ele fora um dos sobreviventes.
- Ela brincou com a dor deles, como brincaram com a dela. - Disse Charlotte. - A isto é que chama sede de vingança. 
- Mesmo...
- Já sabes mais alguma coisa sobre o contra-feitiço? - Perguntou Charlotte. Sam observou-a surpreso com o seu súbito interesse, para quem não queria vir de princípio.
Charlotte adivinhando explicou. 
- Sou filha de caçador, e vivi durante muito tempo com um, é impossível não ficar com o bichinho. - Explicou Charlotte, sorrindo. Debruçou-se e apanhou umas quantas folhas dando uma olhadela rápida. 
- Não, o Bobby ainda não disse nada.- Disse Sam. Charlotte ao seu lado, lia muito atentamente uma página tirada na Internet. - Hey, posso perguntar-te uma coisa?
- Chuta
- Sei que não é da minha conta mas, que tipo de relação tens com o Bobby? - Charlotte exibiu um sorriso, lembrou-se que Jeremy tinha feito a mesma pergunta quando Charlotte mencionou Bobby pela primeira vez. 
- O Bobby é como um pai para mim. O meu verdadeiro pai era um caçador, não vou dizer que era o melhor no ramo, porque não é essa a questão mas, pode-se dizer que fazia muito bem o seu trabalho. O meu pai, daquilo que me lembro, era um autêntico super herói,  tinha inúmeras cicatrizes pelo corpo, cada uma contava uma história. Tinha uma enorme na barriga que quase o matara. Então, quando ele morreu, foi um grande choque.
- Foi algo sobrenatural? - Perguntou Sam
- Não, foi mais homem maluco com arma, que acidentalmente, confundiu-o com o amante da mulher. Alvejou-o no meio da rua. Depois fugiu a sete pés. Não adiantou de muito, foi apanhado pouco tempo depois pelos amigos do meu pai que lhe deram uma autêntica surra e arrastaram-no para a esquadra.
Como não tinha com quem ficar da parte da família, fui entregue ao Bobby, como ele tinha acabado de perder a mulher acho que fiz bem em aparecer na vida dele. - Contava Charlotte.Enquanto falava não olhava para Sam. 
- E a tua mãe? - Perguntou Sam.
- Ela morreu no parto. Aneurisma. - Disse Charlotte. A última vez que tinha tocado neste assunto fora com Jeremy. 
- Lamento. - Charlotte sorriu brevemente. - Então, porquê que tu e o Bobby não se falavam? - Perguntou Sam.
Charlotte mexeu-se na cadeira, depois virou-se para Sam, enfrentando-o estavam a uma distancia pequena e a perna de Charlotte tocava a sua levemente. 
- Cheguei aos meus 16 anos e estava farta daquela vida, nunca tínhamos um local certo e demorávamos a chegar a casa. Num dia estávamos numa cidade e mal piscava já estávamos noutra. Como qualquer jovem da minha idade eu queria uma vida e, sendo caçadora, sabia que nunca conseguiria. Então uma noite simplesmente fartei-me de tudo e tivemos uma discussão, eu disse que queria ir-me embora e Bobby disse que não. Tentei até a famosa birra e atirar objectos, Bobby limitou-se a sentar-se e a dizer novamente não e mandou-me para o meu quarto. No dia seguinte quando foi-me acordar eu não estava lá e o carro também não, sei que ele tentou procurar-me, até que tropeçou em mim de novo e começou a mandar cartões de aniversário, pensando que eu não sabia que era ele.- Lembrando-se Charlotte com carinho. Bateram a porta e Dean apareceu.
Dean fechou a porta atrás de si e aproximou-se da mesa e colocou um saco. 
- Foste as compras? - Perguntou Sam
- Yep faz, tudo parte da receita do Bobby. Ao que parece temos que apanhar esta bruxa e prega-la com as estacas embebidas em sangue de carneiro, enquanto é lido isto. - Dean tirou um pedaço de papel dentro do bolso, era uma cópia de um livro.-  Mas, há que ter cuidado, segundo o Bobby uma palavra mal dita e vai tudo por agua abaixo e perdemos esta coisa de vista.
- Ou morremos. - Disse Charlotte lendo umas linhas da pagina que Sam lhe entregou. 
- É bom ter este tipo de espírito alegre, confiante...- Ironizou Dean, tirando o casaco e pondo-o em cima da sua cama. 
- Porquê sangue de carneiro? - Perguntou Charlotte ignorando a ironia de Dean. 
- Agnos Dei, o Cordeiro de Deus, não mata mas enfraquece tem quase o mesmo que sangue de homem morto num vampiro- Disse Dean, orgulho por ser ele quem explicava.
Charlotte olhava espantada para tudo aquilo. 
- Claro...
  Sam e Dean tiraram o saco que continha as coisas necessárias para aquele caso. 
- Como vamos fazer isto? - Perguntou Charlotte olhando para a floresta, para os espaços entre as árvores como se esperasse que a bruxa ali estivesse. 
- Nós vamos lá dentro caçar aquela coisa. Tu, ficas no carro! - Exclamou Dean
- Quê? Eu fico a ver o jogo do banco?!- Exclamou Charlotte.
Dean abriu um sorriso típico. 
- Esse é o plano! 'Bora Sam, caça as bruxas! - Dean caminhou em direcção ao muro, saltou-o e embrenhou-se na floresta. Charlotte virou-se para Sam esperando uma resposta. 
- Fica aqui!
- Sam...
- Passaste por muito hoje
- Eu estou bem!
Dean voltou atrás e elevou-se no muro.
- Sam, desculpa não queria ser um desmancha prazeres mas, temos uma bruxa para caçar.- Disse irónico, voltando depois a desaparecer. Sam olhou para Charlotte, passou uma leve brisa que lhe mexeu o cabelo. -
SAM!
- Eu tenho de ir. Fica ai! - Exigiu Sam, dai a poucos segundos tinham subido o muro e desaparecido do outro lado. Charlotte encostou-se ao Impala e observou enquanto os dois 2 irmãos desapareciam na mata.
 Sam e Dean embrenharam-se na escuridão, as únicas luzes visíveis eram a da lua e a de lanterna dos rapazes. Os rapazes seguiam cautelosamente por entre as folhagens. Não havia qualquer sinal de vida ainda, a lua ora brilhava intensamente ou desaparecia por entre as nuvens.
- Então...
- Então o quê?  
- Que se passa entre vocês? -Perguntou Dean.
- Nada!. Exclamou Sam. Dean exibiu um sorriso. - Não se passa nada, Dean. Acabei de a conhecer, não sei nada sobre ela...Quer dizer, ela parece... 
- Sam, cala-te!- Exigiu Dean.
Agora vinha o cheiro, era um podre intenso como se toda a floresta tivesse passado de prazo, Sam e Dean taparam o nariz. O restolhar de folhas agora não era so a frente vinha de todos os lados e um frio intenso assentou, não tinham pensado o quão poderoso podiam ser os efeitos de uma bruxa. 
- Fica atento, Dean.- Disse Sam. De súbito como se já estivesse programado, um nevoeiro começou a aparecer. Semelhava-se a uma manta cinzenta que se estendia sobre os arbustos. 
Sam meteu-se atrás do irmão colando as suas costas na do irmão. A neblina rodeou-os. Então Sam viu-a uma figura negra desenhada na escuridão onde os seus olhos eram o mais visível. Sam tentou não olhar mas era impossível era como se fossem imans autênticos. Sam relembrou o irmão morto nos seus braços coberto de sangue, relembrou os cães a atacarem, o sangue saltava dele e Sam impotente não conseguindo fazer nada...
Charlotte estava tão embrenhada em pensamentos e memórias do Jeremy que ouviu o tiro e sobressaltou-se e de um salto agarrou-se no muro e saltou para o outro lado. Andava em passo rápido, quando se deu conta do cheiro e do frio intenso completamente as escuras começou a correr como se isso a fosse salvar, batendo contra árvores, tropeçava em ramos caídos, acabando por colocar o pé em cima de uma pedra caindo ao chão de barriga para baixo. Levantou os olhos e viu uma silhueta negra a sua frente, ergueu os olhos e lá estava. Levantou-se o mais rápido que podia mas, a bruxa continuou a observa-la. Charlotte olhou-a nos olhos e de repente sentiu como se lhe tivesse sido dado um murro no estômago, debruçou-se sobre a dor crescente caindo de joelhos com as mãos nos ouvidos e os olhos fechados. 
Então agarrou Charlotte pelo braço com a sua mão esquelético e cravou as unhas no pulso  que começou a sangrar.
- HEY! - Gritou Dean, a bruxa virou a sua atenção para Dean que disparou automaticamente, fazendo-a cair ao chão e largar Charlotte. A Bruxa devido aos ferimentos da bala caiu de joelhos, apenas a queimou um pouco. Levantou-se e preparava-se para acabar com Dean, quando Sam apareceu por trás e deu-lhe com uma estaca nas costas, para logo a seguir Dean enfiar-lhe uma  outra estaca pelo peito adentro e empurra-la contra uma árvore. A bruxa gritava e gemia mas foi ficando mais fraca, Dean tirou o papel do bolso e entregou a Sam que começou a ler a escritura em latim. A bruxa estrebuchou, gritou, tentou livrar-se das estacas mas acabou por pegar fogo.

Levaram Charlotte até a esquadra de polícia onde o seu carro estava parado desde da tarde, era quase de madrugada. Viram-na ir-se embora e Dean teve de comentar.
- Beijaste-a?
- Dean...não
- Não te preocupes, algo me diz que ainda vais ter muitas oportunidades.


CONTINUA...
COMENTEM Y'ALL :D
Next Episode: When the Hunter Becomes the Prey ( Quando o caçador se torna a presa)


-- Edited by 'Nisse Dee at 11:18, 2009-01-06

-- Edited by 'Nisse Dee at 11:23, 2009-01-06

__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!


Senior Member

Status: Offline
Posts: 187
Date:
Permalink   

Gostei muito destes 2 episodios muito bem escritos e pensados parabens e continua aww



__________________



Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
Permalink   

S1E3
WHEN THE HUNTER BECOMES THE PREY
full story:
http://z3.invisionfree.com/Supernatural_Forum/index.php?showtopic=474

Era noite cerrada, o seu bairro encontrava-se mergulhado num silêncio. Parou o seu carro perto do passeio e saiu do carro. Olhou para a porta da sua casa e sentiu-se mais que feliz por estar em casa. Deu passos pesados e abriu a porta, acendeu a luz e atirou o saco pesado ao chão. Dirigiu-se para a sala, acendendo a luz.  
- Wow! Que faz aqui? Perguntou ao ver a mulher sentada no seu sofá com um machado na mão.  
- Estava a tua espera. Disse a senhora, levantando os olhos, tinha-os vermelhos. Ergueu-se e aproximou-se do homem.  
- E que tal largar o machadoAssim podemos falar-
- Quem te disse que eu quero falar?  
- Vou chamar a polícia. Disse virando as costas ao seu atacante. Dirigiu-se para o segundo corredor e pegou no telefone. Quando ao mesmo tempo a lâmina do machado voou na sua direcção parando na parede, se não se tivesse desviado teria ficado sem cabeça.  
- Tu não precisas da polícia. - A mulher arrancou o machado da parede e aproximou-se do homem sempre tentando acertar-lhe enquanto este andava para trás, nas tentativas falhadas a mulher acertava em quadros, armários e tudo mais, deixando um rasto de destruição. Chegaram então as escadas e o homem caiu. Então atacou-o com o machado, o homem desviou-se a tempo. A mulher arrancou-o do chão com uma força surpreendente. O homem arrastava-se pelas escadas, a mulher atacou de novo com o machado, desta vez acertou na perna do homem que ficou com um enorme corte. A mulher ao sentir o seu sangue parecia que tinha ficado ainda mais louca. O homem encontrava-se agora a arrastar-se pelas escadas acima devido a profundidade do corte. A mulher apreciava a cena e voltou a atacar, fazendo com que o homem perde-se uma mão. O homem arrastava-se enquanto a mulher o seguia atentamente.  
- Não! Por favor, não me mate. Podemos conversar.
- Calma, vai ser mais rápido que pensas- Disse a mulher.

  Sam e Dean encontravam-se num motel no meio da estrada. Dean encontrava-se sentado na sua cama a ler uma revista e a comer batatas fritas. Sam, na última meia hora não fizera nada senão andar de um lado para o outro, faltava muito pouco para cavar um buraco só com o seu andar.
Dean que se encontrava aborrecido, arranca uma página da revista, amachuca uma bola, faz pontaria, acertando em Sam mesmo na cabeça, este baixa-se e apanha o papel.  
- Parecias um alvo a minha frente, tive que tentar Disse Dean sorrindo. Sam atirou o papel para o lixo.  
- Não estou com pachorra, Dean. - Disse Sam voltando as suas ideias e voltas.  
- Hei mano! Isto é por causa da Charlotte?
- Isto não tem nada a ver com a Charlotte! Podemos, por favor, não falar dela!?
Dean parecendo ignorar, continuou
- Ela não te telefonou ainda? Calma...
- Podemos, por favor, deixar a Charlotte de fora!? Isto não tem nada a ver com ela mas sim, contigo!
- Que se passa?  
- O que se passa é que estou a pensar, por nos dois, enquanto tu estás sentado a comer batatas fritas, a atirar-me com papeis e a empurrar-me para um rapariga que eu ainda só vi duas vezes!
- Okay, está certo. O que tens em mente?   
- Acho que sei quem te trouxe de volta Disse Sam com as mãos na cintura. Dean olhou para o irmão.  
- Oh não, Sam...
- Lilith.-
 Dean franziu a sobrancelha e levantou-se da cama
- Estas a gozar?! Outra vez com esta conversa...
- Eu acho que foi a Lilith que te trouxe de volta.
Disse Sam sem se mover. 
- E de novo eu digo: Porque raio faria isso? Não faz sentido.  
- Como assim?  
- Quer dizer, se ela quer-te morto porque raio me quer por perto? Se ela te quer morto, a última coisa que quer é ter-me de volta. Devia apanhar-te quando estavas desprotegido, vulnerável, sem ninguém para te vigiar.
- Assim queres dizer que eu não sei cuidar de mim, Dean?
- Sim! Sem eu estar por perto ficas vulnerável, um alvo fácil.
- Ah! Diz-me quando aconteceu aquela cena com o espantalho quem foi que te salvou?
Dean virou-se para o irmão e olhou-o bem nos olhos.
- Quem foi que te tirou do incêndio quando ainda eras um bebé? 
Sam virou-lhe as costas.
- Essa não é a questão
- Exactamente! A Lilith se quisesse podia matar-te muito facilmente, eu não estava cá! - Disse Dean voltando-se para a mesa no centro do quarto e pegando no ficheiro que estava em cima da mesa 
- Achas mesmo que não foi ela?
- Ela é a última pessoa que te quer apanhar no teu potencial máximo. Quanto mais fraco e só melhor! -Exclamou Dean, continuava a olhar para o ficheiro tentando perceber o que era.  
- Eu acho que foi ela
- Óptimo! Prova-o. Diz-me que estava errado, sei que adoras quando fazes isso...- Disse Dean.
Abriu o ficheiro, havia um pedaço de jornal anunciando a morte de um homem de nome Christopher Martin. Bobby havia feito um círculo a volta da cabeça do homem e escrito a letras garrafais a palavra caçador.  
- O que é isto? - Perguntou Dean, folheando.
- Um caçador apareceu morto em casa - Disse Sam. Dean olhou para o irmão com medo que o irmão tivesse sido outra vez possuído.  - Sei o que estas a pensar, não fui eu! Tenho sido eu mesmo nos últimos tempos.
- Isto aconteceu a 2 semanas. Diz-me a quanto tempo isto esta aqui?
- Não sei, não tenho andando muito concentrado.
- Okay, já chega! A partir de agora estás proibido de pensar em qualquer coisa a não ser no caso. Isto também vale para a Charlotte!
- Diz-me, porquê que estás sempre a falar dela?
- É um tópico novo, é sempre melhor do que falar do Inferno a toda a hora. Para além disso, tu gostas dela
- Quê?! Não gosto não...
- Como queiras Sammy. Pega nas tuas cenas vamos para Michigan!
 Chegaram a casa onde a vítima foi encontrada por volta das 16:00. Era uma zona nova, com vivendas em branco e uma pequena estrada a dividir a rua. Encontraram um homem a carregar sacos para dentro da sua carrinha.  Passaram por ele e perguntaram onde vivia a única testemunha.
- Posso ajuda-los? - Perguntou uma velhota sorridente.  
- Sim, US Marshalls Copeland e Jones. Queríamos falar consigo sobre o seu vizinho, Sr. Martin.
- Eu já disse tudo o que tinha a dizer masse quiserem ouvir de novo. Podem entrar. - Disse a senhora com um sorriso muito amável. Havia gatos por todo o lado, tanto vivos como de porcelana. Tinha um gato como relógio em só mexiam os olhos, tinha gatos de porcelana, tinha quadros, rendas, ponto cruz, imagens tudo com gatos
- Sentem-se, por favor. Posso servir-vos algo, café, chá, chocolate quente? Acabei de fazer um bolo de chocolate. Disse a senhora com um sorriso.
- Sra. ONeill, como era o Sr. Martin? - Perguntou Sam, bebendo um pouco mais de chocolate quente.  
- Oh, muito simpático, um pouco reservado e passava o tempo em viagem mas, era muito simpático. - Pegou num dos seus vários gatos que por ali passavam, um preto de olhos grandes e verdes.  
- Sabe se tinha inimigos? Perguntou Dean, engolindo uma grande fatia de bolo.  
- Não, pelo menos não aqui. Era adorado por todos.  
- Qual era a sua relação com ele? Perguntou Sam.  
- Ah, nada de mais. Éramos bons vizinhos, ele morava aqui há uns 3 anos e sempre me tratou bem. Enquanto estava fora eu tomava conta da casa, regava as plantas, esse tipo de coisas que os vizinhos fazem.  
-  Conte-nos como foi que o encontrou? Perguntou Dean.
- Bom, quando está na zona Sr. Martin adora correr, fá-lo logo de manhã, era impossível não o ver a passar todos os dias a mesma hora nos últimos anos. Era uma espécie de ritual, praticamente podias acertar os relógios, porque às 10 horas lá estava ele a correr. Quando vi que ele não tinha ido correr, estranhei uma vez que o seu carro estava aqui na porta e eu tinha falado com ele no dia anterior. Resolvi lá ir, apenas para ver se estava tudo bem, e foi quando vi a porta aberta. Entrei e vi a sala de pantanas e sangue nas escadas. Subi-as até ao quarto e deparei-me com o corpo rodeado de uma poça de sangue.
- Alguma peculiaridade em relação ao corpo? Perguntou Dean.  - Alguma marca, falta de algum membro?
- Não tinha um braço, tinha um grande corte na perna e...
- Sim, Sr. ONeill.
Insistiu Sam.
 A senhora fechou os olhos.  
- E, estava sem cabeça

Sam e Dean saíram da casa da senhora, dirigindo-se para a do lado. Embora se tivesse passado já uma semana, a casa continuava selada. Viram se não tinha ninguém a espreita e entraram na casa.
O corredor estava na mesma. Sam acendeu a luz da sala de jantar a sua esquerda e essa também estava normal. Deram uns passos e entraram na sala e aí estava também uma grande confusão, candeeiros derrubados, cadeiras viradas e golpes na parede.  
- Bem, por este corte devem ter usado uma bela de uma faca. - Disse Sam passando com os dedos pela fenda na parede.
Aproximou-se das escadas subindo-as, seguindo o rasto de sangue.
- Wow!- Disse Dean, aproximando-se da poça. - Foi aqui que ele morreu.
- Pois, grande confusão. - Disse Sam olhando
em volta. Aproximou-se
do sangue na carpete.  
- Que achas que aconteceu?
- Eu acho que ele foi atacado por alguém que conhecia e que estava cá dentro porque a confusão só começa no segundo corredor, se fosse um desconhecido teria atacado logo de início. Provavelmente tentou chamar essa pessoa a razão.  
- E tu sabes isso tudo só de olhar para uma mancha de sangue?  
-  Está mesmo aqui, Dean. Só tens que abrir os olhos.  
- Os meus olhos não podiam estar mais abertos, Sam.  
- Vês, é por isso que eu sou o cérebro desta equipa.- Disse Sam na brincadeira.
Dean espantou-se com a auto-estima do irmão.  
- Cérebro, ? Bom, se tu és o cérebro, eu sou a beleza! - Respondeu Dean com um sorriso presunçoso.
- Pois, mas sem cérebro a beleza de pouco vale. -Respondeu Sam.
Dean não achou graça a piada do irmão lançando um olhar mortífero.
Sam parou de sorrir.  
- Acho melhor voltarmos ao caso
- Boa ideia, Cérebro! - Ironizou Dean, aproximou-se da janela. - Não há traços de enxofre.  
- Presumi que não houvesse.  
- Continuas a olhar para a mancha de sangue, CSI?  
- Hilário, Dean. Há algo estranho.- Esticou-se e apanhou um pouco de cabelo do chão, era loiro. - Não sei como, mas o homem deu luta.  
- Com metade de uma perna e sem braço?! 
Sam levantou-se e dirigiu a sua atenção para a segunda poça de sangue não muito longe da primeira.  
- Não sei, mas deu luta porque arrancou cabelo do atacante. Além disso, o atacante caiu e bateu com a cabeça na cadeira, deixando cair a arma que, pelo tamanho e pela mossa que fez na carpete, presumo que seja um machado ou assim. 
- Meu, tu és estranho!
- Não, tu é que és complicado...
- Engraçadinho... Olha, o sangue aqui faz o contorno de alguma coisa.  Disse Dean.
 Os rapazes ficaram em silêncio durante um bocado. De facto o sangue fazia o contorno e algo rectangular.
- Alguma coisa esteve aqui.
- Uma caixa. Vês como faz o contorno de uma caixa, não é muito visível mas, o sangue contornou parte da caixa. Provavelmente foi ai que o atacante pôs a cabeça, sempre é melhor que sair com ela debaixo do braço. 
- Isso é impossível,  mas o atacante estava K.O
- Então, se estava K.O quem levou a cabeça? -
- Bela pergunta.

  Não muito longe, apenas a umas quantas ruas de distância e já noite dentro, voltava a casa Norah Andrews, cansada de uma noite de caçada infernal onde matou um ninho de vampiros não muito longe, apenas queria chegar a caça e ficar perder-se no sono. Chegou a casa, abriu a porta e atirou os seus sacos no corredor. Entrou na cozinha, que era na primeira a esquerda, pegou numa maça e deu uma dentada. Disse olá ao seu papagaio que limitou a dar um berro.
Subiu as escadas e entrou no seu quarto, estava igual desde que se fora embora a 3 dias. Tirou o casaco e sentou-se na cama para tirar as botas, quando o viu em pé junto a porta.  
- Que é você? Perguntou Norah assustada. O homem olhou-a de modo assustador, mostrando um machado manchado de sangue.  
- Surpresa, amor!  

- Outra?! Perguntou Dean. Tinha recebido um telefonema do irmão, aparentemente na mesma rua uma outra morte. Desta vez já tinha de casaco.  
- Onde estiveste?
- Ocupado. Conta-me.
- Igual ao outro, ela também era caçadora. Mas, com algumas diferenças e novidades. Disse Sam. Nesse momento, saia uma maca com um corpo metido dentro. Dean reparou que não longe deles, a senhora dos gatos estava ali com um dos seus favoritos no braço.  
- Que novidade?
- Ao que parece no homem, faltava-lhe o fígado quando foi encontrado juntamente com a cabeça. Na mulher faltava-lhe a cabeça e os rins. Disse Sam. Olhando para o corpo que entrava na ambulância.
- Mas que raio se passa? Agora somos as pressas, viramos Jantar? 
- Não faço a mínima. Telefonei ao Bobby e ele também está as escuras mas, disse que se soubesse de alguma coisa que telefonava. Eu vou biblioteca local ver se encontro alguma coisa. 
- Okay, depois telefona-me. 
- Então, não me dás boleia?
Dean voltou-se para ver se a velhota ali estava mas, tinha desaparecido.
- Nop! 
-  Nop?! Eu sou teu irmão!
- Eu sei, mas não foste tu que disseste que eras o Cérebro da equipa? Então, Cérebro, vai a pé.  
- Ainda estas nisso?
- Vamos lá ver como o Cérebro, se desenrasca sem a Beleza e o carro- Disse Dean, saiu de perto do irmão, procurando a velhota. Não sabia porque mas havia algo nela de estranho.
 Sam, ficou na biblioteca duas horas e procurou tudo o pode, desde livros, a Internet, a microfilme. Estava a ler um jornal que apanhou por engano, datava do dia
em que Dean voltou a vida, abriu a página de metrologia e o que viu, simplesmente iluminou-lhe a mente.
Encontrou alguma informação suficiente, telefonou a Dean que combinou encontra-lo no parque em frente a biblioteca para almoço. Sam, desceu as escadas, atravessou a rua e entrou no pequeno parque, que era como se fosse o ponto de encontro da cidade, havia crianças a brincar, homens a vender bijutaria e cachorro quente.
Sam ia depressa e lendo alguma da informação que tinha sacado, deixou cair algumas folhas e rapidamente baixou-se para apanha-las antes que o vento as levasse. Ao levantar-se, viu Charlotte a sua frente. Não estava muito longe, estava de lado e olhava muito atentamente para um lago cheio de patos, abriu a boca para a chamar.  
- Charlotte! Gritou um rapaz, Charlotte virou-se e o rapaz surgiu atrás dela entregando-lhe uma flor.
Sam nem sabia o que pensar queria ir atrás dela mas Dean já vinha do seu lado esquerdo a seu encontro comendo um cachorro quente.
- Aquela não é a Charlotte? Perguntou Dean, vendo a rapariga afastar-se e falando com o rapaz.  
- Sim
- Que faz ela aqui?
- Não sei
- Quem é o tipo?
- Não sei

- Então como andas? Perguntou Jack. Era um grande amigo, um rapaz simpático e irmão de Jeremy. Era muito parecido ao noivo de Charlotte. Igualmente alto, com 1,88, cabelos loiros e uns olhos azuis penetrantes.
- Vou bem
- Nota-se. Oh sim, olheiras, pele cansadaestas bem, sim!  
Os dois riram-se durante um bocado.
- Ele já te telefonou? Perguntou Charlotte, desde que Jeremy se foi embora ainda não tinha telefonado.
Jack pareceu pensar na resposta durante um bocado.
- Duas vezes lá pra casa, - Disse Jack.
Charlotte não queria acreditar.
- Porque que ele não me liga?
- Já sabes ele está numa zona de perigo
- Isso não parece ser desculpa, pois ele obviamente telefona-te!
Jack respirou fundo. Se Charlotte soubesse 
- E então, aqueles gajos? Já te deixaram em paz?
Charlotte sorriu. Lembrou-se de Sam e dos seus olhos verdes.
- Humnunca mais os vi. Já lá vão três semanas- Disse Charlotte.
Jack revirou os olhos e bufou.
- Ainda bemNão é nada bom andares por ai com dois rapazes, enquanto o teu noivo andapor ai- Baixou a voz quando terminou a frase. -Charlotte, aquilo de se ele voltar para ti são e salvo, vais casar-te com ele? Qual é a tua ideia?
- Que queres dizer?
- Acho que te precipitaste. Uma coisa do momento
- Jack, eu não
Jack olhou para os lados como se procurasse alguma coisa.
- Não te cases com ele. O Jeremyelenão é para ti.
- Desculpa?! Ele é teu irmão, devias estar feliz e isso, não a querer destruir-nos
- Ele mudou! Charlie, acredita, não queiras casar com o Jeremy
Charlotte ficou sem perceber, o amigo tinha um ar sério e jurou ter-lhe lido medo nos olhos.

Estavam num restaurante, e Sam estudava os papéis que tinha trazido da biblioteca. Viu Dean a regressar a mesa, vindo da caixa. Rapidamente escondeu os papéis.
- Então sabes o que temos em mão? Perguntou Dean.
- Hã?
- Que temos em mãos? - Perguntou Dean, comendo um pouco das batatas fritas que estavam em cima da mesa, que havia sobrado do jantar.
- Pois, acho que é um canibal. - Disse Sam, tirando as folhas de dentro de uma pasta e entregando-as a Dean.
- Canibal?
- Ao que parece isto não é nada sobrenatural. - Disse Sam, ainda não estava completamente em terra.
- Desculpa?
- Isto tudo foi um humano que fez, apenas uma pessoalouca, mas uma pessoa. - Disse Sam.
Dean tentou assimilar as palavras do irmão.
- Então estas a dizer que as pessoas mortas, nesta ultima semana foram mortas por uma pessoa?
- Estou a falar chinês?
- Okay, calma. E o facto de as vitimas serem caçadores? - Perguntou Dean
- Uma simples coincidência. - Respondeu Sam. Dean olhou para o irmão e abanou a cabeça.
- Tens a certeza?
- Sim
Dean olhou para o irmão e tentou lê-lo.
- Dean?!
- Eu vou vazar águas.
Sam voltou a ficar só e a primeira coisa que lhe veio a cabeça foi Charlotte com aquele rapaz. Queria saber quem era aquele rapaz com quem ela falava. Parecia que Sam estava a lutar a parte racional vs parte emocional; A racional dizia: Porque raio tens que saber? Não tens nenhum tipo de relação com a rapariga nem a conheces! É verdade é bonitaquer dizerbonita é favor, ela é linda e boa da cabeça aos pés mas, mesmo assim não tinha qualquer relação com ela! Depois vinha a parte emocional: Lá bonita, ela é e eu até nem me importava de ter alguma coisa com ela. Nesse momento, do outro lado da rua Charlotte passa a rápida velocidade, parecia estar a chorar. Parou junto do seu Mustang e lutou com as chaves até conseguir abrir, então levantou os olhos e viu Sam, olhando para ela no restaurante.
Sam viu que ela estava a chorar, Charlotte parecia que se queria aproximar e falar com ele e Sam também preparava para se levantar quando Jack gritou por Charlotte.
- Charlie, espera! Temos que falar- Disse Jack, impedindo Charlotte de abrir a porta. A rapariga não fez nenhum gesto, apenas olhava para Sam, que lhe devolvia o olhar dentro do restaurante.
Jack seguiu-lhe o olhar e reparou em Sam. Nem precisou de pensar muito. Era ele!
Charlotte voltou a realidade e entrou no carro. Jack continuava a bater no vidro insistindo para falar com a amiga, mas ela saiu em velocidade contrária, sem olhar para trás.
- Que se passa? Perguntou Dean vendo o irmão em pé a olhar para a janela. Sam demorou para responder ao irmão.
- Vamos
- Onde? Perguntou Dean, esperava resposta mas Sam já tinha saído porta fora. Na sua cabeça só queria acabar com este caso e falar com Charlotte.
   Sam e Dean encontravam-se dentro do carro, não estavam muito longe do centro da cidade. A casa parecia estar completamente vazia, as luzes não estavam acesas.
- Detesto esta parte. - Disse Dean. Sam continuava sem responder, olhava para o vidro. - Então diz, o que aconteceu no restaurante?
 Sam não respondeu e, com uma maneira de o acordar, Dean deu-lhe uma valente palmada na perna.
- Aii! Mas que raio! Protestou Sam
- Ah, já me ouves! Que raio se passou no restaurante? Perguntou Dean novamente. Sam demorou para responder.
- Pareceu-me ter visto alguma coisa
- O quê?
- Nada! Podemos focar-nos neste caso? - Perguntou Sam.
Dean desistiu. Nesse momento passou um carro e estacionou frente a casa. Saiu um homem, trazia um saco enorme consigo. Caminhou para a porta e entrou, tinha acabado de voltar da Carolina do Norte onde tinha caçado um demónio.
- Vamos falar com ele? Perguntou Dean
- Não, esperamos para ver. Disse Sam.
O homem chegara a casa e acendera as luzes, começando com as da sala. O silêncio instalou-se entre os irmãos. Dean mexia na sua arma e Sam passeava nos seus pensamentos.
Então, Dean lembrou-se de uma coisa.
- Hei, nos outros casos o assassino já estava dentro de casa quando as vítimas chegavam? Perguntou Dean
- Sim
Sam apercebeu-se do que o irmão queria dizer e rapidamente saiu do carro seguindo-o.
Chegaram mesmo a tempo a tempo de ver a velhota, a mesma velhota dos gatos com um machado enorme apontando para o caçador, que se encontrava no chão. A velhota olhou para eles e preparou-se para baixar o machado, quando Dean sacou da pistola e atirou contra a senhora. Dois tiros mesmo no peito, apenas o suficiente para a fazer cambalear. A senhora largou o machado, passou por cima do caçador, inconsciente e preparou-se para atacar Dean que voltou a atirar e desta vez acertou-a na cabeça.
Passaram por cima da senhora e ajudaram o caçador, pondo-o no sofá. Estava vivo apenas muito abalado. Dean saiu da sala seguido de Sam, procuravam o corpo mas, não estava ali apenas sangue.
- Dean- Chamou Sam.
Novamente lá estava a senhora. Sangrava por todos os lados mas, não atacou ninguém. Acabou por cair no chão e dela saiu algo, uma coisa negra com uns olhos enormes e cabelo em pé. Olhou
para Dean e abriu a boca. Avançou.
O caçador que tinha acordado do estado de inconsciência, caiu do sofá. Chegou-se perto da lareira e agarrou numa lança de prata em cima da lareira e enfiou nas costas da coisa enquanto esta passava pela sala. A coisa gritou e esperneou acabando por se esfumar.
- Estão bem? Perguntou o caçador cansado.
 O caçador acabou por explicar que aquilo que o tinha atacado era um Ónes, é uma espécie de espírito maligno que possui as pessoas e as obriga a matar para depois comer. Gosta de coleccionar cabeças são como troféus e o facto de as mortes serem de caçadores, é a apenas a junção do útil ao agradável como, qualquer espírito odeia caçadores. Também explicou que já tinha desconfiado da senhora dos gatos, visto que os gatos para os Ónes servem como amuleto, se isto tivesse acontecido no seu território era bem provável que acabassem todos mortos.
O corpo da senhora foi deixado a guarda do caçador, que logo chamou a polícia. Depois de se certificarem que estava tudo certo com o caçador vieram-se embora.
Durante todo o caminho não trocaram uma palavra, Sam sabia o que ai vinha.
Chegaram até ao motel. Dean parecia extremamente irritado.
- Sam! Chamas aquilo uma pessoa? Gritou Dean, atirando o casaco para cima da cama. Sam sentou-se pesadamente em cima da cama. - Ao que parece o Cérebro da equipa, não é lá muito esperto!
- Foi um engano!
- Um engano que nos podia ter morto! Sabes, eu bem sabia que não estavas no teu melhor! Por isso, no tempo em que tiveste na biblioteca eu fiz a pesquisa.
- Tu sabias?
- Sim! Eu sempre soube, eu só queria saber até onde isto iapelos vistos, longe o suficiente para nos matar! Que raio se passa contigo, Sammy?
- Tu sabias
- Sim, Sam! Para a próxima mantém a cabeça livre de problemas! Devido a tua má concentração podíamos ter morrido! Abre os olhos! - Dean, tirou debaixo da almofada do irmão uma capa e atirou em cima da mesa.
Sam abriu o ficheiro e lá dentro estavam um monte de informações sobre presságios demoníacos. As informações que ele tinha sacado enquanto estava na biblioteca. - Vou provar-te que foi a Lilith. Simplesmente sei que foi ela. Disse Sam, parecia realmente arrependido.
- Ouve, podes provar mas, tenta que isso não te afecte. Sam, hoje íamos morrendo ou melhor, eu ia morrendooutra vez! Eu sei que esta demanda para saber quem me trouxe de volta é o que mais te ocupa agora mas, tenta não levar muito tempo nisso, a tua concentração numa coisa pode matar-nos mais tarde. Disse Dean. Passou a mão pelo cabelo do irmão, que se tinha sentado e visto a informação que o irmão tinha tirado.
- Dean, desculpa! A serio- Disse Sam.

Dean sorriu para o irmão.
- Não há crise!
- Hei! Desculpa aquilo do cérebro e da beleza, foi estúpido. Acho que ambos temos um pouco dos dois. Disse Sam.
- Talvez sim...Talvez não...

CONTINUA...
COMENTEM Y'ALL biggrin

Next Episode: Prome Night (  Baile de Finalistas)



-- Edited by 'Nisse Dee at 20:41, 2009-01-08

__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!


Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
Permalink   

Fábio wrote:

Gostei muito destes 2 episodios muito bem escritos e pensados parabens e continua aww




Ainda bem que gostaste. Muito Obrigada. Um beijo xD



__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!


Veteran Member

Status: Offline
Posts: 63
Date:
Permalink   


Sabes que adorei todos os capítulos, já tive a oportunidade de ler! aww

Adoro a tua fic e adoro as personagens!

Continua! smile


__________________



Gostas do Jared e do Jensen? Increve-te aqui!

http://padackles.forumeiros.com



Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
Permalink   

Ainda bem que gostaste! Muto obrigada pela atenção e pelo gostop. BeijaOO.
Adoro-te.xD

Pereira_Girl wrote:


Sabes que adorei todos os capítulos, já tive a oportunidade de ler! aww

Adoro a tua fic e adoro as personagens!

Continua! smile






-- Edited by 'Nisse Dee at 14:24, 2009-01-09

__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!


Senior Member

Status: Offline
Posts: 187
Date:
Permalink   

Mais um bom episodio continua aww

__________________



Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
Permalink   


Ainda bem que gostaste xD


Fábio

Mais um bom episodio continua aww






-- Edited by 'Nisse Dee at 14:11, 2009-01-12

__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!


Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
Permalink   

S1E4
 
PROME NIGHT

Full Story :http://z3.invisionfree.com/Supernatural_Forum/index.php?showtopic=478&st=0#entry3643460 


  - Phill!! Exclamou Byron. Cumprimentou o amigo, que já estava um pouco bêbado.
- Diz lá se esta festa não esta a bombar! YEAH! Exclamou Phill com um sorriso enorme nos lábios. ~
- Anda vamos para as traseiras, temos bebidas e erva no carro. Disse Hannah que estava agarrada a Phill, também ela já estava um pouco acima dos seus limites.
- Estou bem aqui. Disse Byron. Phill largou a namorada e agarrou-se ao amigo.
- Vá lá meu, é a nossa festa de finalistas! Trabalhamos o ano todo, temos o direito não, minto! O Dever, de nos divertir! De extravasar, meu irmão! Porque hojehojevamos ter acção! Quer dizer- Disse Phill agarrando-se a sua namorada. 
- Eu já tenho a minha garantida e tu?
 Byron sorriu ao ver a bebedeira do seu amigo, olhou em volta e os seus olhos pararam na bancada.
- Ena, a Jamie esta a fazer a cobertura do baile para o jornal da escola. Disse Phill. Byron limitou-se a olha-la.
  - Ela ainda tem aquela paixoneta por ti? 
  - Não sei
  - Hei, não fiques a olhar! Vai falar com ela, trá-la connosco. Disse Phill, abraçando o amigo. 
  - NãoEla esta ocupada.
  - Eu levo a Hannah e tu levas a Jamie, conversam, ficam a conhecer-se eprovavelmente saia qualquer coisa daí, percebes?
 - Não, não me parece. 
  - Meu! É o teu baile finalistas! Vamos comer algumas ou não, pá?! Vai busca-la, pelo menos saca-lhe uns beijosVai!

- Vai, tigre! Exclamou Hannah que depois se desmanchou numa gargalhada ruidosa.

Estavam no carro descapotável de Phill, que saiu com a namorada e com uma garrafa de whisky e desapareceu por entre as árvores, deixando Byron e Jamie a sós. Demoraram um bocado até que trocaram um beijo tímido, Jamie soltara o cabelo e parecia muito mais bonita e livre. Voltou a beija-la, passou as mãos pelos cabelos, pelos ombros descendo até a cintura. - Não- Oh vá lá, querida! Não é nada de mais- Byron, não- HEI! Se não quisesses não tinhas vindo! Agora pára quieta! Mandava Byron. Estava em cima de Jamie, que ver-se livre dele mas, não consegui, Byron era mais forte. Então quando viu uma aberta, levantou o joelho e acertou mesmo no meio das pernas de Byron. Jamie saiu do carro a correr e Byron saiu atrás dela, agarrando-a pelas pernas fazendo com que Jamie caísse e ficasse imóvel. Debruçou-se sobre as suas costas para tentar ouvir o seu coração bater mas, não ouviu nada. Phill e Hannah apareceram segundos depois. - Que aconteceu? - Perguntou Hannah. Byron virou o corpo de Jamie e viu com sangue a sair da cabeça e o seu coração foi parar aos pés. Ao lado estava uma pedra com sangue.- Oh não! Oh não! Que raio fizeste, pá? Era suposto curtires, não matares a rapariga! Exclamou Phill- Foi um acidente. - Belo acidente! - Temos que ir a polícia. Disse Hannah. - Tu tas louca?! Ir a polícia? A primeira coisa que fazem é meter-te na cadeia! - Que queres fazer?

- Desaparecemos com o corpo. By, ajuda-me! Disse Phill. Aproximou-se do corpo, Byron continuava em cima de Jamie e olhava para ela com um ar desesperado, como se esperasse que de repente Jamie acordasse.

Pegaram ambos no corpo, que estava mole e meteram-no no lugar do condutor. Phill ligou o carro e procurou uma pedra grande e pô-la no acelerador. Byron, meteu-se a frente do amigo.
   - Não podemos fazer isto...Não está certo, Phill!

- Queres ir parar a choldra? Porque se queres bem podes ir!- Eu acho que é melhor irmos a policia- CALA A BOCA, HANNAH! Olha, By isto é a melhor solução se formos a policia estamos condenados. Para além disso ninguém vai saber. Disse Phill. Passou pelo amigo e empurrou o carro. O carro deslizou pela colina abaixo acabando por cair num precipício imenso e acabando numa explosão. - Agora ninguém diz nada! Ninguém, okay Byron- Sim- Byron continuava junto a borda do precipício. Podia jurar que tinha visto Jamie a mexer-se dentro do carro.

Charlotte estava deitada no sofá. Dormia calmamente, o primeiro sono de várias semanas de insónia. De tal modo que já não conseguia dormir na sua cama, apenas dormia no sofá. Como Jeremy fazia falta.  Ouviu um bater a porta e demorou-se a levantar, arrastou-se até a porta, quando abriu estavam Sam, Dean e Bobby a porta. - Por favor, digam-me que o mundo esta acabar. - Disse Charlotte. - Nem por isso. Disse Dean, passando por ela com as mãos nos bolsos do casaco. De seguida veio Bobby que lhe deu um beijo na testa e Sam com quem trocou uns olhares confusos. Sam deu consigo a olha-la de cima abaixo. Estava tão bonita com o seu top amarelo e calças brancas de pijama. - Precisamos da tua ajuda. Disse Bobby.
 Charlotte sentou-se no sofá com as pernas a chinês. Sam sentou-se numa poltrona a sua direita, Dean a sua esquerda e Bobby mesmo ao seu lado.
- Temos um caso entre mãos e
- Oh meu Deus, eu não acredito que estamos a lidar com isto, logo de manhã! Ainda nem são 8horas. Disse Charlotte deitando-se de barriga para cima.
  - Temos vidas para salvar isso não tem hora. Disse Dean.
   -  Onde vais? Perguntou Sam. Vendo que Charlotte tinha uma tatuagem ao fundo das costas, uma bela de uma tribal em tom negro.

- Vou acordar! Tomar um banho, comer, fazer coisas que pessoas normais - não caçadoras fazem! Se quiserem comer vão a cozinha ou então fiquem ai

- Bom já que ela deixou. Disse Dean levantando-se do sofá e desaparecendo para a cozinha. Sam ficou com Bobby os dois a olharem para a televisão com um silêncio constrangedor entre os dois. - Bobby, podes vir cá. Pediu Dean da cozinha. Sam viu-se sozinho na sala, levantou-se e fechou a televisão o programa não era de jeito, portanto não se perdia nada.  Viu imensas fotografias da rapariga, pegou numa em particular e observou-a durante algum tempo. Charlotte era mesmo bonita, com os seus caracóis e os seus olhos castanhos expressivos. Uma linda mulher. - Sam?! - O rapaz virou-se ao som da voz de Bobby e, quando o viu largou logo a fotografia. 
   - Diz?!
 Bobby observou-o durante um bocado antes de falar. 
   - Vai ver do teu irmão, ou ele ainda come a comida toda.
Sam assentiu e desapareceu pela porta da cozinha.
Bobby sabia exactamente onde aquilo iria dar.

Pouco tempo depois apareceu Charlotte com o seu cabelo molhado. Um cheiro a frutos tropicais inundou a sala.
- Pronto, já estou minimamente, normal. - Sentou-se no sofá, com uma toalha na cabeça e cruzou as pernas.  
- Qual é o problema?
Bobby explicou a situação.
   -  No baile de finalistas uma estudante de nome Jamie Lidell morreu. Foi encontrada ao fundo de uma ravina envolta num carro em chamas, pouco sobrou dela para contar historia e o caso foi tomado como inconclusivo e não se ouviu falar mais dele. Agora, 20 anos mais tarde, há um baile de Regresso a Casa e eu temo que o espírito por ai ande. Estavam 3 pessoas com ela: Hannah Andrews, Phill Smith e Byron Adams. Disse Bobby, mostrando as fotos dos jovens.
- Que tem estas pessoas?
- Estas pessoas andam os 3 no mesmo psicólogo desde 18 anos. O mais perturbado de todos, é Byron pelos vistos já teve inúmeras crises e esgotamentos. Esteve numa clínica de reabilitação, pois tornou-se viciado em comprimidos para dormir, tomava pelo menos quatro.
Pelo que dizem Jamie estava completamente bêbada e pedrada, num acto de loucura pegou no carro e lançou-se do precipício. Segundo eles, ela disse que carro era o seu tapete voador. Disse Bobby.
- Achas que eles estão a esconder alguma coisa? - Perguntou Sam
- Nestes casos, escondem sempre alguma coisa
- Achas que o espírito da Jamie vai tentar algo? - Perguntou Dean.
- É bem capaz. - Disse Bobby.
- Então que vamos fazer? - Perguntou Sam
-  Sam e Charlotte vão falar com a Sr. Andrews. Dean vai ver se consegues trazer a certidão de óbito de Jamie e despachem-se porque o baile é amanha.
Sam virou-se para Charlotte
- Temos que levar o teu carro.
- Okay

Bateram e rapidamente veio uma senhora a porta.
- Posso ajudar-vos? Perguntou Hannah
- Hum sim, nós somos jornalistas para o Abbeville News e viemos aqui fazer uma entrevista consigo. Vamos estar a fazer cobertura do baile. - Disse Sam. 
- Então, em que posso ajudar-vos?
- Nada de mais, apenas umas quantas perguntas. Queríamos saber como era o liceu naquela altura. É muito diferente?
- Oh sim! Era muito diferente!
- Pertenceu a algum grupinho?
- Oh não, eu era uma simples líder de claque.
- Ah então como líder de claque conhece Byron Adams e Phill Smith, eles eram jogadores de futebol no seu tempo. - Disse Charlotte.
O sorriso da senhora desvaneceu-se e começou a mexer-se na cadeira.
- Fomos amigos, agora já não falamos. 
 
- Porque deixaram de se falar? Perguntou Charlotte em voz firme.
- Os anos passavam e nem as melhores amizades aguentam. Eu fui para um lado e eles para outro. 
   - Desculpe, mas vocês não estavam com Jamie Andrews no dia em que ela morreu? Perguntou Charlotte.
A senhora levantou os olhos e o seu olhar era frio.
- Penso que é melhor irem-se embora.
- Queríamos saber o que.
- O que aconteceu foi o seguinte: Jamie estava bêbada e meteu-se no carro, acabou espetada no fundo de uma ravina! Exclamou Hannah, em seguida fechou a porta na cara de Sam e de Charlotte.

Regressaram a casa de Charlotte. Bobby não estava em casa e Dean também não. Ela chegou a casa e atirou o casaco para cima do sofá e subiu as escadas. Abriu as janelas do que parecia ser do sótão No centro da sala tinha uma mesa com varias caixas cheias de livros, pegou nalguns e começou a arruma-los cada um na sua estante. Estava a arrumar os livros e faltava só mais um que ficava com o ultimo lugar na prateleira, esticou-se. Não chegou. Esticou-se mais um bocado. Ainda não. Já estava na ponta do escadote, quando deixou de senti-lo mas, antes mesmo de chegar ao chão, foi agarrada por Sam. Ficaram cara a cara e os seus lábios tocaram-se levemente. Sam queria beija-la, simplesmente, beija-la. Charlotte estava ao ponto de o deixar faze-lo.Então bateram a porta-
- Tenho de ira porta... - Disse Charlotte desaparecendo. Desceu escadas abaixo e abriu a porta a Dean que se espantou com a cara de Charlotte. Sam seguiu-se vindo escada abaixo.
- Esta tudo bem? Perguntou Dean, sem perceber
- Meu, tens mesmo que melhorar o teu timming. Disse Sam, sentando-se pesadamente no sofá.

Já era de madrugada e Charlotte não conseguia dormir. Mexeu e remexeu-se na cama até que se levantou. Começou a descer as escadas, quase ia caindo por isso acendeu a luz. Assustou-se ao ver Sam no seu sofá. Aproximou-se e viu que ele dormia encolhido. Charlotte olhou para ele, de facto o rapaz era muito bonito.
- Caramba, és lindo. Disse Charlotte, falando consigo mesma.
Virou as costas ao sofá, ia a cozinha beber qualquer coisa.
- Obrigada
Charlotte sentiu a cara a aquecer, virou-se devagar. Sam estava de pé
- Estavas acordado?
Yep! Estava a ler quando te ouvi descer. Não consegues dormir?
Nop, aquela cama tornou-se muito grande para mim
Sam não conseguiu olhar para a rapariga. Aquele top assentava-lhe tão bem. 
- Pára de olhar assim pra mim!
- Desculpa, é praticamente impossível.
 Charlotte espantou-se com aquela atitude e sentiu-se a corar mais um pouco.
- Okay, eu vou beber qualquer coisa
Charlotte bebia o seu leite, sem querer acreditar no que tinha dito. Voltou pouco tempo depois. Sam continuava no mesmo lugar com uma revista em frente aos olhos.
- Vais dormir?
- Sim. Porque não vais para a tua cama? O Dean ressona?
- Só quando esta cansado e bêbadohoje, por acaso, só esta cansado no entanto ressona como um bêbado.
Os dois olharam-se durante um bocado num segundo que pareceu horas.
 
- Boa noite, Sam.
- Boa noite, Charlotte.


- Hannah Andrews, foi encontrada morta hoje de manhã. Disse Bobby, sentando-se pesadamente no sofá.
Nesse momento Charlotte descia as escadas, em pijama novamente.
- Hannah morreu?
- Teve um derrame cerebral. Disse Bobby.
- Eles estão a morrer um por um, será o espírito? Perguntou Charlotte.
- Só pode! Exclamou Sam. Temos que agir rápido ou morrem todos.

Sam e Dean foram dar a uma vivenda amarela.
- FBI, Agentes Especiais Hopkins e Deucette.
- Isto é sobre a Hannah? Perguntou Phill.
- Sim, queríamos fazer-lhe umas perguntas, se não for incómodo. Não tomaremos muito do seu tempo. 
Phill parecia nervoso com qualquer coisa, estava sempre a olhar para trás e mexia muito no cabelo.

Esta tudo bem, Sr. Smith? Perguntou Dean.

- Humsimé apenas uma doruma dor de cabeça. Disse o senhor. - Olhem, eu agora não posso falar, com licença.

O homem fechou a porta com força.

Os rapazes, como não podiam obrigar ninguém a falar com eles, voltaram as costas a casa e caminharam para o Impala que os esperava.

Dean retomou a conversa
  - Ora confessa, tu gostas dela!
 Sam bufou, não queria falar no assunto, pelo menos não por agora. Sentia-se estúpido o suficiente não precisava de ajuda. Então ouviu algo...
  - Ouviste aquilo? 
 

- Phill Smith, morreu. Disse Sam- Quando? Perguntou Charlotte. Sam olhou para o relógio. - A pouco menos de 2 horas. Chegamos lá ele não quis falar connosco, fechou a porta na nossa cara, quando a abrimos era tarde demais. Disse Sam, fechando os olhos. Era sempre muito difícil para ele quando uma pessoa morria. Sentia sempre que podia ter feito mais qualquer coisa.
  - O Bobby? - Perguntou Dean. 
   - Saiu. Byron vai fazer o discurso do baile, Bobby foi tentar arranjar-nos bilhetes Disse Charlotte bebendo um pouco de café.
  - Bem, meninos. Desculpem mas vou dormir um pouco.
Dean levantou-se e subiu as escadas, deixando Sam e Charlotte sozinhos.
Instalou-se um silêncio e trocaram olhares tímidos. 
- Estás bem? Hoje de manha parecias abalada com qualquer coisa. 
Charlotte levantou-se do sofá, não queria falar do telefonema, não queria falar de Jeremy. Sam agarrou-a pelo braço. 
  - Estás bem?
- Sam- Diz-mefui eu? -
 Não! Exclamou Charlotte, tentando soltar-se de Sam, que se aproximou ainda mais. Ficaram a centímetros de distancia e de novo aquela vontade atacou os dois. 
 Por fim Charlotte largou-se e pôs-se a uma distância segura de Sam. 
  -
Fazemos assim, no fim de tudo isto tens direito a 5 perguntas. Podes perguntar-me o que quiseres! Mas, agora deixa-me em paz! 

O grupo estava no local do baile. O edifício branco tinha faixas penduras e luzes e de dentro vinha uma música. Olharam em volta procurando Byron mas, não o viram, presumiram que devia estar lá dentro, como seria quem ia fazer o discurso, poderia chegar mais cedo. Bobby entrou no recinto, seguido de Dean que ia a frente de Sam.
- Onde vais? Perguntou o irmão, parado a entrada do recinto.
- Vou entrar- Disse Sam.
- Não vais nada!  
- Hã?!
- Fica ai a espera de Charlotte.
- Porquê?
- Porque alguém tem que ficar a espera dela! Sê cavalheiro, pá! - Exclamou Dean, desapareceu por entre a multidão que entrava no recinto. Sam pegou no telemóvel.
 
- Não precisas de telefonar, já cheguei! Exclamou Charlotte. Sam virou-se espantou-se com a beleza de Charlotte, tinha um vestido roxo fluido, uns sapatos pretos de salto e uma encharpe preta em volta dos ombros. Não tinha muita maquilhagem apenas um lápis preto debaixo dos olhos e algum rímel. Tinha o cabelo solto em ondas.
- Pára de olhar assim para mim.- Desculpa, é praticamente impossível Sam estendeu-lhe e braço e ela aceitou, entraram juntos no recinto.
 Sam viu o irmão a aproximar-se com um copo de champanhe, viu o seu olhar espantado com Charlotte.
- Wow, babe! Charlotte! Estás linda! - Disse Dean. A rapariga escondeu a cara embaraçada.     
- Onde anda o Bobby? Perguntou Sam. Dean ainda não tinha tirado os olhos de cima de Charlotte. DEAN!
- Ohh! Foi a procura do Byron. Exclamou Dean com um sorriso para Charlotte. 
 
- Hum...eu vou ver do Bobby. Disse Charlotte, largou do braço de Sam e passou por entre as pessoas.
Charlotte estava no meio da pista quando viu Byron.
Preparava-se para avançar, quando Sam a agarrou pelo braço.
 - Onde vais? Perguntou Sam perto do seu ouvido.
A rapariga sentiu um arrepio na espinha.
- Ia falar com Byron.
- Sozinha? Lembras-te o que aconteceu da última vez? -
Charlotte sentiu um revolto no estômago ao lembrar-se do homem no manicómio.
- Que queres fazer?
- Deixa que EU falo com ele. Fica aqui. Disse Sam.
Sam chegou-se perto de Byron e mostrou-lhe os distinvo. Dean e Bobby haviam-se juntado e os três acompanhavam Byron escada acima, sob o olhar atento de Charlotte.
- Precisamos de falar consigo, acerca de Jamie. Disse Dean encostado a parede, parecia uma cena de um filme de acção em que a máfia encurralava um traidor.
- Jamie? Mas o que esta para ai a falar? Perguntou Byron nervoso.
- O que se passou naquela noite? Perguntou Sam com as mãos nos bolsos, a frente do irmão.
- Porque raio querem saber?
- Porque você está em perigo. Disse Dean.
Byron engoliu em seco.
- Estou em? Por favor, eu tenho um discurso para fazer.
- Hei, não acha coincidência demais que os seus amigos, Hannah e Phill, estejam mortos? Quer dizer, os mesmo que estavam consigo no dia em que Jamie morreu? Perguntou Sam.
- Isso foi uma coincidênciauma infeliz coincidência.
- Oh a serio? As dores de cabeça, as visões de Jamie, os pesadelos isso também foram coincidências?
- Jamie, esta morta! Ela morreu naquela noite.
- Ela estava viva quando a pôs no carro. Portanto vai contar-nos o que aconteceu Disse Bobby com voz firme. Byron sentiu um peso no coração. Viva?
- Estávamos no baile, a divertir-nos e Phill apareceu com uma garrafa de whisky e disse para irmos lá para fora.
- Oh vá lá, eu tenho a certeza que há mais- Disse Bobby
 
Byron engoliu em seco, sentia-se enjoado.
- Phill convenceu-me a levar Jamie, fomos para o precipício aqui atrás e ficamos os 4 juntos e depoisdepois o Phill e Hannah saíram do carro, deixando-me com a Jamie. Eu beijei-a e a partir daí as coisas aquecerame ela não quis, forcei a barra outra vez e ela fugiu. Eu agarrei-a pelas pernas e ela bateu com a cabeça. Foi um acidente
Byron começou a ficar sem fôlego e a sua cabeça começou a doer. Caiu de joelhos e deitava sangue pelo nariz. Jamie apareceu a sua frente. Os rapazes tentaram aproximar-se mas não conseguiram, era como se houvesse uma parede invisível.
- Jamie, peço desculpa, nunca te quis magoar, sabes disso! Exclamou Byron. Jamie não parecia convencida e serrou os olhos e a dor aumentou. AhhhJamie, a serio! Eu nunca te quis magoar, nunca foi a minha intenção. Desculpa! Sabes que eu nunca te magoaria, nem sabes as noites em que perdi o sono de remorsos, por favorpeço desculpaJamie!
Nesse instante Jamie envolveu-se em chamas e desapareceu a dor de Byron diminuiu.
- Acham que ela se foi?
- Eu acho que sim.
- Parecia Jamie tinha desaparecido mas, achavam que tinha sido muito fácil. Sam, Dean e Bobby saíram da casa de banho, deixando Byron a beber água. Sam viu Charlotte na pista de dança, não estava a dançar só tinha uma taça de champanhe na mão e abanava a cabeça ao som da música, parecia visivelmente irritada, Sam desceu as escadas, passou pelas pessoas e chegou até ela.
- Oi...
- Resolveram o assunto? - Perguntou Charlotte.
- Penso que sim De repente cheirou-lhe a queimado. Olhou em volta e não via a fonte do cheiro, Dean chegou-se perto dele, ao que parecia já tinha sentido o cheiro. Bobby chegou-se perto também, as pessoas em volta começaram a dispersar o fumo começava a intensificar-se. Então Dean olhou para cima e viu a porta da casa de banho em volta em fumo, tocou no braço do irmão e apontou para a porta. Naquele momento ambos correram para a porta, subiram as escadas. Tentaram abrir a porta mas a maçaneta estava quente.
Todos perguntaram o mesmo. Teria Byron saído?
  Não havia tempo para verificar. Começaram a descer as escadas e a ajudar as pessoas a saírem do recinto. O fumo enchia o local. A multidão ia passando lá para fora, o fumo era intenso.
Sam e Dean saíram para fora, Bobby apareceu pouco tempo depois trazendo uma rapariga nos braços mas, nada de Charlotte. Saíram mais algumas pessoas ainda perdidas com o súbito incêndio mas, nada de Charlotte. Sam procurou-a com o olhar. Apareceram os bombeiros e a polícia e o fumo de dentro do recinto era ainda maior. Ao fim de algum tempo de espera, Charlotte saiu rodeada de fumo, caiu no chão e Sam veio ao seu encontro.
- Hei, já te apanhei- Disse Sam. Continuava a tossir. Sam pegou-a no colo e meteu-a no banco detrás da ambulância para a rapariga receber algum oxigénio. Estava bem, apenas tosse a cara e os olhos vermelhos.
- Ela está bem? Perguntou Bobby ao ver a rapariga. Charlotte fez um sinal positivo, tinha uma mascara de oxigénio na boca.
Sam tirou o casaco e deu-lhe para vestir.
- Melhorzinha? Perguntou Sam com um sorriso.
- Sim...
Chegou um paramédico e viu o estado de Charlotte, uns exames básicos ali e a li.
- Pronto, pode ir ser quiser. Recomendo apenas algum repouso, se chegar a sentir-se mal, venha ao hospital, okay? - Charlotte tossiu mais um pouco.
- Sim.
- O senhor é o namorado? Perguntou o paramédico a Sam, o rapaz nem teve tempo para responder. Cuide bem dela, qualquer coisa. Telefone para o 112, okay?
Bobby aproximou-se dos dois. Sam levava Charlotte até ao Mustang.
- O Byron? Perguntou a rapariga numa voz rouca. Bobby olhou para trás, uma maca com um saco preto passava. Byron estava morto. Charlotte encolheu-se debaixo do braço de Sam.
- E o espírito? Perguntou Sam
- Já teve a sua vingança, deve deixar-nos em paz.
Charlotte voltou a tossir e Sam segurou-a com um pouco mais de força.
- Sam, leva-a a para casa. Ela precisa descansar, eu e o Dean ficamos por aqui. Pediu Bobby.

Chegaram a casa de Charlotte e o silêncio mantinha-se, Sam ajudou-a a sair do carro e caminharam até a entrada.
- De certeza que estás bem? Perguntou Sam.  
- Sim, só preciso dormir. Como vais para o motel?
- A pé. Não te preocupes, eu fico bem, nem é muito longe daqui. Aliás o Dean deve estar preocupado comigo.
- Okay. Disse Charlotte com um sorriso.
Os dois ficaram em silencio, Charlotte subiu dois degraus e ficou a mesma altura que Sam. Estendeu os braços e envolveu Sam, num abraço carinho.
- Obrigada, Sammy. Meu anjinho da guarda.
- Anjinho um pouco grande, não?


Um jipe chevrolet preto estava parado uns metros longe da casa, e viu Sam a ir-se embora a pé, e Charlotte a entrar em casa. O homem que estava lá dentro tinha binóculos e não estava contente. O homem no carro era Jack, amigo de Charlotte. Tirou os binóculos e pegou no telemóvel que estava ao seu lado. Carregou no nº1 e do outro lado atenderam.
- Hei, tenho novidades para ti.
- Ela estava com ele?
- Sim...
Houve um silencio do outro lado. 
- Continua, não a largues por um segundo. Vai ser ela que me vai levar até eles. 
- Até quem?
- Até aos irmãos Winchester


COMENTEM Y'ALL :)
CONTINUA...


NEXT EPISODE : THE GIRL IN RED ( A RAPARIGA DE VERMELHO)


-- Edited by 'Nisse Dee at 00:40, 2009-01-17

-- Edited by 'Nisse Dee at 00:49, 2009-01-17

-- Edited by 'Nisse Dee at 00:52, 2009-01-17

__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!


Senior Member

Status: Offline
Posts: 187
Date:
Permalink   

a relaçao daqueles 2 esta a aumentar aww hmm quem era o outro ao telefone O_o.

Bom trabalho.... keep going

__________________



Member

Status: Offline
Posts: 8
Date:
Permalink   

Nossaa... continuaa por favor... Eu toh morrendo de curiosidadee.biggrin

__________________


Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
Permalink   

S1E5 GIRL IN RED

- Quem és tu?
 A rapariga virou-se lentamente, tinha um vestido branco que lhe tapava os ombros, um cabelo vermelho vivo e uns olhos verdes. Era muito bela, tinha uma pele branca e os lábios pintados de vermelho. 
- Dean
- Quem és tu? - E, de repente, ficou tudo escuro. Dean foi empurrado e caiu num chão molhado e frio. Nem teve tempo para raciocinar quando foi agarrado por uns seres que o deitaram numa mesa fria e abriram-lhe os braços. Dean não via nada nem ninguém, apenas os sentia perto da sua cara e a tocarem no seu corpo. Abriram-lhe os braços e estenderam-nos pela mesa, Dean continuava sem ver nada para alem do céu negro e vermelho que o rodeava.
Sentiu que lhe tinham aberto as mãos e sentiu uma leve picada na palma, olhou para o lado esquerdo e viu uma coisa reluzente, abriu mais os olhos e viu um enorme prego pronto a ser posto na sua palma. Olhou para o lado direito e havia um outro prego na sua mão. Por cima viu um enorme martelo negro, prestes a cair sobre o prego. 
DeanDean
Era uma voz suave e doce. 
 DeanDean
 Dean abriu os olhos, vieram-lhe flashes da rapariga que tinha visto, com os olhos verdes. Mas, naquele instante o martelo que pendia sobre a sua mão direita, caiu sobre a sua mão, espetando-lhe o prego mesmo na palma, causando-lhe uma dor insuportavel...

- DEAN! Gritou Sam. Dean gritava na cama e suava pelos poros. Tremia que nem um doido. Sam aproximou-se do irmão, que tinha a sua t-shirt encharcada.
- O que te aconteceu?  Outro pesadelo?
Dean não respondeu, levantou e trancou-se na casa de banho. Meteu-se debaixo do chuveiro e abriu a água fria. Quem era ela? E porque raio estava a chama-lo?
Saiu da casa de banho pouco tempo depois, tinha uma t-shirt verde escura e umas calças de ganga. Sam estava sentado a mesa, olhou para o irmão, presumira que talvez Dean não quisesse falar do assunto e começou a procura de trabalho.
- Hei, tive a ver uns ca
- Não vamos trabalhar hoje.
- Porquê?
Dean sentou-se na cama do qual tinha saído a pouco tempo a imagem da rapariga ainda estava viva na memória.
- Tive um pesadelo. Um pesadelo muito estranho.
- Eu sei
- Não, não são esses pesadelos. Foi diferente.
- Diferente, como?
Dean suspirou, ainda estava abalado com aquele sonho.
- Eu sonhei com uma rapariga. Era uma jovem ruiva, cabelos compridos, com um vestido vermelho e uma capa vermelha. Não parava de me chamar, no segundo seguinte, vi-me de volta ao Inferno a ser torturado
- Sonho estranho, Dean
Dean olhou para o irmão.
- Obrigada Sam Ironizou. Ainda não tinha dado conta!
Levantou-se e resolveu pegar uma cerveja. Estava a ficar com calor.
- Alguma vez a viste, a ruiva?
- Não, pelo menos não me lembro de ninguém com aquela cara.
Dean abriu o frigorífico e tirou de lá uma cerveja fresca.
- Então quem é ela? Um espírito?
- Não, eu sei que não era um espíritoela é diferente
Bebeu um pouco de cerveja mas mal lhe sentia o sabor. Sam resolveu arriscar perguntar ao irmão uma coisa que provavelmente o iria irritar.
- Lembraste de alguém, nos teus sonhos?
- Quê?
O rapaz não percebia o que o irmão estava a dizer. Sentia um calor enorme mal, conseguia respirar.
- Se te lembras de alguém?
- Devias perguntar-me se eu tinha visto a Lilith ou algum dos outros filhos da mãe, é mais fácil. E a resposta é não! Quer dizer, nunca cheguei a ver ninguém, apenas sombras e ruídos. Apenas os sentia perto de mim...
Sentiu uma tontura e agarrou-se ao lava loiças mas, acabou por cair de joelhos. Sam apressou-se a ir ao encontro do irmão que estava de joelhos, segurou-o antes que caísse de cara.
- Normalmentedir-te-ia para me largaresmasnão me estou a sentir bem

 Charlotte estava entretida a cantar e a arrumar as almofadas na sala quando viu na cadeira o casaco que Sam tinha se esquecido no seu carro e sorriu. Então, tocaram a porta, Charlotte baixou o volume e caminhou até a porta. Abriu e era Sam do outro lado, tinha uma cara preocupada.
- Sam! Mas, ao ver a cara de Sam viu que não havia motivo para felicidade. -  Esta tudo bem?
- Preciso dos teus livros
Charlotte deixou-o entrar e conduziu-o a sua biblioteca. Sam explicou-lhe o que se passava com Dean.
- Uma rapariga de vermelho?
- Sim, queria ver se nos teus livros vinha alguma coisa sobre isso.
Charlotte viu o quão preocupado estava e achou por bem ajuda-lo.
- Humdepende, que foi que ele disse?
- Eu não sei... Ele disse que era ruiva, tinha olhos verdes, um vestido branco e uma capa vermelha..
Charlotte de repente parecia que tinha-se acendido uma lâmpada na sua cabeça e arregalou os olhos. Passou por Sam e olhou para uma estante.
- Que mais? Ele disse mais alguma coisa?
Sam achou que a rapariga tinha chegado a algum lado e aproximou-se dela.
- Ele disse não era um espírito, que ela era diferente.
Charlotte estendeu a mão e agarrou um grande livro. Abriu numa página e sorriu.
- Vai ficar com o Dean, eu já lá vou ter.  

Charlotte já tinha posto os livros no porta bagagens do carro, ia apenas buscar mais uns quantos livros quando tocaram a porta. Pensou que fosse Sam de novo, por isso apressou-se a abrir.
- Charlotte! -
Jack estava a sua frente. Entrou sem pedir licença e passou em revista a sala.
- Jack, não tenho tempo para
- Vais sair?
- Sim, vou. Olha, Jack
- Com quem? Charlotte estranhou aquela atitude e não respondeu. Jack ao sentir a relutância da amiga, recuou. Tudo bem, ouve só queria pedir desculpa, pelas coisas que eu disse.
Foi então que viu o casaco de Sam pendurado na cadeira.
- Não faz mal, agora se me dás licença tenho que
- De quem é o casaco?
- Qual casaco?
Jack passou por ela com um ar estranho nos olhos. Agarrou no casaco, olhou bem para ele.
- Este casaco
- É só um casaco!
- De quem?  - Havia qualquer coisa no seu olhar, algo que assustava Charlotte. Podia jurar que houve um laivo de escuridão nos seus olhos.
- Tudo bemJá vi que estás ocupada. Jack largou o casaco e caminhou para a porta. Até logo, Charlie. Tem juízo.  
Assim que saiu que fechou Charlotte reparou que estava toda arrepiada.

 Dean deu consigo numa espécie de floresta, estava rodeado de árvores altas e verdes. Não via nada nem ninguém, apenas natureza. Girou sobre si mesmo e encontrou-a, a mesma rapariga de cabelos vermelhos com um sorriso nos lábios.  
- Que bom ver-te, Dean
- Quem és tu? Perguntou Dean.
A rapariga começou a andar em redor de Dean passando detrás das árvores.
- Sou quem quiseres A jovem passou por detrás de uma árvore. Posso ser a tua mãe.- A
pareceu Mary no seu vestido branco, caminhando em direcção a outra árvore. Ou posso ser o teu pai- John veio em seguida com a sua roupa normal e um sorriso confortante. 
 - Responde-me!
John passou por detrás de uma árvore e a jovem ruiva voltou a aparecer, no seu vestido branco.
- Desculpa, apenas fazia valer o meu ponto de vista- Parou encostando-se a um tronco. - Tens muito pela frente, Dean.
- Como sabes?
A jovem encolheu os ombros.
- Eu seiÉ o meu trabalho.
- E que trabalho é esse.
- Vais ver

 Sam estava na cama ao lado de Dean com um ar apreensivo. Dean continuava inconsciente e febril.
Bateram a porta e Sam correu para abrir.
- Diz-me que tens qualquer. Disse ao ver Charlotte a soleira. A rapariga sorriu e entrou no quarto. Tirou um livro grande da mala e deixou-o cair em cima da mesa.
- Criva
São mensageiros, anunciadores do bem ou do mal. Normalmente, escolhem abordagens não tão severas como esta- Charlotte olhou para Dean, fez-lhe impressão vê-lo tão mal.
- É isso que está a atacar o Dean?
- Não está a ataca-lo, Sam. Estão a conversar.
- Sobre o quê?
- Normalmente, os Criva aparecem quando se vão dar mudanças drásticas na vida das pessoas.
- Porquê que me cheira que isto não é bom- Sam cruzou os braços. Mas, porquê uma mulher ruiva? Nunca vi o Dean a falar de uma ruiva
- Podem transformar-se no que quiserem, são como metamorfos, conseguem ser quem a pessoa mais desejar, o assunto deve ser importante para nem se dar ao trabalho de transformar em alguém conhecido. 
 Sam olhou para o irmão. Estava preocupado de morte. O que será que estariam a fazer com ele? 

Dean continuava de pé na relva a olhar para a jovem. Tinha a mesma capa vermelha, o cabelo ruivo e uns olhos verdes intensos. Era mesmo muito bonita.
- O que queres? Perguntou Dean.  
A rapariga virou e encarou-o com um olhar determinado. Dean sentiu-se como uma ervilha
- Infelizmente o teu irmão tinha razão, foi Lilith quem te trouxe de volta. Ao que parece ela não quer Sam fraco e indefeso como disseste mas, sim no total uso dos seus poderes. E sim, pode-te levar a qualquer momento.
 - Nao acredito.
 - Oh acredita! Lilith trouxe-te de volta, é verdade mas, ela é a última das tuas preocupações. Não deixou Dean interrompe-la. - Não vais atrás dela, por agora, pois ninguém sabe onde ela anda, nem nós nem os da sua espécie. 
Não, ela não morreu, pode estar desaparecida mas a sua energia é forte, uns dizem que ela se prepara para enfrentar o teu irmão, outros que ela tem medo de o fazer. Mas, por agora, o teu problema é quem esta a trabalhar para ela, enquanto se encontra desaparecida.
- Quem?
- O irmão. Não sei o seu nome, penso que ninguém sabe mas ele é tão forte quanto ela. E o pior, é que ele não trabalha com a ajuda de outros demónios.
- Sozinho?
- Não, com a ajuda de humanos.  

Sam, estava na mesa balançando a cadeira. Sentia-se impotente ao ver o seu irmão febril daquele jeito.
Charlotte entrou no quarto com um saco de comida, Sam lembrou-se que mal tinha tomado o pequeno-almoço. Charlotte tirou do saco 2 embalagens de lasanha para aquecer no microondas.
- Espero que gostes de lasanha.
- Estou com tanta fome que como um cavalo com ferradura e tudo!
Charlotte tirava coisas do saco como pão, leite, bolachas, doces, batatas fritas
- Vamos pra guerra?
Charlotte sorriu
- Não, mas parece que vai ser uma longa conversa e o Dean vai ter fome por isso - Abanou dois pacotes de batatas nas mãos. Ao que Sam sorriu. - Então diz-me, como foi que isto aconteceu? Porquê um Criva, um ser que raramente aparece, tem urgência para falar com o Dean?
- É uma história complicada e comprida
- Dá-me a versão curta.
Sam empurrou uma cadeira na direcção de Charlotte.
- Senta-te.
Inspirou fundo e contou toda a história desde da procura pelo YED até ao confronto no cemitério.
- Uau, a Porta do Inferno? Perguntou Charlotte espantada. A sério?
- A sérioe nem é a pior parte.
Sam levantou-se e mostrou nas costas o ferimento da facada que o tinha morto. Charlotte observou aquele ferimento sarado, continuou a contar até a parte em que Dean fizera um pacto com o Dean, durante o tempo todo Charlotte não dissera uma palavra deixando-se levar pela história e pela beleza de Sam 

- Um humano?
- Sim.
- Mas, como?
- Tem-no preso, parece que têm alguma ligação com o demónio, senão não seria capaz de o controlar. Este humano é muito esperto mas é apenas uma marioneta nas mãos do demónio.
- Qual é o trabalho dele?
- Encontrar os irmãos Winchester e levar-vos até ao irmão de Lilith.
Dean sentiu um peso enorme no estômago, de novo eram alvos de algo maligno.
- O que é que ele quer de nós?
- Não sei, mas não deve ser boa coisa. Têm que encontra-lo antes que ele vos encontre, mas tem de ter cuidado, ele está perto.
- Qual deles?
- Os doismuito mais perto do que imaginas. Dean lembrou-se de Charlotte do seu ar bondoso e dócil, que por dentro podia mostrar um agente do mal. - Não
Dean despertou dos seus pensamentos.
- Não o quê?
- Não é a Charlotte masela é um elemento essencial.  

Charlotte estava deitada na cama de Sam com ele sentado aos seus pés de olhos postos em Dean. Já era noite e a escuridão abatia-se lá fora. Charlotte tinha os olhos fechados mas, não dormia apenas pensava e enrolava uma madeixa nos seus dedos. Sam observou-a, parecia uma sereia deitada na areia.
- O que foi? Perguntou Charlotte abrindo os olhos, sentindo Sam a observa-la.
- Porque não me beijaste?
Charlotte parou de enrolar o cabelo e olhou para Sam.
- Como assim?
- Na biblioteca da outra vez, não me beijaste porquê? Perguntou Sam, nem ele sabia o porquê da pergunta. Charlotte sentou-se na cama e encarou Sam. Não sabia o que responder. - Olha, se eu estou a receber sinais errados então diz-me porque
 Sam nem teve tempo para responder, Charlotte pregou-lhe um beijo na boca de todo tamanho. Sam apanhado de surpresa deixou-se beijar, pela rapariga que estava de joelhos em cima da cama enquanto o beijava. Sam deitou Charlotte e ficou em cima dela, enquanto isso os beijos iam aumentando de intensidade, até que Charlotte se lembrou de Jeremy.
- Sam- Disse ela, enquanto Sam lhe beijava o pescoço. - Sam, pára
Sam parou de a beijar e saiu de cima de Charlotte, sentando-se na cama. Enquanto isso a rapariga foi para a casa de banho.
- Charlotte- Chamou Sam.
Mas, a rapariga não respondeu, limitou-se a fechar a porta da casa de banho.

 - A Charlotte? Perguntou Dean. Ela conhece-o?
A jovem sorriu novamente, Dean apercebeu-se que afinal Charlotte podia ajudar.
- Sim, mas, ela nem sabe.
Então a paisagem em volta começou a envolver-se numa espécie de nevoeiro e Dean começou a sentir-se esquisito. Uma revolta no estômago.
- O que se passa? Ao sentir-se aquela mudança
- Tenho de ir. Respondeu a jovem andando para trás.
- Já? Mas como vamos encontrar esse humano?
- Fácil é só seguir as pistas. A propósito, espantei-me com o facto de vocês não procurarem a Colt.
Dean lembrou-se que se tinha esquecido completamente da Colt.
- Não a procuramos porque não sabíamos onde procurar!
- Encontrem o humano que ajuda o irmão da Lilith, ele tem a Colt.
Dean começou a sentir-se, caiu na relva verde e molhada.
- E se nãocomconseguir?
- Então, começa a rezar
Com estas ultimas palavras Dean deixa-se levar pela escuridão da inconsciência.  

Dean abriu os olhos de repente e sentou com rapidez. Olhou para o lado e viu Sam a olhar espantado para o irmão.
- Estás bem?
- Sim...- Respondeu Dean ofengante.
Naquele instante Charlotte sai da casa de banho e fica igualmente espantanda por ver Dean naquela prontidão.
- É bom ter-te de volta.
- Sampreciso de te falar.
Charlotte entendeu isso como a sua deixa e agarrou nos seus livros, na mala  e no casaco.
- Bem, eu vou andando.
- Eu ajudo-te. Ofereceu-se Sam.
- Não, deixa estar. Tu e o teu irmão têm muito que falar...
Charlotte exibiu um sorriso doce.
- E nós? Perguntou Sam. Charlotte suspirou e olhou para Dean.
- Ficamos para depois

 Dean estava um pouco abalado mas, mesmo assim contara a Sam a conversa que havia tido com o seu mensageiro
- Ela disse que a Charlotte, conhecia-o?
- Yep.
- Esse humano que esta a ajudar o demónio, ela não disse quem era?
- Nop.
- Ele é perigoso?
- Ele tem vivido com um demónio, Sam acho que ele é minimamente perigoso.
Dean levantando-se para agarrar uma cerveja no frigorífico.
- Então também é perigoso para Charlie?
Dean olhou para o irmão desconfiado.
- Charlie? Já estamos nas alcunhas, Sammy?
Sam não respondeu continuava preocupado, pensando que esse tal espião poderia ser um perigo não só para eles como para Charlotte.
- Pois- Respondeu Sam sem ligar ao irmão.
- Okay, o que aconteceu, quando estava away
- Porque achas que aconteceu alguma coisa?
- Sou bom a ler nas entrelinhas.
- Beijamo-nos. Disse Sam, nem estava a prestar atenção ao que dizia.
Dean sentou-se rapidamente a frente do irmão com um sorriso.
- Sam Winchester, seu cão malvado! BEIJASTE-A!
- Sim...Achas mesmo que a Lilith está escondida?
- Sim, acho...Espera, beijaste-a aqui? COMIGO AQUI! AO TEU LADO?!
- Sim Respondeu Sam encolhendo os ombros. Sem ligar ao que dizia.- Mas, isso não faz sentido nenhum, porque é que a Lilith haveria de estar escondida, nem sei quais são os meus poderes ainda
- WOW! Essa foi baixa! Foi sujomesmo, aqui!
- O que foi?
- Não acredito que iastu sabes, comigo ao teu lado!
Sam sorriu nem tinha dado conta do estado de choque do irmão e resolveu abusar.
- Dean, tu não estavas aqui, estavasbem, a conversar com um mensageiro por mais estranho que pareça. Disse Sam com um ar de gozo. - Além disso, não aconteceu nada
Ainda bem! Que nem te passe! Queres ter acção arranja um quarto!

 Jack chegou a sua casa, não tinha boas notícias. Desceu as escadas que davam para a cave, abriu a porta. Estava uma escuridão imensa, a única luz que entrava era a luz da lua na janela onde se encontrava um homem.
- Perdi-a de vista- Disse Jack receoso. O homem respirou fundo. - Algures na auto-estrada, mas vi um casaco dos Winchester na sua casa.
- Oh que bom, um casacoLilith vai ficar contente!
- Peço, desculpa.
- Já sabia- Disse o homem. Calou-se e respirou fundo de novo. Era alto e forte, tinha uma voz grossa e calma mas, muito assustadora. - Jack, as vezes és um completo inútil. Não apanhavas os Winchester nem que dançassem o tango a tua frente!
  Mudança de planos
Jack assustou-se, quando plano mudava não era bom sinal.
- Como assim?
- Bem, Jack se tivesses feito um bom trabalho não haveria esta mudança mas, em todo o bom emprego há um mau empregado. Portanto, vais trazer-me a tua amiga Charlotte...
O homem virou-se e encarou Jack, que sentiu um arrepio ao olhar para os seus olhos negros e uma falta de ar ao ouvir o nome da sua amiga.
- Não! Não vou fazer isso.
- Jack, não me desobedeças! 
A sua voz continuava calma mas, muito assustadora. Já havia dito o que o homem havia feito a outras pessoas e não era bonito.
- Não! Ela é minha amiga não vou deixa-la na tua mão!
. O homem avançou a um passo lento mas arrepiante. Ficou completamente tapado pelas sombras.
- Jack!! Tu trabalhas para mim, logo vais fazer o que te mandar.Vai buscar-me a Charlotte!
Jack ficou paralisado com aquela voz calma mas, ganhou coragem.
- Não
O homem abriu a sua boca num sorriso malvado.
- Oh, Jackresposta errada.
E, ficou tudo negro.

NEXT EPISODE: HOUSE OF THE LOST



-- Edited by 'Nisse Dee on Monday 10th of August 2009 08:54:00 PM

-- Edited by 'Nisse Dee on Monday 10th of August 2009 09:07:15 PM

__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!


Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
Permalink   



-- Edited by 'Nisse Dee on Monday 10th of August 2009 09:04:47 PM

__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!


Member

Status: Offline
Posts: 17
Date:
Permalink   

raqueel wrote:

Nossaa... continuaa por favor... Eu toh morrendo de curiosidadee.biggrin



CLARO QUE SIM!!

Bem, desculpem lá a extrema demora mas, acabei por me esquecer que tinha conta aqui...LOOL...e pelo meio comecei uma nova fic, por isso, distrai-me.
Enfim, aqui fica um novo epi, pode haver algumas parenças com a serie mas, é puramente coincidencia, visto que isto já foi escrito desde Agosto do ano passado, um bocado antes da 4a temporada.  hehehe.

beijaOOO e espero que gostem!

 



__________________
http://www.theunforgivensouls.blogspot.com/

Cinco criaturas diferentes, cinco destinos, cinco almas com um passado diferente mas um futuro em conjunto. Visita e comenta!
1 2  >  Last»  | Page of 2  sorted by
 
Quick Reply

Please log in to post quick replies.



Create your own FREE Forum
Report Abuse
Powered by ActiveBoard