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Post Info TOPIC: A minha primeira fic


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RE: A minha primeira fic
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Episódio 14

Passadas duas semanas e depois da viagem no cruzeiro Beauty of the Sea ter chegado ao fim, Allison sentia-se, praticamente como nova e só tinha uma leve ligadura à volta da perna.
As muletas já nem vê-las: Allison já conseguia andar apesar de devagarinho sem elas, e as dores raramente as sentia agora.
Os quatro decidiram ficar mais uns tempos na cidade Kalamazoo, em Michigan, partindo depois a caminho de Detroit, porque era a cidade onde tinha nascido o automóvel e os outros, já conhecendo muito bem Dean, apoiaram a sua ideia.
Quando chegaram à cidade, deram de caras com enormes cartazes que diziam: Novo empreendimento hoteleiro em forma de automóvel: todos os bangalós são em forma do seu carro preferido; venha visitar-nos. A 35 km .
- Que acham? Perguntou-lhes Dean, todo entusiasmado.
- Oh, Crist! Suspirou Sam, rebolando os olhos.
Allison e Cindy riram-se às gargalhadas.
- Bora lá! Sempre quero ver se existe algum bangaló em forma de chevrolet Impala de 1967. Eh! Eh! Disse Allison.
Quando alcançaram o novo empreendimento, rapazes e raparigas muito novos distribuíram panfletos do próprio empreendimento, onde constava os preços e os carros que cada bangaló personificava.
-Aqui! Cindy apontou para onde dizia: - O Bangaló nº 60, em honra dos anos 60, é em forma de Chevrolet Impala. Se gosta de carros clássicos instale-se neste bangaló e desfrute da estadia por apenas
- Só? Allison olhava surpreendida para o preço.
- Pois, por ser novidade. E tem descontos respondeu Sam.
E sem mais demoras, Dean dirigiu-se ao balcão para reservar o quarto no Bangaló nº 60.
Quando lá entraram, ficaram a olhar super admirados: a porta de entrada era preta, tal e qual como os carros, e as paredes do bangaló eram cinzentas e brancas, com as janelas em alumínio.
Mas no interior, foi a melhor parte. Mas paredes estavam pendurados posters e álbuns de bandas como AC/DC, Alice in Chains, Rush, Foreigner, Black Sabbath, Deff Leppard, Filter, Scorpions, Ratt e uma música dos Ratt Round & Round tocava de fundo num rádio antigo típico dos anos 60.
Round & Round; what comes around goes around, i tell you why, ao mesmo tempo que se ouvia o solo da guitarra, que deixou Allison e Dean completamente extasiados a ouvir.
- Oh, my Eu morri e estou no céu! Allison rejubilava e parecendo que estava a sonhar, caiu na cama enquanto olhava para o tecto.
Na cozinha, os azulejos das paredes tinham desenhos do próprio Impala, de guitarras, baterias, microfones, pautas de músicas.
Dean andava de uma divisão para a outra, como se estivesse a viver um sonho: a cozinha ficava no meio e ao lado desta ficavam os dois quartos, com uma cama de casal cada um com o seu Jacuzzi, também em forma de guitarra.
-Hããã??!! Digam lá se não estão a gostar? Dean arqueava as sobrancelhas várias vezes, enquanto que, com um sorriso de orelha a orelha, não se cansava de admirar tudo à sua volta.
Allison estava no 1º quarto à entrada, enquanto que, com a sua guitarra, tentava tocar Round & Round dos Ratt, apenas por ouvido. Algum tempo depois, e com a experiência que ela já tinha, os sons da música saíam dos seus dedos, enquanto Dean, que a ouviu, contava a música aos altos berros.
Sam e Cindy só se riam e Cindy foi arrumar as suas malas e as de Dean no 2º quarto ao lado direito da cozinha.
À noite, antes de se deitar, Allison consultou a cassete que os empregados do empreendimento dispuseram com imensas bandas dos anos 60 e seguintes, até parar numa em especial, ouvindo-a durante muito tempo Run through the Jungle dos Creedence Clearwater Revival.
Quando Sam se despachou do duche, encontrou-a adormecida ao som de MovinOn dos Bad Company, com um sorriso nos lábios. Sam tapou-a com os cobertores e desligou a rádio, agradecendo ao irmão mentalmente por se ter lembrado desta ideia.

Dean e Cindy estreavam o jacuzzi juntos, ao som da música too daze gone de Billy Squier, e Dean, completamente extasiado a ouvir a música, enquanto Cindy lhe fazia massagens, exclamou:
- God! Este é um dos melhores dias da minha vida. Com a minha musa, a minha música e numa casa com a forma do meu carro. Que é que eu quero mais? Dean suspira, alegre.
Cindy pára, cansada e entra na água. Dean, vendo que ela tinha parado, entra na água e aproxima-se dela, beijando-lhe o pescoço, os lábios com paixão, aos quais ela corresponde com beijos quentes. Dean tira-lhe a lingerie e fazem amor ao som da música rock naquele bangaló em forma de Chevrolet Impala de 1967.

Na manhã seguinte, Cindy é a primeira a acordar, bem-disposta e dirige-se ao café do empreendimento para ir buscar o pequeno-almoço para todos.

Allison acorda num sítio desconhecido, num quarto desconhecido. Estava deitada numa cama de casal, mas não poderia imaginar quem se poderia ter deitado ao seu lado.
Allison olha para baixo: não tinha ligadura na perna e acima de tudo, não tinha dores. Mas algo a fez permanecer na cama, sem se levantar e pôs a mão na barriga: Allison estava grávida do que parecia ser de 5/6 meses. Levantou-se da cama e abriu a porta do armário para se ver ao espelho: Allison parecia radiante e mais bonita do que nunca: o seu cabelo estava mais comprido e mais bonito, os seus olhos pareciam estar mais verdes e mais brilhantes, o seu corpo adquirira mais formas e a sua pele estava mais suave: tudo características de uma mulher grávida e feliz.
Allison fechou a porta do armário e olhou em volta: fotos e mais fotos dela, com Sam no casamento; Sam lindíssimo no seu fato e Allison, radiante e sorridente e emocionou-se ao ver a foto ao lado: a irmã, com um bebé nos braços e Dean a beijá-la na face, enquanto Cindy olhava, derretida para o bebé.
Allison calçou os chinelos e o roupão que encontrou perto da cama. Não estava a perceber o que se estava a passar: tudo aquilo era sonho ou realidade?
Naquela enorme casa, Allison notou especialmente um gabinete, mesmo ao lado do quarto e abriu a porta: lá dentro havia livros e mais livros, todos sobre direito e legislação e na parede atrás dela, um diploma que Allison leu surpreendida: era o diploma de advocacia de Sam: Sam tinha-se resolvido a acabar o curso e aquela casa teria sido ele a comprá-la?
-Allie? - Sam estava à porta a sorrir para ela e aproximou-se dela, beijando-lhe a testa e depois os lábios, com as suas mãos nas costas dela. - Já reparei que gostas muito desta parte da casa.
- Adoro homens inteligentes! Allison dá uma risada brincalhona, enquanto Sam a pega ao colo e a leva para o quarto, deitando-a na cama.
Allison estava a adorar aquele novo Sam: mais liberto, mais calmo, mais romântico e irresistivelmente sedutor.
Sam levantou a camisa de dormir dela e Allison confirmou a sua gravidez, a sua barriga, à qual Sam não parava de tocar carinhosamente, pousando a sua cabeça na barriga dela, beijando-a diversas vezes, ao mesmo tempo que sorria para Allison.

Sam morto no chão, com um tiro dado por si próprio.
Sam, com os olhos pretos, e como novo líder do inferno.
Dean encontrava-se no cemitério de Lawrence, a chorar e a olhar para as campas da mãe, do irmão, e de Allison.
Sam tinha conseguido matar a Lilith, mas com o tempo Sam ficou diferente e tornou-se naquilo que Dean tanto temia.
Allison morreu porque não conseguiu ajudar Sam, caindo numa depressão que a levou à morte e Cindy tinha abandonado Dean, que estava a trabalhar num emprego de miséria e no qual Dean não se sentia realizado.
Tentava ligar para Cindy, mas ela não queria saber dele.
Dean estava completamente isolado no mundo.

Dean e Allison acordam em simultâneo, quase sem respiração.
Sam estava também na cama e alarmou-se quando a viu acordar com uma expressão estupefacta.
- Tás bem, Allie? Que se passa?
Allison olhava muito para ele: - Não sei, acho que tive um sonho muito bom.
- Então, isso é óptimo!
- Ya, pois é.
- Vá lá, levanta-te. A Cindy já foi buscar qualquer coisa para comermos.
Na cozinha, Allison olhava muitas vezes para Sam, com uma expressão diferente e Dean parecia mais calado do que o habitual, quase tristonho.
-Qeu se passa, Dean? Cindy perguntou-lhe.
- Nada Dean passava a mão pelo queixo, sinal que só fazia, Sam sabia, quando o irmão estava preocupado.
-Então, Dean, que te preocupa? Já te queres ir embora do Impala gigante?
- Nah! Não me parece! Ficamos mais uns dias! Que se vai fazer hoje?
- Damos uma volta por aí Allison deu um palpite.
- Yap! Vamos conhecer a cidade e ver os outros bangalós! Opinou Dean.
Vestiram-se todos num ápice e passado algum tempo estavam lá fora e começaram por ver que tipos de automóveis eram personificados nos outros bangalós até que foram almoçar num pequeno restaurante ali perto, onde só se viam mais duas pessoas, uma Sra. idosa, e um rapaz novo que comia um bolo e uma gelatina.
À tarde, visitaram a cidade e os seus pontos turísticos e completamente esgotados voltaram ao seu bangaló, onde quase imediatamente adormeceram.

Dean acordou nesta vez num sofá de uma sala espaçosa e muito bonita e mesmo à sua frente, num carro de bebé, encontrava-se o bebé mais lindo do mundo que ao vê-lo a acordar sorria para ele todo contente.
Cindy surgiu á porta, grávida de poucos meses, enquanto sorria para ele.
- Cindy! Dean correu para ela e abraçou-a ternamente.
Dean olhou depois em volta e só viu fotografias deles os dois, mas Dean procurava outras até que mesmo no centro as encontrou: Allison e Sam. Dean estava aliviado, sabia que tudo aquilo não passava de um sonho muito real, mas constatar que Allison e Sam estavam bem, encheu-o de esperanças e voltou-se para trás, sorrindo para a mulher

Allison estava numa casa velha com Sam, enquanto almoçavam em silêncio.
Sam estava com uma cara assustadora. Aliás, há dois meses, desde que Dean tinha morrido, que Sam raramente falava e assumia quase sempre a mesma expressão: estava mais frio, mais distante, mais seco e por vezes gritava para ela. Allison passou a ter medo dele e chorava muitas vezes sem ele saber.
Lilith estava viva; Sam parecia completamente obcecado em encontrá-la para a matar. A partir daí foi quando Sam começou a mudar.
Cindy estava viva; vivia sozinha numa casa a duas cidades dali e tinha voltado a trabalhar como professora de Yoga.
Allison ia muitas vezes visitá-la quando Sam não aparecia durante noites sem fio e Cindy convidou a irmã a morar com ela. Mais tarde, acabou por aceitar. Fez as malas e deixou Sam que nunca a procurou. Allison nunca mais soube notícias de Sam e a vida de ambos tomou rumos diferentes.

Dean e Allison acordam novamente sobressaltos desta vez, Allison muito enjoada e corre para a casa de banho para passar água pela face.
Sam não estava ali. Provavelmente tinha ido buscar o jornal para ler as noticias, como era seu costume.
Allison sentia-se tonta e para recuperar da fraqueza, sentou-se no chão frio da casa de banho, procurando acalmar-se.

Dean estava a dirigir-se á cozinha e viu Cindy a preparar o pequeno-almoço para todos.
Dean não sabia o que havia de pensar. Tinha sonhado no espaço de dois dias dois sonhos completamente diferentes e sinceramente não fazia ideia de onde vinha aquilo.
Entrou na cozinha e disse a Cindy:
- Temos que falar!

Estavam agora todos reunidos na pequena mesa da cozinha; Allison a ouvir muito pálida, Dean a contar que tinha tido um sonho e um pesadelo.
-Eram tão reais!
- Que achas que possa ser? Perguntou Cindy a Dean.
- Um poltergeist?
- Acho que é um velhaco! Disse Allison, com voz sumida.
- Hei, miúda, que tens? tás bem? Parece que viste um fantasma comenta Dean.
- Ya, dói-me a cabeça e eu também tive um sonho e um pesadelo como tu, Dean! - Allison suspira, tristonha.
-Allie? Sam põe a sua mão direita na mão esquerda dela. Do que consistiram os vossos sonhos? Perguntou Sam, olhando muito para eles.
- É como se estive a ver duas versões diferentes da minha vida: uma boa e a outra má começou Dean.
- Foi como eu disse Allison.
- Mas como foram os sonhos? Perguntou Cindy.
- Bem hããã sonhei que estávamos todos bem num, felizes; é o que mais ambicionamos, o que mais queremos que aconteça; e no outro, hããã Allison suspira, renitente em falar. No outro vemos os nossos piores medos concretizarem-se. Concluiu Allison.
Todos caem em silêncio. Sam e Cindy trocaram olhares entre si. Eles bem sabiam o que consistia os sonhos e pesadelos de Dean e Allison.
- Ok! Então, se for um velhaco, temos que começar a procurar. Matamo-lo e tudo fica bem, ok? Sossegou-os Cindy.
- Ya! Allison levanta-se e dirige-se para o quarto quando quiserem começar a procurar, call me.
Sam, pouco tempo depois, segue-a e encontra Allie na cama, de barriga para baixo e com a cabeça apoiada nos braços, parecendo estar a dormir.
Sam aproxima-se e senta-se na cama ao lado dela.
Allison vira a cara para o outro lado.
-Allie - Sam passa uma mão nas costas dela, como que confortando-a.
Allison senta-se na cama, cruzando as pernas uma na outra, de lado para Sam.
- Podes contar-me, Allie
- Não sei se vais gostar muito de ouvir
Sam aproxima-se dela por detrás e coloca-lhe uma mão no ombro, procurando tranquilizá-la e beija-o, colocando depois o seu queixo no mesmo ombro dela.
Allison começa a chorar e Sam, desta vez, abraça-a, rodeando-a pela cintura.
-Allie, o que quer que tenhas tido como pesadelo, isso não vai acontecer. Tu e o Dean são as pessoas mais importantes da minha vida; as que fazem surgir o meu lado bom; e o que quer que tenhas visto como pesadelo foi só um truque do velhaco eles jogam com a nossa mente. A gente mata-o e tudo fica bem. Eles gostam de se divertir à custa dos outros.
- Foi tudo tão real e tu estavas tão diferente e eu tive muito medo
Sam faz Allison virar-se de frente para ele, fazendo com que as suas testas se tocassem, ao mesmo tempo que ajudava Allison a estender as suas pernas por cima das dele, a ferida com cuidado, beijando-a depois nos lábios. Allison corresponde, cada vez mais apaixonada, ao mesmo tempo que Sam a puxa para si, com as mãos nas suas costas.

Enquanto Dean e Cindy preparavam os seus malões, com tudo o que era necessário, Cindy pergunta a Dean: - Como foi o teu sonho?
Dean pára o que está a fazer e ergue os seus olhos verde claros para ela. Segundos depois, dirige-se a ela, segura-lhe nas mãos e diz:
- Sonhei que estava contigo e que o Sam e a Allison estavam bem e que nós tínhamos bebés lindos só nossos.
Cindy abraça Dean e depois diz-lhe ao ouvido: - Isso vai acontecer, Dean não te preocupes.
- Cindy, este é o meu último ano
- Chiu! Cindy põe um dedo seu nos lábios dele e diz: - Tudo na vida tem solução e nós vamos arranjar uma todos nós.

- Vocês não repararam num jovem que estava neste mesmo restaurante ontem? Pergunta Dean.
- Não responderam Sam e Cindy.
- Sim, reparei e também vi o que ele estava a comer. Mas não liguei as coisas, na altura respondeu Allison.
- O que era? Pergunta a irmã.
- Só sobremesa: um bolo e uma gelatina.
- We got him! Exclamou Dean, triunfante.
O mesmo rapaz entrava no restaurante, e dirigiu-se ao balcão, pedindo desta vez, um pudim e dois sundaes.
- É ele. Só pode ser ele? Disse Allison.
Todos trocaram olhares entre si.
Quando ele se levantou, todos os quatro o seguiram de perto e viram-no a dirigir-se a um carro.
Allison ia-se atirando a ele, mas Dean e Sam antecipam-se e pegam nele pelos colarinhos.
- Hei, que estão a fazer?
Dean e Sam estavam com uma expressão assustadora e Dean acabou por dizer:
- Ya, right! Faça-se de desentendido, seu filha da mãe!
- Como eu detesto velhacos, pá! E Sam tira uma estaca de madeira do bolso do seu casaco e mostra-a ao velhaco.
- Que ideia é essa de andar a pôr minhoquinhas na cabeça deles? Pergunta Cindy ao velhaco, apontando para Dean e Allison.
- Ora ora, eu só lhes mostrei duas versões da vida deles e tudo tem a ver com as suas escolhas e acções.
De repente, e à frente deles, o velhaco transforma-se numa réplica igual ao Dean. Dean grunhe de raiva e Cindy grita. Segundos depois, o velhaco transforma-se no Sam e começa a rir-se às gargalhadas e depois diz, ainda como Sam: - Que estão à espera? Matem-me!
Sam, com uma expressão de puro ódio, mata o velhaco, que antes disso, torna a assumir a cara de Dean e é como Dean que cai no chão.
Cindy e Sam olham durante muito tempo para o corpo do velhaco Dean morto no chão, Cindy com lágrimas nos olhos e Sam com uma expressão surpresa.
Sam é o primeiro a ir embora, seguido de Allison, Cindy e Dean, que lhe coloca uma mão nas costas, confortando-a, afastando-se dali, com Cindy ainda a olhar para trás, até ver o corpo no chão assumir de novo o corpo do rapaz.



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Awesome smile, curti totil akilo do quarto "á la" impala, muito bem detalhado biggrin Parabens e depois a Allison a acordar e pregnant shocked.gif nao estava á espera dexa eheheh Mudou de cena e cenario varias vezes e rapido e depois foi a vez dos outros XD vida boa e vida má... muito bom exas comparaçoes dos sonhos/pesadelos a acontecerem clap.gif Depois o climax do episodio XD a acção matrixfight.gif hmm talvez devexe acontecer por mais um pouco acaba tudo e resolvem o caso muito rapido, tipo ja focaste e bem e bastante a relaçao deles os 4 agora devia de ter mais acçao e a historia em si andar pa frente o caso da Lilith e do Dean so ter 1 ano de vida e os powers do Sam essas cenas... Apesar que fazes sempre referencias a isso e gostei do final por isso mesmo, o Sam a matar o velhaco com a forma do Dean isso remete a outras cenas e tal e fica sempre aquele pensamento no ar "hmm sera que ele era capaz de matar o irmao?" weirdface.gif e pronto é isto biggrin mas foi um excelente episodio mais uma vez congrats w00t.gifgiggle.gif

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obrigada, fabio pelo simpatico comentario. como sempre. mas esta minha fic tem duas temporadas. claro que vou referindo alguns episodios com a lilith e tudo isso, mas ate la, espero que gostes dos meus episodios, pequenos casos so para o pessoal se divertir a leraww

ja a seguir posto o 15. espero que gostes

:D

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Episódio 15


Nashville, Tennessee, Bar Mirabel

Uma rapariga jovem, extremamente bonita, entra no bar Mirabel e dirige-se ao balcão.
Um rapaz muito alto estava sentado na companhia de outro rapaz mais baixo, louro e a jovem desvia o seu olhar para eles.
Quando os dois rapazes se levantam, uma criança aparece do nada e está de pé a olhar para eles a dois passos de distância, esboçando um sorriso maldoso, estendendo a mão e revelando uns olhos totalmente brancos.
Antes que os dois rapazes e alguém do bar pudessem fazer alguma coisa, uma luz muito forte faz-se sentir e nada mais se ouve no bar Mirabel.

O som de um telemóvel a tocar fez-se ouvir mesmo perto dos ouvidos de Sam, que muito pouco a pouco acorda enquanto o som se ouve por tempo indeterminado.
-Sim? Sam atende com voz ensonada.
-Sam? É o Bobby!
Sam acorda definitivamente, enquanto Allison, que dormia com a cabeça no seu peito, começava também agora a acordar e se mexia ensonada.
- Bobby? Que se passa?
- Onde estão vocês?
- Em Tennesse..
- Bolas, pá! Saiam daí o mais depressa que puderem.
- Porquê? Que se passa, Bobby? - Sam senta-se agora na cama, inclinado, com a mão direita sobre a cama, enquanto que com a esquerda, segurava o telemóvel.
O tom preocupado de Sam acorda também Allison sentando-se na cama, olhando para Sam, já totalmente desperta.
- Abram a televisão.
Allison, ouvindo tudo, porque Sam tinha posto em alta voz, abre a pequena TV do hotel.
Em Nashville, uma tragédia ocorreu no bar, causada por uma explosão de origens ainda por depurar, causando a morte de 10 pessoas.
- Bobby?
-Sam, é a Lilith Allison olhava agora para Sam, muito assustada. Ela está aí mesmo ao pé de vocês. Que pretendes fazer?
Sam demora a responder: - Matá-la?
Allison olhava agora para a TV, fingindo ver as notícias.
-Sam, olha, fala com o Dean eu vou aí ter com vocês Não façam nada, ok? E Bobby desliga do outro lado.
Allison desliga também a TV e levanta-se, dizendo: - Vou acordar a minha irmã e Dean.
-Allie, wait!
Allison parecia estar a tremer e para Sam não notar isso, pôs as mãos atrás das costas, mas antes que Sam dissesse alguma coisa, Allison diz-lhe:
- Não podemos andar sempre a fugir. Mais cedo ou mais tarde, tens que a enfrentar para salvar Dean Allison suspira, ficando os seus lábios num gesto nervoso.
Allison e Sam abraçam-se, ela com o seu coração a bater muito junto ao dele.

- Ela esteve a 35 km daqui Bobby apontava-lhes para uma zona especifica de Tennesse. É lá que ela está.
Sam passava com um pano na colt, parecendo querer dar-lhe mais brilho.
-Ok! Vamos!
Cindy e Allison iam a segui-los, mas Dean vira-se para elas e diz:
- Vocês não vão connosco!
- O quê? Dean, nós podemos ajudar! Cindy dizia: - Por favor!
- Nós também somos caçadoras.
- Nós é que não viveríamos connosco próprios se vos acontecesse alguma coisa de mal apoiou Sam o irmão.
- E nós, como vamos ficar se vocês morrerem ou se vos acontecer alguma coisa? disse-lhes Cindy.
-Cindy, ponto final na conversa. Vocês ficam aqui Dean pega no malão e ia a sair, mas voltou-se para Cindy e beijou-a nos lábios: - Eu te adoro é melhor assim!
Dean dá um beijo na face a Allison e ele e Bobby saem do quarto de Hotel. Sam despede-se de Cindy com um abraço e de Allison com um beijo nos lábios e um abraço apertado, fechando depois a porta atrás de si.

Cindy tinha conseguido pôr Allison a dormir, depois de lhe ter dado, sem ela saber, um calmante.
Cindy fazia-se de forte à frente da irmã e ela própria precisava de um calmante, mas decidiu ficar em silêncio com o seu portátil, investigando possíveis casos que elas pudessem verificar enquanto Bobby, Sam e Dean se aventuravam à procura da Lilith.
Estavam num hotel, situado numa zona muito sossegada, por isso, naquela altura, às 23h:00 não se ouvia vivalma lá fora.
Quando chegou a meia-noite, Cindy já dormia, tendo como única companhia a irmã, adormecida na cama ao lado, e uma criança que estava lá fora a vigiar a janela, mesmo à entrada do hotel.

Tudo se passou em segundos. Quando deram por si, estavam a 100 passos de distância, com as malas e o portátil na mão, conduzidas por Ruby, que as levou até um carro estacionado ali perto.
À espera, no carro, estavam Ellen e Jo, que as ajudaram a pôr tudo no porta-bagagens, entrando imediatamente nos assentos traseiros e com Ellen a conduzir, partiram de imediato.
Ao mesmo tempo que se ouvia uma explosão ali perto, o carro de Ellen com quatro pessoas lá dentro, partia a toda a velocidade, enquanto Ruby continuava na estrada a vê-las desaparecer e segundos mais tarde, se dirigia em direcção aos destroços do hotel.

Bobby, Dean e Sam não estavam na melhor das condições: os três de costas com costas, estavam rodeados por 30 demónios, enquanto Sam lhes apontava a colt, estando os três no interior de uma armadilha do diabo, desenhada no chão por Bobby.
Estavam assim apenas à meros segundos, quando ao entrarem na cidade de Nashville, perto do local onde se encontravam os destroços do bar Mirabel, foram rodeados por 30 demónios que apenas os fitavam e cercavam cada vez mais.
Sam, com uma expressão de pura concentração, começou por falar em latim, sabendo a recitação de cor, até que todos os demónios expeliram o típico fumo negro, caindo inconscientes no chão, pouco depois.
-Vamos embora daqui, antes que apareceram mais.
Bobby, Dean e Sam enfiaram-se nos seus carros, e partiram dali o mais depressa possível.
Sam estava no assento ao lado do condutor a tentar telefonar para Allison e Cindy, mas só lhe dava estática de volta.
-Dean, vamos ter com elasAlguma coisa está mal Sam olhava com os olhos muito abertos para Dean, que arranca a toda a velocidade em direcção ao hotel.

Ninguém lá estava quando ela chegou. Ela sabia que estavam lá as queridinhas deles e sabia também quem as podia ter avisado. Lilith já estava farta de Ruby; Algo lhe dizia que tinha de fazer alguma coisa em relação a isso.
Lilith caminhava por entre os destroços do hotel, esperando o tempo que fosse preciso até ter aquilo que queria.

Tudo estava mergulhado num silêncio mórbido quando eles chegaram ao hotel.
Tinham estacionado o Impala a alguma distância para não ser ouvido qualquer barulho deles a aproximarem-se.
O hotel estava irreconhecível, o andar de cima era o que estava pior, praticamente sem paredes, as janelas com os vidros estilhaçados no chão cá em baixo.
Sam e Dean estavam em pânico. Aquilo não podia estar a acontecer: tinham-nas deixado no hotel por pensaram que estavam em segurança e agora
Dean estava apático, expressão que muitas pessoas assumiam quando ainda não conseguiam chorar, ou como se ainda estivessem a assimilar tudo aquilo, como se ainda não tivessem percebido o que tinha acabado de acontecer.
Sam estava irreconhecível, com a colt na mão, ao mesmo tempo que assumia uma expressão que Dean já uma vez lhe vira quando matou Jake, um dos miúdos escolhidos pelo YED, de uma forma muito fria, num cemitério em Wyoming.
Bobby estava com a boca aberta e os olhos muito abertos.
Por momentos, estacaram os três à frente do hotel, sem se mexer.
O silêncio persistia, mas Sam foi o primeiro a avançar, decidido, e ainda com aquela mesma expressão fria.
Dean seguiu-o, seguido também atrás, por Bobby.
O quarto onde elas tinham estado era o pior: nada tinha sobrevivido. Sam, Dean e Bobby não viam qualquer sinal de qualquer objecto que lhes pertencesse. Tudo estava limpo.
Atrás deles, no entanto, ouviu-se um barulho: Lilith estava mesmo ali à frente deles. Sam ia atirar nela, mas antes que o pudesse fazer, a colt é-lhe tirada e vai parar às mãos da criatura.
Sam estava agora sem colt e Lilith atirou com Dean e Bobby que caíram com toda a força lá em baixo.
Sam e Lilith estavam frente a frente um para o outro, ela com os olhos brancos a fitarem-no e Sam com uma expressão de puro ódio.
Quando Lilith ia levantar a mão, no entanto, sente a colt ser-lhe tirada e vê Sam novamente com a colt nas suas mãos, que lhe apontava agora a arma.
Numa fracção de segundos, Lilith desvia-se para o lado, sentindo uma dor de raspão na pele do seu pescoço, cai lá para baixo e desaparece.
Um barulho de passos atrás de si. Sam volta-se para trás, com a colt apontada. Ruby olhava-a, com muita atenção.
-Afinal estás mais preparado do que eu pensava. Nice move! E apontou para a colt, que Sam baixava agora, vendo que não era novamente Lilith.
-Mas eu não a matei!
- But for the next time, you will. Anyway, algo me diz que tudo o que precisas é motivação. Não te imaginaste ficar sem Dean e agora julgaste que tinhas perdido Allison.
- Julguei?
Sam olha muito atento para Ruby,
- Digamos que soube antecipar-me elas estão bem estão com a Ellen e a Jo.
Nesse momento, entram Dean e Bobby de rompante por ali adentro.
Dean parecia em pânico, mas ao ver Sam e Ruby, corre para o irmão e abraça-o, emocionado.
Depois de o soltar, olha muito atentamente para ele, parecendo analisá-lo.
Sam guarda a colt no bolso do casaco e Ruby fornece-lhes as indicações onde iam encontrar as raparigas, juntamente com Ellen e Jo.
O percurso até à casa abandonada, onde Ruby disse que podia encontrá-las, foi feito em silêncio, até que Dean o quebrou o que parecia ter sido horas depois.
- O que se passou exactamente, Sammy? Dean olhava muito, de soslaio, para o irmão.
- Nada de mais. Não a consegui matar, thats all!
- Mas eu vi ela a tirar-te a colt das mãos. Como é que não morreste? Sam? Dean tornou a insistir, vendo que o irmão não respondia.
- Consegui tê-la de volta ok?
- How?
Sam encolhe os ombros e vira a cara para o outro lado.
Dean continuava a olhar para o irmão e parecendo que ia novamente a falar, acabou por não dizer mais nada.

Estavam agora os sete numa casa abandonada, com mapas na mão, uns sentados, outros em pé a rodear a mesa.
- A Lilith tem estado a atacar mais na zona Este e Sul dos Estados Unidos? Pergunta Cindy, de mão dada a Dean, debaixo da mesa.
- E na zona sul de Vancouver acrescentou Bobby.
- Para onde terá ela ido agora? Pergunta Jo.
- O que é certo é que, por onde quer que ouçamos vestígios de explosões ou mortes em grande massa, é porque Lilth está lá disse Ellen.
-So, para a próxima vamos todos e montamos-lhe uma armadilha, certo? Pergunta Jo.
- Só uma pessoa precisa de enfrentar a Lilith Sam sentiu um aperto no seu braço esquerdo por parte de Allison, que lhe rodeava o braço com ambas as mãos e com o queixo apoiado no seu ombro e nós, com a ajuda de Ruby, só temos que distrair os demónios que a acompanham e afastá-los dela para então a pessoa com a colt, poder matá-la continuou Bobby.
Todos em silêncio, imaginaram mentalmente a chegada desse dia, que na perspectiva de todos, mais parecia uma missão suicida.
No entanto, até lá, podia ser uma questão de dias, semanas ou meses.
- Ok! Então agora vamos dar mas é o fora daqui e para bem longe. Sempre sonhei conhecer a Europa diz Allison, com um olhar sonhador e uma mão no queixo.
Todos se riem, menos Dean, que faz uma expressão amedrontada, e Sam pouco depois, dirigindo-se a Bobby, Jo e Ellen, pergunta:
- E vocês?
- Quando houver sinal de alguma coisa que nos chame a atenção, telefonamos para vocês disse Bobby para todos.
Dean, Sam, Cindy e Allison trocaram telefones com Jo e Ellen e despediram-se, os quatro no Impala, Jo e Ellen na sua carrinha e Bobby com os mapas atrás, no seu carro.


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Ahhh tens 2 temporadas fixe então. Assim tens mais tempo e tal para desenvolver a história biggrin

Este episódio gostei muito. Lots of action! Andou a um ritmo frenético sem dar tempo para pensar sempre a acontecer cenas com todos eles (tantas personagens neste. Cool) Mais uma vez, muito bom os detalhes, não deixas escapar nada XD keep Up aww

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Episodio 16

Dean, Sam, Cindy e Allison tinham acabado de descer do avião, Dean, para espanto das irmãs estava nervoso e com uma expressão muito séria.
As irmãs não percebiam nada e trocavam olhares entre si, ao mesmo tempo que Sam esboçava um leve sorriso.
Tinham combinado ir conhecer a Europa e Cindy, com um mapa na mão, e de olhos fechados, fez incidir o dedo num país europeu que iam agora visitar: Roménia.
Allison, Cindy e Sam ficaram logo entusiasmados: era um país onde os preços eram acessíveis e um país conhecido pela sua beleza e pelos seus bonitos pastos verdes. Era como se estivessem em férias em plena natureza.
Para não falar que o país tinha uma certa fama, ou melhor, muita fama pela tão conhecida história do Drácula, Vlad Tapes, os Cárpatos e a Transilvânia.
Por isso, num ambiente de pura descontracção, Dean agora mais calmo, dirigiram-se a uma pequena pousada na cidade de Bucareste, onde avistavam pela janela e muito ao longe os Alpes da Transilvânia, nos Cárpatos Meridionais.
A pousada tinha uma decoração muito simples, mas confortável e quando deixaram as coisas nos respectivos quartos, partiram à procura de alguma coisa para comer.

Um comboio levava-os agora a percorrer os Cárpatos Meridionais e eles iam contemplando tudo o que os rodeava.
No entanto, quem parecia estar a entusiasmar-se mais com tudo aquilo, era Dean e Allison, que olhavam embasbacados para tudo pela janela do comboio.
Sam e Cindy riam-se muito com as atitudes deles porque pareciam crianças e estavam constantemente a apontar para tudo e a dar comentários muito altos.
Os cabelos rebeldes de Allison pareciam vibrar com a energia dela, e os passageiros romenos só olhavam para eles, a maior parte com um sorriso nos lábios porque afinal de contas estavam a elogiar o seu próprio país onde eles viviam e adoravam.
-Olhem, lobos! Tão lindos! Ainda por cima todos branquinhos, tal como eu gosto apontou Allison para um pasto, que passava agora pela janela, onde se via um conjunto de 10 lobos, uns deitados, outros a correr e outros que pareciam atentos para o comboio que passava.
- Oh! Allison suspirou de admiração.
- São bonitos são, mas se te vissem e estivessem com fome ai ai, aí é que tu vias se eram bonitos ou não troçou Dean.
- Oh! Duh! Eu sei, mas eu só estou a comentar a beleza deles. Fascinam-me, só isso! Allison deita a língua de fora a Dean.
Sam ri-se muito e Cindy só abana a cabeça, bem-disposta.
- Pode ser que haja lobos lá nos Cárpatos e lhes possa fazer festas - ia começar Allison.
- Tás parva, mana?! Ficas mas é sem um naco, é o que é.
Dean dá uma gargalhada e aponta com um dedo para a sua própria testa.
- Sou doida, pois sou! Mas eu gosto de mim assim Allison vira a cara outra vez para a janela onde se viam agora outras e das mais variadas espécies de animais.
-Eh! Eh! Algo me diz que eu por mim, vivia sempre aqui suspira Allison.
- Vocês são estrangeiros? Aproximou-se uma mulher, que pela farda, só podia ser a revisora.
Era uma mulher surpreendemente bonita para uma romena, com os cabelos ondulados muito compridos e com uns olhos castanhos muito melosos. Tinha uns lábios sedutores e um sorriso cativante.
Dean, como não podia deixar de ser, não conseguia desfitar os seus olhos dos dela e Cindy já se sentia ligeiramente incomodada com isso.
O próprio Sam também parecia impressionado com a revisora e Allison olhava para ela com desconfiança.
- Sim hããã somos você é romena? Perguntou Dean adiantando-se.
-Sim, sou. Nasci cá e por mim nunca vou sair daqui.
Dean sorria para ela, que parecia estar satisfeita com a reacção que estava a provocar nos rapazes.
Allison, parecendo furiosa, disse num tom brusco: - Você é a revisora, não é? Então quer ver os nossos bilhetes? E Allison mostrou logo o dela.
Cindy mostrou também o seu e Sam e Dean, com gestos muito lentos, acabaram por mostrar o deles.
A revisora, sempre a sorrir para eles, picou-lhes o bilhete e afastou-se muito lentamente, olhando sempre para trás até se ver a porta que permitia a passagem para a outra carruagem se fechar completamente atrás de si.
- Mas que raio se passou aqui? Perguntou Cindy, olhando muito fixamente para Dean e Allison, sem nada dizer, para Sam.
- O que se passou o quê? Nada! Dean fazia uma expressão surpreendida.
- Dean Winchester, ela estava a fazer-te a ti na descarada e tu
-Que queres? Temos que falar com alguém, certo? Fazer amigas romenas
- Ya, right! A ver se eu também faço amigos romenos Cindy finaliza, fazendo Dean calar-se.
Entretanto, tinham chegado ao destino e todos saíram cá para fora, Dean e Cindy trocando olhares suspeitos entre si.
O guia estava lá fora e desta vez, foi a vez das raparigas ficarem interessadas nele: moreno, alto, musculoso, com olhos cor de mel, tão bonitos, que pareceram esquecer tudo.
No entanto, com a beleza que os rodeavam, rapidamente esqueceram a revisora e o guia e deixaram-se levar pela sua voz, que datava factos históricos da zona, incluindo a zona de Transilvânia, mais a norte, que era onde eles iam a seguir.
Desta vez, várias carruagens puxadas por cavalos estavam por ali dispostas à espera de novos passageiros.
Ao entrarem numa carruagem, os quatro começaram a viagem até Transilvânia.
As carruagens percorriam estradas muito estreitas em montes muito altos e por momentos ninguém se atreveu a falar. Mas foi por pouco tempo. As estradas começaram a alargar e todos dentro da carruagem suspiraram de alívio e puderam novamente desfrutar da paisagem que os rodeava.
Dean, então suava por todos os lados e Sam continuava a esboçar aquele sorrisinho trocista.
As irmãs trocaram olhares mas nada diziam.
Chegaram finalmente a uma grande estalagem em pedra. Era ali que iriam ficar durante a noite. Viam-se agora a chegar muitas famílias e mais três casais e foram todos conduzidos a uma grande mesa familiar.
Eram diferentes estes costumes na Roménia: era um ambiente alegre, agradável e todos os quatro se sentiam muito bem como já há muito não se sentiam.
Com uma fome de lobo, devoraram diversos tipos de pratos misturados com bebidas características da região.
A própria estalagem dispunha de uma biblioteca com diversos livros.
A estalagem tinha cerca de 20 quartos e só dois é que ficaram por ocupar, pertencentes a duas cozinheiras e o outro diziam elas - ao guia e à sua mulher.
Quando subiram aos quartos, Sam e Allison num e Dean e Cindy noutro, mesmo um ao lado do outro, ficaram admirados com a decoração: o interior tinha chão em madeira e a cama de casal era muito alta, com um típico cortinado que rodeava a cama. Tudo ali parecia antigo, até os cadeirões lhes faziam recordar a altura dos reis e rainhas e nas paredes a caminho dos quartos, cozinha e biblioteca só se avistavam grandes retratos de pessoas históricas da Roménia.
A própria biblioteca era composta por cadeirões de estofo vermelho e os cortinados eram de um veludo muito caro, geralmente da mesma cor dos estofos das cadeiras.
-Dean, porque é que no inicio estavas renitente em vir para aqui? Cindy tinha vindo da casa de banho e tirava agora os brincos, descalçando ao mesmo tempo as botas enquanto se aproximava na cama de Dean que parecia cansadíssimo.
- Eh! Sei lá Dean abanava os ombros, continuando de olhos fechados.
-Dean!
- Yap!
- Tens medo de voar?
Dean abre os olhos e olha para Cindy, dizendo depois: - Medo de voar? Eu? Dean parecia ofendido. Eu não tenho medo de nada, ora.
- Deann! Cindy sorria, trocista para Dean, que tinha fechado novamente os olhos, parecendo querer dormir.
Cindy aproximava-se cada vez mais de Dean e passava agora ambas as suas mãos no peito dele, dando-lhe depois um beijo na face, pousando de seguida, a cabeça no ombro dele.
- Vá lá, Dean! Há muita boa gente com medo de voar! É perfeitamente normal. Mas tendo esse medo, porque consentiste em vir connosco para uma viagem tão longa de avião?
- Vim toda a viagem a dormir. Foi o Sammy que me pôs qualquer coisa na bebida. Caso contrário, não ia aguentar a viagem Dean bufa, indignado e ao mesmo tempo brincalhão.
Cindy dá uma risada. Não te preocupes, meu James Dean. O teu segredo fica seguro comigo.
-Além disso, precisamos de nos afastar por uns tempos dos States. Com a Lilith sempre atrás do nosso rabiosque, não é uma coisa lá muito agradável de se ver e além disso, ainda não estamos todos devidamente preparados precisamos de mais tempo.
Dean passava agora a sua mão direita pelo ombro dela, encostando a sua face à cabeça de Cindy, que adormeceu pouco depois com o peito de Dean como almofada.

Enquanto Sam tomava um duche, Allison contemplava pela janela, a noite na Transilvânia.
Lá fora não se via vivalma, mas a uma certa altura, Allison foi sendo capaz de distinguir a alguma distância, vários pontos brilhantes. No inicio, não soube reconhecer o que eram, mas depois aproximavam-se cada vez mais e ela soube identificá-los: cerca de 7 lobos muito brancos aproximavam-se da estalagem e a certa altura pararam, rondando a entrada.
Allison sentiu uma leve brisa no seu ouvido e voltou-se para trás, parecendo assustada.
No entanto, quando viu que era Sam, sorriu mais descansada. Sam estava apenas com uma toalha a rodeá-lo.
-Sam, tu sabes como é que eu fico quando te vejo assim, não sabes?
Sam beijava-lhe agora o pescoço: - Sim, eu sei.
-Andas a ficar muito saídinho da casca, ou é impressão minha?
-És tu que me ensinas!
Allison ia a responder-lhe, mas Sam não a deixa, beijando-lhe os lábios.
Allison não consegue resistir e naquela cama, naquele quarto, naquele lugar histórico, fizeram amor, olhando nos olhos um do outro, outras vezes fechando-os, desfrutando o momento.
Sam colou a sua testa à de Allison, fixando-lhe ternamente os olhos e beija-a ainda mais enquanto uma onda de calor os unia e Sam depois lhe diz com um sorriso:
- Obrigada por teres aparecido na minha vida. Adoro-te, minha lourinha.
E adormeceram, Sam com o seu peito nas costas dela e com os seus braços e pernas entrelaçados aos de Allison.

De manhã, na mesa do pequeno-almoço, constatam que a mulher do guia era nada mais nada menos que a revisora do comboio. Mas que casal! Por momentos, todos pensaram se eles tinham filhos; deviam ser lindos.
Mas o que os surpreendeu ainda mais foi o facto de todos os outros estarem também a olhar, não só para o guia e a revisora, mas também para eles os quatro e para um dos outros três casais.
Até que uma mulher dos seus 50 anos, que parecia saber falar inglês lhes perguntou aos 8: - Desculpem, vocês são todos do mundo do cinema? Actores, modelos?
Foi o guia que acabou por responder: - Não, por acaso não sou! Mas já me disseram muitas vezes que teria muito sucesso nesse mundo e dá uma gargalhada.
A revisora de nome Minerva Murray, dá outra gargalhada, parecendo sarcástica e Dean comentou depois:
- Pois é, eu e o meu bro somos muitas vezes abordados na rua, para participar em alguma coisa, não é Sammy? Eh! Eh! E aqui o meu bro, gostam de deixar sempre a sua foto durante meses na loja onde ele vai tirar fotografias, não é Sammy? Eh! Eh!
Sam mostrava agora aquele típico sorriso dele que Allison gostava tanto e baixou a cabeça, parecendo embaraçado.
-Então, há quanto tempo se conhecem? Perguntou Minerva.
-Há poucos meses. Mas gostava que tivesse sido há mais tempo Dean olha para Cindy com uma piscadela de olho e vocês?
-Bem, eu nasci na Moldávia, mas os meus pais, com as condições do país, foram tentando a sorte, partindo para a zona Oeste da Europa, até que fui trabalhar para Piatra, nos Cárpatos Orientais, que é onde eu moro e recebi a proposta de ir trabalhar como guia. Sempre fui muito bom a comunicar e a inglês, na escola, e especializei-me em guia na universidade de Bucareste e voilá, conheci a minha Minerva no mesmo curso e agora trabalhamos juntos.
- É isso mesmo, Will e Minerva deu-lhe um beijo na face.
Uma das cozinheiras, no entanto, chega ao pé de William e Minerva, parecendo agitada e aponta para 5 lugares vazios á mesa.
- Que se passa, Maria? Pergunta-lhe William em romeno.
A mulher gesticulava muito nervosa, branca como a cal da parede; Dean, Sam, Allison, Cindy e mais algumas pessoas daquela mesa pareciam estar tão à nora como eles.
No entanto, as restantes, ouvindo a voz cada vez mais alta de Maria, pareciam apavoradas e outras trocavam olhares desconfiados entre si.
Minerva foi com a cozinheira acalmá-la para a cozinha, enquanto William lhes explicava o que ela tinha dito.
-Bem, pelo que ela disse, foi ao quarto dessas 5 pessoas que, pelos vistos, vieram sozinhas, e deparou com as janelas todas abertas, e umas gotas de sangue, muito poucas, espalhadas pelo chão e pela cama.
Allison assumiu uma expressão apreensiva e lembrou-se dos lobos que tinha avistado lá fora na noite anterior.
Minerva, entretanto, chegava agora e aproximou-se das outras pessoas, acalmando-as, dizendo em romeno que tudo ia ficar bem e que iam procurar as 5 pessoas desaparecidas.
-Nós podemos ir com vocês ofereceu-se Dean.
- Sim, e eu já fui enfermeira mentiu Cindy.
-Hãããsimok! Aceitou Wiiliam.
Enquanto Minerva conduzia as restantes pessoas para uma sala de convívio longa e espaçosa, os quatro mais William, saíram cá para fora e começaram a procurar à volta da estalagem, no jardim, nos passeios e mesmo perto do portão.
Quando chegaram perto das carruagens, estacaram todos chocados: os cavalos tinham desaparecido. Mas no chão não se avistavam quaisquer gotas de sangue e os lugares por onde eles estavam presos pareciam ter sido arrancados à patada pelos próprios cavalos, uma vez que as próprias carruagens se encontravam amolgadas em vários sítios.
Os quatro trocaram olhares assustados entre si:
- Parece que os cavalos fugiram ou é só impressão minha? Comentou Cindy.
-Hããã William parecia tão surpreendido quanto eles.
- Vamos voltar para trás. Queremos ver os quartos dos hóspedes desaparecidos, se não se importar pediu Dean.
-Sim, claro! William conduziu-os aos quartos onde num deles foram encontrar Minerva a arrumá-lo.
-Minerva, que estás a fazer? Perguntou-lhe William.
-Hããã eles foram-se embora, Will. Deves ter reparado que os cavalos se foram também. Eles devem ter levado os cavalos com eles e partiram. Só isso! Por isso, estou a arrumar os quartos
-Então e o sangue? Perguntou Sam.
-Alguma ferida. Não se preocupem. Eu já telefonei para Sibiu, uma das cidades mais próximas daqui e eles trazem mais cavalos já amanhã. Tentem descontrair-se, ok? Aproveitem a estadia. Na sala de convívio, há TV, há jogos, até temos Internet e existe a Biblioteca e sem mais demoras, Minerva sai daquele quarto seguida de William que fecha a porta do quarto à chave, seguindo-a.
Os quatro sem falarem e como se lessem os pensamentos uns dos outros, dirigem-se ao quarto de Dean e Cindy e começam a trocar impressões.
- Bem! Parece que afinal de contas a lenda do Vlad Tapes ainda continua viva por aqui comenta Dean, incrédulo.
-Não me parece, Dean. Não me parece que seja o Vlad Tapes. I mean, a probabilidade de o encontrarmos aqui é igual à probabilidade de amanhã este lugar atingir os 50 graus. E supostamente ele morreu. Mas sempre irão existir vampiros aqui desde a sua altura concluiu Sam.
-Descendentes? Pergunta Cindy, espantada.
-Probably continuou Sam.
- Há uma coisa que tenho para contar disse-lhes Allison Hããã Allison coçava a cabeça.
- Que foi? Pergunta-lhe Sam.
-Bem, eu ontem à noite, pela janela do nosso quarto, vi lobos e tinham os olhos muito brilhantes e começaram a rondar a entrada da estalagem.
-Eh, pá, não acredito. Crap! Comentou Dean.
- Pois, estamos a lidar com um tipo de vampiros diferente comentou Sam.
-Quer dizer que estes têm o dom de se transformar em lobos? Pergunta Cindy.
- Não, pior! Os lobos são comandados pelos vampiros disse Sam.
-Bem, tal e qual como no Drácula de Bram Stockers. Parece que estamos a viver a lenda. Uau! Comentou Allison. Mas será que estes vampiros não são derrubados com sangue de homem morto?
- E de continente para continente os vampiros são todos diferentes? Desculpem-me, meninos, mas isto para aqui é tudo muito Spooky comentou Cindy.
-Eu acho que é alguém daqui! Diz Sam.
-De Transilvânia? - Perguntou Allison.
-Não. Da estalagem.
Todos trocam olhares entre si: - Ok! Parece que hoje vai ser uma noite longa disse Dean, desgostoso.

Depois do jantar, os outros hóspedes dirigem-se cada um para o seu quarto. Mas Dean, Sam, Allison e Cindy, todos no mesmo quarto, mantêm a porta entreaberta, com o quarto às escuras para poder ver o que se passava lá fora.
Allison apontava agora lá para fora e viram os mesmos 7 lobos a rondar a porta da estalagem.
No entanto, nessa noite nada aconteceu e foi com umas grandes olheiras que se dirigiram para a mesa do pequeno almoço na manhã seguinte.
Mas mal entraram, depararam com um turbilhão de vozes apavoradas. Mais 5 pessoas pareciam ter desaparecido durante a noite.
-Crap! Exclama Dean, furioso. Como foi que eles conseguiram?
Agora só estavam eles os quatro, os três casais, William, Minerva, a tal Sra. idosa com o seu marido e duas crianças pequenas, que só podiam ser os netos e um pai com os seus dois filhos adolescentes. Todos eles olhavam entre si, completamente apavorados.
-Algo me diz que esta noite vai ser na biblioteca, na sala de convívio e no corredor diz-lhes Dean e os outros três acenam afirmativamente com a cabeça.
Sam, de repente, nota uma pequena gota escura no colarinho da camisa branca de Minerva e quando ela lhe passa de perto, Sam, consegue ver nitidamente uma gota se sangue.
Olha para os outros três para ver se também eles tinham notado alguma coisa, e vê Cindy a acenar-lhe levemente com a cabeça, num gesto afirmativo.
Já tinham descoberto quem eram os vampiros e como era evidente, as carruagens com novos cavalos não viriam buscá-los enquanto o problema não tivesse resolvido.

Naquela noite, estavam todos entre o corredor e a entrada da biblioteca. Eram 00:00 certinhas. O relógio enorme tocava agora as badaladas e tiveram que ouvir aquele som irritante até ao fim ficando todos surdos por breves momentos.
Logo a seguir, ouvem outro barulho completamente diferente. Passos muito leves, como se a pessoa estivesse a usar chinelos aproximavam-se mesmo do sítio onde eles estavam. Mas depois parou. Eles seguiram lentamente até à origem do som: desta vez parecia vir por detrás da estante dos livros.
Dean e Sam começaram a analisar as prateleiras até que William e Minerva lhes surgem à entrada da biblioteca, fechando a porta calmamente atrás de si e os quatro são atirados contra a parede dura da biblioteca e com uma dor súbita pelo corpo todo, caem todos sem sentidos naquele chão frio e duro.
Acordam quase todos ao mesmo tempo. De inicio, não conseguem ver onde estão, até que se apercebem que estão deitados numa laje pertencente a uma cripta, com as mãos e os pés atados. Olham uns para os outros, Cindy na laje ao lado da de Dean e Sam ao lado de Allison. Mas eles não são os únicos que ali se encontram. Ao lado da laje de Sam, estava o outro casal.
-Dean! Eu acho que sei o que eles estão a pensar em fazer diz Cindy.
-Yeah! I Know! Freakin Bastards.
Antes que mais alguém pudesse dizer ou fazer algo, William e Minerva surgem com os dentes à vampiro, aqueles dentes que eles já conheciam bem, mas o processo de baptizar alguém como vampiro era totalmente diferente dos que já conheciam.
William aproximou-se da rapariga do casal. A parede à volta parecia ser à prova de som porque ela gritava e eles não pareciam minimamente incomodados com isso.
-Não precisam de ter medo. Vocês são pessoas lindas e quando se tornarem como nós ainda vão ser mais adorados e desejados do que agora. Tal e qual como aconteceu connosco William falava-lhes de uma maneira terna como se fosse um pai a dirigir-se a um recém-nascido. Aproximou-se da rapariga e tocando-lhe carinhosamente numa perna, como que parecendo desejá-la, mordeu-lhe o pescoço, não parecendo, nenhum deles, ter a intenção de matá-los, mas apenas deixá-los fracos.
Minerva aproxima-se do rapaz e faz-lhe o mesmo.
-Quando ficarem igual a nós, vão agradecer-nos; as possibilidades que vocês passam a ter: a eterna beleza, a eterna juventude, o eterno desejo. Basta não resistirem e deixarem-se levar disse Minerva.
-Que aconteceu aos desaparecidos? Pergunta Cindy estarrecida.
-Esses não interessavam. Deram-nos o sustento necessário Mas vocês foram os abençoados, os escolhidos por nós para se nos juntarem na vida eterna.
Allison geme de dor quando William lhe toca na perna esquerda, a mesma que ela tinha ferido, e a perna estremece em espasmos dolorosos, devido à posição incómoda em que se encontrava e pelo facto de a ter assim há já algum tempo, parecendo as dores terem voltado por breves instantes.
William nota tudo isso e Minerva dirige-se agora a Sam, dizendo:
- Ah! A injusta e dolorosa condição humana. A partir do momento em que te tornares como nós, essa dor desaparecerá e passarão a ser perfeitos: sem qualquer dor, sem qualquer doença, sem qualquer ferida física e psicológica.
Minerva fere o pescoço de Sam, bebendo o seu sangue, mas passado algum tempo, dobra-se para a frente, cuspindo o sangue que tinha bebido dele para o chão.
William corre para ela, em pânico:
- Minerva? William abanava-a. Minerva parecia agora não conseguir respirar e passado algum tempo depois, Minerva cai no chão, morta, os seus dentes recolhendo-se para dentro e os olhos fixos no tecto.
-Mas que raio? William olha para Sam, que parecia zonzo, mas antes que William fizesse alguma coisa, sente um barulho atrás de si; volta-se e vê Dean com uma espada na mão, a espada que estava fixa numa parede e William não vê mais nada depois disso.
Dean solta Cindy em primeiro lugar; o casal estava zonzo, tal como Sam e Allison, que apesar de não ter sido mordida, ostentava caretas de dor, por causa da perna.
Dean soltou o irmão, preocupadíssimo, olhando para a ferida no seu pescoço e depois para Minerva, morta no chão, mas nada disse.
Cindy ajudou a irmã a levantar-se e sentou-a no sofá da biblioteca, assim como Dean com Sam e depois com o casal.
Com Minerva e William mortos, as feridas nos pescoços do casal e de Sam iriam sarar normalmente, não se tornando nenhum deles num vampiro. Para além disso, como tinha sido só uma mordidela, tudo ficava por ali, uma vez que seriam precisas mais duas para alguém se tornar vampiro a full-time.
Por isso, enquanto Cindy tratava das feridas do casal, Allison tratou Sam.
Dean telefonou depois à polícia local e pediu para falar com alguém que percebesse inglês: do outro lado, afiançaram-lhe que no dia seguinte, estaria alguém lá para os levar de volta a Bucareste.
Os lobos, esses, desapareceram e nunca mais foram vistos.
O casal foi depois transportado ao quarto deles onde foram deitados na enorme cama de casal, adormecendo quase imediatamente.

Sam foi amparado por Dean, que o deitou na cama, com cuidado, parecendo muito preocupado, acabando Sam por adormecer também pouco depois.
Allison estava à porta, parecendo agora já andar sem o apoio de ninguém e foi a coxear que se despediu da irmã e de Dean, fechando a porta do quarto atrás de si, dirigindo-se também ela para a cama, muito cansada e olhando preocupada para Sam, que dormia num sono calmo e profundo.
Allison fechou a luz da cabeceira e para se reconfortar a si própria, pegou na mão de Sam e uniu-a com a sua, adormecendo imediatamente.

-Que se passa, Dean?
- O Sam.
-Ah!
-Sabes de alguma coisa? Quer dizer, o Sam ele matou-a com o sangue delecomo?
-Não faço ideia. Acho que não é caso para te preocupares, Dean. O Sam é diferente, é especial. Logo, estas coisas acontecem. Vá! Tenta dormir Cindy dá-lhe um beijo na face e dirige-se para a cama.
Dean segue-a, puxando-a para si e beija-a, deitando-a na cama e despindo-lhe a camisa de dormir.
Dean faz amor com ela, estando a afeição por Cindy a crescer cada vez mais, cheirando agora o seu perfume, unindo-se ambos naquela terra ,mágica.
Mais tarde, no duche, Dean acabou por lhe dizer:
- Tu és a mulher da minha vida, Cindy e abraçou-a carinhosamente, encarando-se ambos por um período de tempo, sem nada dizer, só lendo os pensamentos um do outro, compreendendo-se.


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fixe o episodio aww mais uma vez tudo muito bem detalhado e foi porreiro terem saido dos states pa nao ser sempre a mesma historia de andar em cidade a cidade motel matar bla bla bla XD A outra nao deve ter la gostado muito do sangue do Sam por ter sangue de demonio furious Keep Up biggrin

-- Edited by Fábio on Thursday 7th of May 2009 05:28:58 PM

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Episodio 17

Estavam a 5 minutos de chegar ao seu destino e desta vez tinha sido Cindy a pôr na bebida de Dean algo para ele dormir.
-Com que então ele tem medo de voar! Dizia Allison.
-Sim, tem, mas não lhe digas nada. Ele, para além de Sam só pensa que mais eu sei sobre isso.
- Eh! Eh! Okey Dokey! Allison consentiu com um sorriso compreensivo Portugal, were we are!
-Não conheço nada para aqui e sempre quis conhecer, confesso, a ilha da Madeira e dos Açores e Portugal Continental disse Cindy. É lindo!
-Okey Dokey! Consentiu Allison, alegre.
Cindy abanava agora Dean, que demorou imenso tempo a acordar e com os olhos ainda quase totalmente fechados, disse: - Já chegámos aos States, Sammy? Quero um hambúrguer.
Sam, Cindy e Allison desmancham-se a rir enquanto arrumavam os malões e esperavam que as pessoas saíssem primeiro.
Dean, ainda estava endorminhado e foi Sam que o ajudou a encaminhar-se para as escadas do avião.
Dean, com a claridade, tirou os óculos de sol que tinha no bolso da camisa e colocou-os.
Estava um sol muito forte. O clima, na ilha da Madeira, parecia ser bastante ameno e agradável.
Quando pisaram o chão, os quatro foram conduzidos por uma jovem guia a um carro que os transportava a um dos hotéis mais próximos.
Quando chegaram ao hotel, Dean, com os olhos muito inchados, tirou os óculos e olhava só à volta ainda bastante atarantado, enquanto Cindy fazia as reservas.
Os quartos, um ao lado do outro, eram muito diferentes de tudo o que eles já tinham visto até ali: a decoração era simples, mas muito acolhedora: o edredão da cama a condizer com os cortinados, a mobília em cerejeira, lindíssima, com um espelho por cima da mobília principal.
- I like it! Disse Dean e sem mais demoras, atira-se para cima da cama e parece preparar-se para dormir.
-Vou tomar um duche Cindy dirige-se para a casa de banho e passado algum tempo, Dean, parecendo já totalmente desperto, aparece por detrás dela no Jacuzzi, atirando-lhe com bolhinhas de sabão, ao mesmo tempo que lhe fazia cócegas e cai todo vestido para dentro do Jacuzzi, fazendo Cindy rir-se às gargalhadas.

-Para onde vamos? Perguntou Dean todo entusiasmado, ao mesmo tempo que respira o ar daquele lugar. Que ar tão puro! Hmm!
Sam tinha um mapa da Madeira nas mãos e apontava agora para diversos parques e zonas turísticas a visitar na cidade do Funchal.
-Estes aqui parecem-me bem bonitos! Cindy olhava para onde Sam apontava no mapa.
-ok! Vamos disse Allison.
-Que cheirinho! Continuava Dean.
-Queres mudar-te para aqui, Dean? Perguntou Sam ao irmão.
-Bem que não me importava e -Dean cala-se de repente, porque mesmo à frente deles estava o parque de Santa Catarina e todos emudecem a admirá-lo
Era uma das paisagens mais lindas que eles já tinham visto na vida: o parque possuía uma grande variedade de árvores e arbustos tropicais e tinha uma pequena lagoa com repuxos, estando instalada numa plataforma sobranceira a um porto e de onde se desfrutava de uma notável vista da Baía até á ponta do Garajau, como Sam indicou no mapa.
À volta estavam dispostas banquinhos brancos e passeios para as pessoas se poderem instalar e desfrutar daquele espaço.
-Bem, Dean, não és só tu que te queres mudar para aqui. Eu por mim fazia já aqui a minha casa disse Allison, algum tempo depois, com a boca aberta É simplesmente lindo!!!
Sam, Dean, Allison e Cindy dirigiram-se a umas escadas que permitiam subir a um estrado e contemplar não só a baía, mas também todo o parque e sentaram-se, mesmo ali, todos ao mesmo tempo, sem combinarem nada entre si, como se alguém lhes puxasse cordelinhos invisíveis e os fizessem ter todos o mesmo pensamento.
Uma Sra. idosa passeava por ali calmamente e atrás dela um conjunto de 4 gatinhos pretos bebés pareciam segui-la.
Mas os gatinhos, mais tarde, deixaram de a seguir, o que deu a entender não serem dela.
Um dos gatinhos pareceu depois olhar muito atentamente para eles os quatro e espreguiçou-se, começando por se aproximar muito a medo deles.
Os outros três gatinhos seguiram-no pouco depois e quando deram por si, estavam os quatro com cada um ao colo.
-Tão lindos! Eu sempre adorei gatinhos! São tão inteligentes. Adoro-os e Allison dava um beijinho na cabecinha do gatinho que tinha ao colo Não terão dono? Que estranho!
Mas quando Allison levantou a cabeça, em vez de ver Sam e Dean também ao pé de si e da irmã, constatou que desta vez, só a Cindy a acompanhava.
Sam e Dean tinham desaparecido.
Allison e Cindy levantam-se e trocam olhares entre si: os gatos tinham desaparecido quando elas se levantaram e acima de tudo, estranharam as suas roupas, os seus adereços e o que as rodeavam.
Cindy estava com um vestido à dama antiga verde, o cabelo preso ao alto, estando encantadora com os seus olhos castanhos muito vivos.
Allison tinha um vestido azul e com os cabelos, que estavam agora mais compridos, presos também num carrapito. Os seus olhos verdes estavam muito brilhantes e segurava nas mãos um livro de poesias, estando as mãos delas protegidas por luvas que condiziam com os vestidos.
À volta delas, o parque parecia mais verde, mais vivo, havia mais árvores e mais variedade de plantas, passeando aqui e ali cisnes no lago e pavões que se pavoneavam vaidosos, á sua volta, assim como cavalos que passavam por elas, montados por mulheres e homens, com trajes próprios de montar.
Outros homens tinham uma vestimenta mais fina com os seus coletes e camisas, brancas rendadas por baixo, fumando alguns deles charutos na companhia das suas damas, que ostentavam o mesmo género de vestidos das irmãs.
Naquele preciso momento, passavam agora dois rapazes que elas reconheceram como sendo Sam e Dean, mas ficaram mudas de espanto: Dean vestia um fato verde, com um colete e uma camisa de folhos, que Cindy achou lhe assentar extremamente bem.
Sam tinha um fato castanho claro, o colete a condizer e a mesma camisa de folhos. Allison achou-o um sonho, com o cabelo muito penteado, ostentando um olhar extremamente carinhoso.
Allison e Cindy pareceram esquecer a sua vida por momentos e como se estivessem a viver outra completamente nova, sorriram para eles, que tiravam o seu chapéu e lhes faziam uma vénia.
- Marquês Faria, às ordens de Vossa Senhoria o louro dizia à morena de vestido verde.
-Marquês? Eu conheço-o?
-Viemos, eu e o meu irmão de muito longe, da América e temos família cá e queremos conhecer os arredores e fixarmo-nos por aqui. E o nosso pai falou-nos das vossas senhorias, as irmãs Montemor e que as podíamos encontrar aqui Marquês fez um sorriso encantador para a morena.
O mais alto que o acompanhava fixava agora a loura de vestido azul, com um sorriso que a deixou completamente paralisada.
-Vocês são? Perguntou a morena.
-Eu sou o Marquês Faria e este é o meu irmão Samuel. E vossas altezas?
- Eu sou Rosa Montemor e ela é a minha irmã Dalila Dalila e Samuel só se olhavam se quiserem conhecer mais gente daqui, amanhã vamos dar uma festa e o nosso pai quer-nos apresentar a possíveis pretendentes. Enfim, apareçam.
Marquês e Samuel pareceram ficar cabisbaixos quando ouviram a expressão pretendentes, mas Rosa e Dalila sorriram para eles, encantadoras e os irmãos sentiram-se nas nuvens.
-Para onde se dirigem as vossas senhorias? Perguntou Marquês.
-Bem, se quiserem fazer a honra de nos acompanhar, eu e a minha irmã vamos até à nossa mansão.
Marquês faz uma vénia a Rosa, deixando-a passar à sua frente, enquanto Samuel faz o mesmo a Dalila, caminhando ambos ligeiramente atrás das irmãs.
-Vocês são de descendência americana? Perguntou Rosa.
- O nosso pai é americano e a nossa mãe portuguesa. Mas como a nossa mãe morreu, o nosso pai, para honrar a memória dela, decidiu vir para aqui e quer que assentemos aqui e construamos na Madeira, a nossa família Marquês olhava muito para Rosa.
- Vossas altezas procuram pretendentes? Pergunta Dalila.
- É um dos nossos primeiros objectivos responde Marquês constituir família e deixar descendência.
- E já têm algumas damas em mente? Pergunta Rosa.
- Pedidos não nos faltam responde desta vez Samuel.
-Pois, faço ideia comentou Dalila.
- E vossas senhorias? Pergunta Samuel.
- Bem, nós temos andado em viagem pelo mundo, por isso não parámos propriamente para constituir família. Os nossos pais acharam que podíamos ter tido sorte com maridos estrangeiros, mas eu entretanto fiquei viúva e a minha irmã, bem a minha irmã
- Cof! Cof! Pigarreou Dalila. Bem, digamos que não consegui decidir por nenhum. Eram extremamente aborrecidos, excepto um, mas que não era propriamente de título real e houve alguns problemas e
- Decidimos vir para aqui. É mais sossegado ajudou Rosa a irmã mas os nossos pais não desistem em nos acharem novos pretendentes mas a escolha é difícil, devido á variedade deles.
-Bem, mana, diz antes 15 pedidos secundou Dalila.
- 15? Disse Samuel Bem, isso não é de surpreender. Vossas senhorias são lindas, aposto que os bolsos estão bem recheados de coroas, são simpáticas, para não falar que davam excelentes mãese Samuel calou-se embaraçado.
- Obrigada, príncipe Samuel. E vocês? Quantos pedidos? Perguntou Rosa.
- Bem, chegamos somente à uma semana e tivemos um todos os dias.
-Bem - Rosa ia continuar a falar, mas alcançavam agora a mansão Montemor e os irmãos, com uma nova vénia e beijando-lhes calorosamente as mãos, despedem-se e Rosa e Dalila dirigem-se para o interior da mansão, olhando sempre para trás para eles, com um sorriso aberto.
- Minha nossa, mana! Eles não vieram da América, eles não são deste mundo! Foram criados, inventados Dalila sorria muito, com olhar sonhador São lindos. Acho que estou apaixonada.
-Por qual deles?
-Adoro aquele sorriso O Samuel e Dalila cai sonhadora num sofá.
-Bem, mana. Agora só temos que esperar que eles também apareçam amanhã e se proponham aos nossos pais Rosa cai ao lado da irmã no sofá, com um sorriso.

Estavam numa sala muito espaçada, o interior estava ricamente decorado com belíssimas obras de arte e os pais de Dalila e Rosa estavam em pé a cumprimentar o pai e os filhos Faria.
Os Montemor conheciam os Faria, principalmente a mãe, que era portuguesa e tinha sido amiga de infância dos Montemor.
Quando souberam que os Faria tinham voltado e sabendo também a quantidade de terrenos e dinheiro que possuíam, os Montemor sentiram-se honrados daquela família se apresentar e lhes pedir a mão das filhas.
-Fernando, há quanto tempo E o rei Faria abraçou o rei Montemor.
- Os meus pêsames pela morte da Teresa. Era uma jóia de mulher. Deus a tenha em paz disse Fernando Montemor.
O rei Faria consentiu com a cabeça e depois disse: - É bom ver-vos novamente e faz uma vénia à esposa de Fernando. Vossa senhoria.
- Que boas te trazem aqui, Gonçalo?
-Bem, acima de tudo, quero apresentar-vos os meus filhos Marquês e Samuel Gonçalo aponta para dois rapazes altos que se chegaram à frente, fazendo a vénia aos reis Montemor - cresceram e têm a intenção de se fixar aqui na Madeira e constituir família.
A rainha Montemor encarou-os, agora de frente, parecendo analisá-los e depois sorriu para eles, trocando depois olhares significativos com o marido, que consentiu depois com a cabeça para Gonçalo Faria.
-Sei também que as vossas filhas cresceram em beleza e em bens e a minha vontade de ver estas duas famílias juntas é muito forte disse Gonçalo Faria aos reis Montemor Não só para juntar duas famílias com laços fortes de amizade, mas também pelo prestigio que o nosso nome ostenta.
Fernando e a esposa continuavam a trocar olhares entre si, que por vezes olhava muito para os filhos Faria, parecendo contente com a proposta que Gonçalo apresentava.
-Eu vou chamar as nossas filhas a rainha Montemor sorriu para Gonçalo: Marquês e Samuel beijaram-lhe a mão, calorosamente, fazendo uma vénia e a rainha, sorridente, saiu da sala.

-Ai, que olhos. Nunca pensei que depois da minha aventura no Porto, me fosse apaixonar assim por alguém Dalila suspirava.
-Pois, e se queres que te diga, mana, depois da morte do meu marido, nunca depositei muitas esperanças em encontrar mais alguém. Mas o Marquês, aqueles olhos e o seu sorriso maroto.
-Pois é, mana. Adorávamos deixar descendência com eles, não era? Dalila ria-se às gargalhadas, utilizando a mesma expressão que Marquês tinha dito a Rosa.
As duas irmãs riam-se bem-dispostas.

A rainha Montemor bate á porta do quarto das filhas. Rosa vai abrir.
-Não adivinham quem está lá em baixo com o vosso pai?
-Quem? Provavelmente os Teixeira. Eles não nos largam a porta desde que nos puseram a vista em cima disse Dalila, sem entusiasmo.
-Não, chamam-se Marquês e Samuel. Dalila, que estava deitada na cama, levanta-se interessada e troca um olhar com a irmã.
-Ah! Parece que despertei a vossa atenção a mãe dizia brincalhona. Devo confessar que desta vez, acertaram e bem. Para além de elegantes, bem-parecidos, são riquíssimos, o pai americano, possuidor de muitos terrenos, não só lá, mas também aqui na Madeira. E vieram com o pai. O caso parece ser sério.
-Então, sendo assim, a mãe quer que aceitemos a proposta de casamento deles? Perguntou Rosa. E os outros 15? Já foram esquecidos? Rosa parecia testar a mãe.
- De todas as propostas, incluindo esta, a 16ª é a que mais nos soa ao ouvido
- E aos bolsos também disse Dalila, troçando.
-Bem, e para não falar que ao sermos todos amigos de infância, é bom juntar o nome destas duas famílias numa só. Bem, meninas, eles estão lá em baixo no jardim a mãe olhava pela janela porque não vão ter com eles? Dalila e Rosa descem as escadas e passado algum tempo, estavam os quatro reunidos, desta vez, oferecendo-lhes o braço a cada uma.

-Wow! Mas que what a - Dean, Sam, Allison e Cindy estavam no estrado do jardim de Santa Catarina; todos acordam ensonados e muitas pessoas olhavam para eles, parecendo que tinham estado já há algum tempo a tentar acordá-los.
Os quatro levantam-se atarantados, mas antes que sucedesse mais alguma coisa, Allison aponta para os quatro gatinhos pretos bebés e começa a correr atrás deles, com uma expressão determinada.
Os outros seguem-na: os gatinhos corriam agora mais depressa até que depararam no que parecia ter sido uma mansão, mas que agora se encontrava em ruínas.
-Mas que raio se passou? Foi a experiência mais estranha que tive na vida e as roupas? Que comichão! Queixava-se Dean.
-Comichão? Perguntou Cindy, com um sorriso maroto.
- Hããã yah!
- Nós éramos mais os pés. Que desconforto. E o raio do espartilho. Que horror. Mas o que se passou aqui? Alguém sabe? Perguntou Cindy.
-Voltámos atrás no tempo! Disse Allison.
-Sim, isso deu para ver Mas como?
-Bem, só pode ter sido espíritos brincalhões! Disse Sam.
- Um velhaco? Alvitrou Cindy.
- Nah! Isto é obra de algum espírito engraçadinho disse Dean.
- Neste caso, quatro espíritos Disse Cindy.
-Porquê quatro? Pergunta a irmã.
- Fomos possuídos por espíritos de duas irmãs e eles pelos espíritos deles.
-Mas com que intenção?
- Divertimento? Arriscou Dean.
- Yah! É o que parece ter sido. Tudo parece ter corrido extremamente bem aos casais, nada de mortes violentas, nada de guerras entre famílias. Eles pareciam gostar todos muito uns dos outros - Sam cala-se, porque olha para Allison que lhe responde com um olhar carinhoso.
Dean e Cindy trocam olhares significativos: se os espíritos dos casais quisessem reviver o que tinham passado nada melhor do que possuir o corpo de casais que estavam apaixonados.
-Mas continuo a não perceber a intenção dos espíritos! Só reviver o passado e nada mais? Pergunta Allison.
-Algo me diz que temos que ir estudar para a Biblioteca diz Cindy.
-Crap! - Desabafa Dean.

-Ok! Aqui está: Rosa Montemor e Marquês Faria casaram-se no mesmo dia que Samuel Faria e Dalila Montemor, tendo sido dois dos casamentos mais bem recebidos da época.
Três anos depois, no entanto, esta história foi interrompida por uma tragédia: os quatro deslocavam-se a um passeio, com o filho de Marquês e Rosa já nos seus braços, quando sofreram um furto de quatro assaltantes que no processo mataram Marquês e Samuel Faria.
As viúvas, tendo sido Rosa, viúva pela segunda vez, não aguentaram do desgosto e deixando o filho de Rosa e Marquês como futuro legítimo do trono da Madeira, desistiram de viver e morreram pouco depois.
No entanto, houve vários relatos que na Primavera, e durante todo o tempo que dura o Verão, se avistam nas ruínas, os fantasmas dos quatro e os seus risos alegres e felizes.
Dois jovens estudantes e as suas namoradas juraram ter experienciado uma viagem atrás no tempo e vividos os períodos mais felizes dos dois casais.
O que é certo é que esta lenda é uma das mais vivas da cidade do Funchal e os seus habitantes não se cansam da história e de falar sobre ela e da injustiça dos dois casais terem estado tão pouco tempo juntos.
-Wow! Awkward! comenta Dean, ao fechar o livro de onde tinha acabado de ler a lenda, que também se encontrava escrita em inglês, para os turistas.
-Então, e agora? Diz aí onde foram eles enterrados? Pergunta Allison.
Dean abre novamente o livro e a certa altura, exultante, diz: - Refere aqui que estão os quatro sepultados juntos numa câmara só para eles na Igreja de todos os santos no Funchal.
-Bem, lá vamos nós ao trabalho sujo diz Sam.

Eram 03:00 da manhã. Dean e Sam tinham conseguido abrir a porta das traseiras da igreja.
Estava um frio de rachar lá dentro e sussurravam entre si, devido ao eco que se fazia sentir quando levantavam a voz.
As lápides dos quatro estavam num canto. Dean começou por abrir o que estava mais próxima: Samuel e Marquês Faria: - Awkward! Sinto como se me fosse matar a mim próprio.
Ao abrirem todas as lápides, um cheiro desagradável faz-se sentir e enquanto queimavam os corpos, depois de lhes terem deitado o sal, tapam o nariz e a boca com a camisola.
No final de tudo, e como que em paz, o espírito dos quatro aparecem-lhes com um sorriso, como que lhes agradecendo por lhes terem ajudado a partir para o outro lado definitivamente, tornando-se o amor que os unia, imortal, desaparecendo todos de mão dada com um estremecimento.

-Que fazes, Dean?
-Hmmm estou a escrever um poema para ti.
Dean e Cindy estavam no seu quarto de hotel, na sua última noite na Madeira.
-Desde quando escreves poemas?
-Desde agora.
Cindy lança um olhar estranho a Dean, e depois diz: -Algo me diz que este caso te deixou muito sensível.
-yap! Afinal de contas os espíritos deles escolheram-nos a nós!
Dean e Cindy trocam olhares e Dean levanta-se da cama onde estava a escrever e aproxima-se de Cindy que estava em pé a olhar para ele e abraça-a.
-Meu Deus! Como adorava ter um filho teu. Amo-te!
Cindy sorri para ele e beija-o, emocionada.
-Eu também te amo muito.
Dean dá uma festa no queixo dela e beijam-se apaixonados.
Dean, entusiasmado, pega depois no caderno onde escreveu os poemas e bate na cama, para Cindy se sentar.
Depois, de joelhos para ela, começa a recitar-lhe um poema:
São negros os teus cabelos,
Nem há mais bela cor
Quando em tranças se desatam,
Em declínio me arrebatam
Do mais puro e ardente amor!
Cindy ria-se às gargalhadas, parecendo estar a adorar ouvi-lo.
Dean aclara a garganta e continua:
Que mistério és tu na terra?
Luz ou flor? Estrela ou anjo?
És rosa cândida, ou lírio,
Que no prado

Os raios do teu olhar
Que em hora de intenso gozo
De ti colhi doce encanto!
Ai, mudaram meu repouso
Num eterno sonhar
Allison olhava embasbacada para Sam e disse: - Estás a deixar-me em brasa, Sam! Para além de lindo e inteligente, és também poeta?
- Espera tenho mais
Que mais linda cor podia
As tuas tranças conceder
Deus, ao mandar-te vir ao mundo
Pra d amores me perder?
Áureas, como os áureos raios
Do sol, ao vir a manhã,
O seu brilho
Allison, no entanto, não o deixa continuar e beija-o nos lábios; Sam larga o caderno, que cai no chão e beija-a de volta, até que Allison depois lhe diz ao ouvido, ternamente:
-Amo-te!
Sam, como resposta, abraça-a, apertando-a junto a si, suspirando aliviado, como se também ele já esperasse há muito tempo ouvir o som desta palavra.


-- Edited by Saphira on Friday 8th of May 2009 05:36:59 PM

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Que fixe vieram para Portugal biggrin foi muito bem escrito este episodio o tipo de linguagem e tal adequado áquela epoca muito bem detalhada. Foi diferente dos outros episodios este, mas gostei, muito love no ar xD a relação deles esta cada vez mais forte aww Vamos ver o que ira acontecer agora smile

-- Edited by Fábio on Wednesday 20th of May 2009 02:36:51 PM

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weeeee. obrigada pelo comentario. episodio 18 ja a seguir awwawwaww


Episodio 18

Ó Maria! Não viste o livro de cheques? Juro que o tinha deixado mesmo aqui andam sempre a desaparecer coisas. Que chatice!
- Pois, Luciana, ainda ontem desapareceram coisas da cozinha. O António já se anda a passar e já ameaçam despedir alguém não tarda nada.
-Que coisas são essas que desaparecem?
- Talheres, comida!
- Comida? Luciana abanava a cabeça, incrédula.
Mas antes que pudessem dizer mais alguma coisa, quatro pessoas entram no Lawrences Hotel cheios de malões e mochilas.
-Oh não, mais coleccionadores de arte comenta Maria Boa tarde! Maria dirige-se a eles com um sorriso.
-Good afternoon. Wed like to make a reservation. Two rooms with double bed, please o rapaz mais alto falava.
Maria e Luciana trocaram olhares. Mais estrangeiros era sempre bom para o negócio.
-Here you have. Two rooms. Nº 24 and 26 in the second floor - Ó Manel e toca a campainha que estava no balcão.
Passados segundos, um SR dos seus 40 anos chegou e a Maria disse-lhe:
-Ajuda a transportar a estes senhores as malas até ao quarto 24 e 26. São estrangeiros, por isso fala em inglês.
Manuel, atarantado, dirige-se às raparigas: - Let me help you! E pega nos malões delas até aos quartos 24 e 26, abrindo a porta do 24 em primeiro lugar e entregando-lhes as malas, indicando-lhes o quarto. Mas Dean, todo despachado, segura as malas de Cindy e entra no quarto atrás dela.
Manuel, atarantado, esperava à porta de algo e Cindy, toda sorridente, deu-lhe uma gorjeta, fechando depois a porta.
Sam pega nas malas de Allison e depois de Manuel abrir a porta do 26, eles entraram lá para dentro, depois de Sam, também ele, dar uma gorjeta a Manuel.

-Estes estrangeiros são bem bonitos! Diz Manuel a descer as escadas até junto de Luciana e de Maria.
- Não achei eles muito por aí além diz Luciana Prefiro os nossos portugueses.
-Estás parva? Estes rapazes são bem jeitosos. Eu não me importava de dar uma voltinha com ambos.
- E eu com as moças! Que lindas! Diz Manuel Mas as bonitas já são todas comprometidas. É sempre assim Manuel suspira, resignado e volta para a cozinha a cantar:
Love of my life, dont leave me,
You break my heart, and now this hurt me Love of my life, cant you see e quando Manuel entra na cozinha, a sua cantoria dos Queen abafa-se e Maria e Luciana regressam ao seu trabalho, com um sorriso nos lábios.

Cindy olhava pela janela onde podia desfrutar de uma vista parcial de Sintra. Estava feliz, apesar de se sentir com umas ligeiras dores de cabeça e cansada.
Enquanto Dean tomava um duche, Cindy decidiu abrir a pequena TV do quarto de hotel: Nada de jeito. Para não falar que era quase tudo em português e Cindy dominava alguma coisa da língua, mas não o suficiente. Tivera só durante 5 meses no centro, onde teve contacto com a língua portuguesa, mas foi pouco tempo; No entanto, no dia-a-dia, dava para desenrascar.
Ligeiramente zonza, Cindy deitou-se na cama, desligou a televisão e segundos depois, adormeceu.

No restaurante do Lawrences Hotel e enquanto esperavam pelo jantar, foi-lhes servido um aperitivo, com o qual Dean se pareceu deliciar. Cindy deu uma dentada e parecendo subitamente enjoada, rejeitou-o e Dean pediu-lhe se também o podia comer, ao qual Cindy respondeu afirmativamente, aliviada.
-Dean, se comes logo isso tudo agora, já nem vais ter fome para o resto do jantar. Sam olhava para o irmão, trocista.
-Mas isto é delicioso - Allison parecia estar também a gostar e tanto ela como Dean pareciam querer mais; no caso de Dean já seria o terceiro pedaço.
-Espero que o jantar esteja bom. tou com uma fome de lobo disse Dean.
Naquele preciso momento, chegavam os empregados com o jantar, com um tabuleiro cada um, que era composto por carne de porco preto a acompanhar com arroz frito, legumes e vinho do Porto.
Dean, a inicio receoso, começou depois a comer, rebolando os olhos de prazer e passando a língua pelos lábios.
-Its delicious!
Allison começou também a comer, seguido da irmã e de Sam.
A comida estava realmente deliciosa e o vinho do Porto era simplesmente divinal.
Allison engoliu-o todo de uma vez e depois arrependeu-se, porque queria mais.
Dean levantou-se da mesa e passados segundos, trazia na mão uma garrafa do mesmo vinho, pondo mais no seu copo e no de Allison, que sorria satisfeita, piscando-lhe o olho.
-Algo me diz, Dean, que enquanto estivermos em Portugal, vamos engordar uns bons quilinhos! - Allison riu-se às gargalhadas.
-Eh! Eh! Eu quero mudar-me para cá! Este país é delicioso: Madeira e agora este paraíso hmmm - Dean continuava a comer regaladamente.
-Ai! Que horror! Ai! Uma mulher na mesa ao lado gritava e apontava para o prato, levantando-se, histérica.
Toda a gente olhava à volta e para a Sra., para saber a causa do tumulto até que algumas se aproximaram e começaram também, abismados, a reclamar do restaurante.
-Que se está a passar? Perguntou Allison.
-Pelo que percebo, apareceu um insecto no prato da senhora Cindy estava com cara de enjoada e todos os quatro olham num rompante para o seu próprio prato, para ver se porventura, teriam alguma coisa fora do normal, mas tudo parecia estar em condições.
-Isto não pode ser assim! Vou-me embora deste hotel! Ainda ontem no meu duche trocaram o meu champô por detergente para a loiça. Eu não sei quem é o engraçadinho, mas neste hotel não fico mais a senhora, revoltada, pega nas suas coisas e vai-se embora, deixando para trás um tumulto de vozes.
-Ainda hoje de manhã apareci com os lençóis da cama rasgados e tenho a certeza que ontem ao deitar-me estavam em condições! Quem será o engraçadinho? Disse um senhor perto deles.
Cindy tentava traduzir, porque apesar de algumas palavras serem desconhecidas para ela, Cindy percebia o sentido da frase e traduzia aos outros três na mesa.
-Bem, viemos para a um hotel interessante, algo me diz comentou Allison, trocista.
Quando acabaram o jantar, ainda provaram travesseiros e pastéis de Sintra, especialidades da zona e Dean parecia estar a gostar.
Allison, desta vez, pareceu não gostar dos travesseiros e deu-os a Dean, que satisfeito o embalou a seguir ao seu.
O próprio Sam parecia estar a gostar e Dean depois disse-lhe:
- Muito bem, Bro! Gosto de te ver assim a comer! Mas vê lá se não engordas muito. Depois ficas muito balofo e a Allison não gosta. Ah! Ah!
Sam comia um pastel, parecendo guloso e Allison diz-lhe, piscando-lhe o olho e pondo-lhe uma mão na barriga: -Não te preocupes, meu Sammy! Eu adoro-te de todas as maneiras. Passarias a ser o meu balofo preferido.
Sam sorri para ela e depois diz ao irmão: - Mas olha que tu, se continuares assim, nem cabes no lugar do condutor do teu precioso Impala Por isso!
-Ah! Ah! Very funny! Temos que aproveitar o momento, Dude! Carpe diem, Bro!
Quando finalmente acabam o jantar, passam pela recepção e de repente, Luciana, uma das recepcionistas, sai com o cabelo todo sujo de farinha e Maria perguntou-lhe logo o que se tinha passado, ao qual ela respondeu, furiosa:
- Ia a abrir uma porta do armário da cozinha para tirar a farinha para ajudar a cozinheira, porque a outra demitiu-se, quando a própria farinha me cai na cabeça e depois para o chão. Perguntei logo quem tinha sido o engraçadinho, mas ninguém se descose. Quem se demite um dia destes sou eu e Luciana ainda mais furiosa, sobe as escadas e dirige-se ao seu quarto para mudar de roupa e tomar um duche.
Maria vê depois os quatro e pergunta-lhes:
- Hi, are enjoying the stay?
-Oh yes! The food is excelent, thank you! But whats happening? E Cindy apontou para as escadas por onde Luciana tinha acabado de desaparecer.
-Oh, nothing serious. Dont worry! If you need something, just tell us, Ok?
-Oh, thank you. We will do that Cindy sorri para Maria e os três seguem-na até ao quarto.
-Que se passou? Perguntou Dean a Cindy, enquanto se sentavam os quatro na cama e em dois cadeirões que ali se encontravam.
-Eu perguntei-lhe se me podia dizer o que se estava a passar. Eu percebi tudo o que a Luciana lhe disse, mas queria ouvir algo mais da boca da Maria. Mas eles não nos vão dizer, porque não devem querer que nos vamos embora. Se soubessem que o nosso dinheiro é todo de cartões falsos. Ui!
-Então, mas acreditam que algo se passa aqui? Pergunta Allison.
-Parece que sim. Mas ainda não sabemos o quê disse Cindy tens o EMF, Dean?
-Yap, Aqui!
-Ok! Assim, à noite, vamos até à cozinha e às divisões do andar de baixo do hotel, para ver se aparece alguma coisa disse Cindy
À noite, todos os quatro dirigiram-se para a cozinha, onde Dean, na dianteira, testava o EMF. Nada. Depois dirigiram-se para a sala de jantar. A meio, o EMF disparou que nem um louco e olham para o tecto ao ouvir um barulho. O candeeiro enorme do tecto da sala de jantar e lindíssimo, abanava de um lado para o outro, ouvindo-se uma gargalhada divertida de fundo.
- É um espírito! Disse Cindy.
-Não sabemos ainda. Mas se o candeeiro está a abanar que é que fica por cima desta sala? Pergunta Dean.
- Vamos ver disse Sam, dirigindo-se para as escadas, silenciosamente, e constatam que a sala de jantar não era nada mais nada menos que o centro do corredor do primeiro andar.
Dean, com o EMF, dirige-se para o centro do corredor, mas desta vez, o aparelho parecido com um walkman, não acusou nada.
Dean torna a descer até á sala de jantar, seguido sempre pelos outros.
Agora, no entanto, caía cal do tecto e Sam conseguiu desviar o irmão para o chão, empurrando as raparigas para o lado, caindo também perto delas, enquanto o candeeiro caía com grande estrondo no chão da sala.
-Estão bem? Perguntou Sam aos três, ajudando as raparigas e o irmão a levantarem-se. Temos que sair daqui antes que pensem que fomos nós.
Os quatro escondem-se mesmo a tempo numa porta que ali se encontrava, enquanto Luciana, Maria, e mais três homens que eles ainda não tinham visto, todos de roupão, se apressavam e olhavam agora para o tecto e para o candeeiro caído no chão, estupefactos.
-Mas que raio se passa aqui? Um dos homens parecia atarantado.
-Não sei, Carlos! Isto anda a ficar tudo muito estranho neste hotel! Não sei o que se passa! Acham melhor fecharmos ?
-Maria, não digas uma coisa dessas! Vou telefonar imediatamente para as reparações a ver se ainda podem fazer algo até os hóspedes acordarem.
Carlos sai por ali disparado e passado pouco depois, volta com notícias: - Eles vêm já a caminho! Carlos pôs as mãos à cabeça. Vou fazer entrevistas a todos os trabalhadores daqui, para ver se viram alguma coisa estranha. Temos que achar o culpado disto tudo e pô-lo a mexer daqui. Não tolero engraçadinhos.
Mais tarde, dois técnicos chegaram e Carlos fechou a porta grande da sala para abafar o barulho e os quatro puderam assim subir aos seus quartos.
-Eu acho que sei o que é! Disse Cindy.
-Um poltergeist disseram logo os outros em coro.
-Chiu! Não podemos acordar ninguém! Não se esqueçam que foi um poltergeist que matou a nossa amiga Lucy. Que raiva! Disse Cindy.
-Sim, mana mas acho que este é diferente.
Os dois irmãos consentiram e Allison continuou: - Eu acho que estamos a lidar com o Peeves em pessoa. Sabem, deve-se ter farto de Hogwarts e decidiu mudar de ares para Portugal! Eu até curto o Peeves! É tão engraçado!
-Allie - ia começar Cindy.
- Eu sei, eu sei, mas este aqui parece ser divertido e querer divertir-se á custa das outras pessoas e ainda não matou ninguém certo?
-Ok! Ok! Mas temos que fazer alguma coisa! Disse Cindy.
-Nós sabemos como podemos fazer isso! Dean, lembras-te da Missouri Mosley, e das ervas que ela nos ensinou a fazer para afastar o poltergeist?
-Yap! Raiz Angelica e pó de encruzilhadas! E a erva Carob.
-Só isso? Perguntou Allison.
-Bem, na primeira vez que utilizamos isso ele saiumas depois voltou outra vez disse Dean Mas isso já é outra história. Mas nós não temos pó de encruzilhada.
-Temos nós e Allison dirigiu-se ao quarto dela e do Sam, trazendo um saquinho verde.
-Okey Dokey! Só temos que colocar isto onde? Pergunta Cindy.
-Nos cantos do hotel disse Sam como fizemos em Lawrence. Tem que resultar, certo?
-Bem, agora vamos dormir e amanhã já se vê disse Cindy.
-Até amanhã Allison e Sam despedem-se dos irmãos.

Quando Allison acabou o seu duche, na manhã seguinte e ia vestir o seu roupão, constatou que tinha desaparecido e não estava onde o deixou.
-Sam! Chamou Allison. Mas ele não respondeu e Allison não teve outro remédio senão ir nua e descalça até ao quarto, uma vez que os chinelos também tinham desaparecido.
Sam ainda dormia, parecendo estar no seu segundo sono e Allison viu que não podia ter sido ele a tirar-lhe o roupão e os chinelos.
Finalmente, encontrou o roupão e os chinelos debaixo da cama. Ela sabia que não os tinha deixado ali.
Sem perceber nada, Allison vestiu-o e dirigiu-se à casa de banho, para secar o cabelo. No entanto, não prestou atenção a um sabonete, que se encontrava agora no chão, fazendo com que, segundos depois, Allison o pisasse, escorregando e batendo com a cabeça no chão, caindo inconsciente.

Cindy acordou com um leve barulho e constata que é Dean a ver TV, mas algum tempo depois olha muito fixamente para o aparelho: sem Dean tocar nele, os canais mudavam a uma velocidade incrível até que Dean tem o bom senso de a desligar da tomada principal e tudo pára por ali.
Dean e Cindy trocam olhares e Cindy acaba por dizer: - Algo me diz que ele não nos vai largar enquanto não o expulsarmos daqui, principalmente agora que ele sabe que vamos fazer de tudo para o expulsar deste hotel.
- Bem, vou tomar um duche Cindy volta a deitar a cabeça na almofada, mas depois ergue-se de um salto, quando Dean solta um berro.
Cindy dirige-se apressada à casa de banho, onde uma quantidade diversa de objectos eram atirados à cara de Dean.
Cindy entra por ali e num ápice arrasta Dean até ao quarto, fechando a porta atrás de si, com toda a força.
-Filho da mãe! Explodiu Cindy, enquanto olhava agora para vários golpes nas faces de Dean, que começavam a sangrar. Eu trato disso! Cindy vai buscar o que era preciso e começa a cuidar dos cortes dele com muito cuidado.
Depois de o tratar, beija-lhe as feridas e Dean diz: - Ah! Isto agora vai passar depressa! Com os teus beijos, as feridas vão curar milagrosamente. Eh! Eh!
Dean começa a beijá-la nos lábios; Cindy tenta resistir e quando Dean lhe levanta o roupão e lhe passa a mão pela perna, Cindy diz: - Dean, eu também quero muito isto, mas temos que despachar esta criatura. Quem sabe o que ela pode fazer a seguir.
Dean levanta-se, resignado e bufa de frustração, olhando para Cindy com olhos calorosos.
-Ok! Ok! Veste-te e eu não acredito que acabei de utilizar este verbo! Mais uma vez Dean bufa frustrado enquanto Cindy sorri, compreensiva.

Sam acorda muito lentamente. Allison já não estava na cama e não se ouvia nenhum barulho. Sam pensou que ela podia ter ido tomar o pequeno-almoço e calmamente levanta-se, começando por se dirigir à casa de banho para tomar um duche.
Allison estava inconsciente no chão e Sam a princípio pensa que está morta, não tendo qualquer reacção, como se de repente bloqueasse.
Depois, como que despertando, Sam, aproxima-se dela e toca-lhe na face, abanando-a. Abre depois as torneiras e molha a ponta de uma toalha, deixando depois as gotas de água para a face dela.
Ao mesmo tempo, Sam massaja-lhe os pulsos, só querendo que ela acordasse. Mas Allison demora a acordar e quando retoma a consciência, Sam pega nela ao colo e dirige-se para o quarto, deitando-a na cama.
Allison sangrava da cabeça e Sam torna a utilizar a mesma toalha para lhe estancar o sangue da ferida, enquanto ela, ainda tonta, recuperava a pouco e pouco e esboçava depois um leve sorriso.
-Allie, como estás? Sam passava carinhosamente a sua mãe na face dela.
-Que se passou?
- Não te lembras? Desmaiaste? Encontrei-te no chão da casa de banho inconsciente.
-Só me lembro que ia a secar o cabelo e depois
Sam dirigiu-se, de repente, à casa de banho e vê um sabonete no chão. Coloca-o no sítio certo e pergunta a Allison: - Não viste um sabonete no chão?
-Se lá estava, não fui eu que o pus lá.
Sam começa a andar de um lado para o outro, no quarto, nervoso e Allison acaba por lhe dizer: - Sam! Estou bem! A sério! Esta dor de cabeça já passa!
- Quando entrei na casa de banho e te vi assim, pensei que - Sam faz uma expressão triste pensei
Allison tenta levantar-se, mas viu tudo a andar à roda.
Sam aproxima-se dela e diz-lhe: - tens que ficar assim! Ainda não estás em condições. E ajuda Allison a deitar-se novamente.
-Eu estou bem, Sam!
Sam olhava muito fixamente para Allison que pega na mão dele: - Não vou a lado nenhum!
Continuavam ambos a fixar-se, durante muito tempo, em silêncio, até que se ouve uma pancada forte na porta.
Sam levanta-se e vai abrir. Podemos? Cindy e Dean entram de rompante, ao verem que ele estava decente e quando Cindy vê a irmã na cama, a deitar sangue da cabeça, corre para ela e pergunta, aflita: - Que se passou?
-Ela caiu com a cabeça responde Sam. Estava um sabonete no chão e ninguém o pôs lá. Ela deve ter tropeçado nele.
-Só pode ter sido o poltergeist. Filho da mãe! Explode Cindy.
-Que te aconteceu à cara, Dean? Pergunta Sam.
-Foi o poltergeist.
-Hããã? Sam estava pasmado. Como?
-Atirou-me com objectos para a cara. Enfim temos que despachar isto esta noite e é já. Antes que as partidas dele passem dos limites.
Juntam-se todos desta vez no quarto de Allison e Sam, preparando os saquinhos com a raiz Angelica, as ervas Carob e areia de encruzilhada. Com tudo pronto, metem nos bolsos das calças.
Allison, já quase refeita, vai com os irmãos e Cindy tomar o pequeno-almoço.
Enquanto comiam, iam discutindo os pormenores para aquela noite. O candeeiro da sala já estava no lugar e parecia igualzinho ao anterior. Sem dúvida que os donos do hotel tinham resolvido tudo sem ninguém ter suspeitado de nada.
De repente, Dean, assustadíssimo, pega na mão de Sam e impede-o de levar uma colher à boca: um prego estava mesmo no meio da colher e Sam solta-a embasbacado.
-Holy ****! Comenta Sam filho da...
Allison pega na sobremesa de Sam e com a colher dela, detecta o resto do que parecia uma barata e enojada, recusa-se a comer mais seja do que for daquele hotel.
-Isto é obra dele! Disse Cindy.
-Quando o encontrarmos, temos que lhe dizer que os alunos de Hogwarts estão com saudades dele a ver se pega- troçou Allison.
No entanto, naquele momento, as luzes vão-se abaixo e se não fosse pela claridade do dia lá fora, não se veria vivalma.
-Vou-me embora! Recuso-me a estar aqui mais do que uma hora! Uma senhora idosa levanta-se da mesa e sai disparada porta fora.
Algumas pessoas seguiram-na, outras mais aventureiras, deixaram-se ficar.
À noite, os quatro já estavam preparados; decidiram não se separar e escolheram a cozinha como a primeira divisão por onde deviam começar.
Os quatro cantos da cozinha foram baptizados pelas ervas e o pó de encruzilhadas e quando iam a passar para a sala, a porta da cozinha fecha-se num estrondo, fechando-os lá dentro.
Facas, garfos e todos os objectos cortantes começam a voar e ouvem-se risadas por toda a cozinha.
Os quatro baixam-se de cara no chão, enquanto Dean tenta abrir a porta da cozinha.
No entanto, a partir de uma certa altura, o poltergeist parece urrar de dor e as gargalhadas acabam tão depressa como começaram; os objectos cortantes caem todos com um grande espalhafato no chão e a porta da cozinha abre-se.
Os quatro passam agora para a sala de jantar e repetem o mesmo baptismo assim como no corredor do primeiro andar.
No final de tudo, uma luz muito forte parece vinda do chão que sobe até ao tecto em segundos e num esgar de dor, o poltergeist abandona o hotel, mas não sem antes, com uma gargalhada cruel, deitar as cadeiras e as mesas de pantanas para o ar, e o novo candeeiro cair de novo no chão.
Os quatro partem a fugir para os quartos deles, a toda a velocidade e entram no quarto de Dean e Cindy, por ser o primeiro a arfar, cansadíssimos.
Na manhã seguinte, mais uma vez, um candeeiro que eles os quatro sabiam ser novo em folha, estava no lugar dos dois anteriores e a sala e a cozinha impecavelmente arrumados.
Partem dali, com sensação de mais uma tarefa cumprida e decidem que a próxima paragem a visitar é o palácio da Pena e a Tapada Nacional de Mafra, seguindo depois para Tomar, por decisão de todos.


-- Edited by Saphira on Thursday 21st of May 2009 08:41:12 PM

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ai que fixe o episodio aww Eles em Portugal ta a ser altamente. Continua biggrin



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Episodio 19


A cidade de Tomar estava resplandecente e o sol ameno e agradável acentuava ainda mais a beleza daquele lugar.
Estavam todos numa pequena sala do hotel dos templários, em Tomar e Allison revia as fotos que haviam tirado à Tapada Nacional de Mafra e ao Palácio da Pena, em Sintra.
Todos se tinham divertido muito em visitar aquela zona de Portugal que estava a deixar marcas muito positivas em todos eles, e quanto mais para norte se dirigiam, mais bonito parecia ser.
As fotos da Tapada Nacional de Mafra revelavam diversas espécies de animais, entre eles gamos, javalis, veados, raposas e diversas espécies de aves, andando todos eles em total liberdade.
Para além disso, puderam ter acesso a cercados onde se fazia criação de lobos e onde se podia desfrutar de um variado leque de actividades, como percursos equestres, onde todos eles tinham passado momentos divertidíssimos.
Agora, em Tomar, no Hotel dos templários, analisavam um possível caso que lhes estava a fazer alguma confusão: pessoas desaparecidas no jardim dos templários, um dos jardins mais visitados daquela zona, mas que via as suas visitas descerem de um momento para o outro, devido aos desaparecimentos sem qualquer explicação lógica.
Aquilo só podia ser um caso para eles. Mas Allison parecia não ligar nenhuma ao que se estava a passar à sua volta, e com as fotos dos animais da Tapada Nacional de Mafra na mão, não se cansava de olhar para os lobos, os veados e as raposas, alguns deles bebés. Allison delirou com eles todos e foi tristonha que se despediu dos lobinhos e das raposas bebés, nunca se cansando de os rever nas fotos.
-Hei, lourinha chamada à terra Dean estalava os dedos e tentava chamar a atenção de Allison, erguendo o braço esquerdo várias vezes para ela, enquanto Sam lhe sorria, compreensivo.
-Mana, não sonhes muito alto! Cindy dava festinhas na cabeça à irmã e Allison, parecendo acordar, pôs as fotos dos animais de lado e olhou para eles:
-Yap! Tou acordada. Que se passa?
- Não tens estado a prestar atenção nenhuma, pois não? Disse Dean.
-Alguma. Que acham que pode ser? A causa dos desaparecimentos?
-Alguma criatura? Alvitrou Cindy.
-Bem, vamos ao jardim agora. Que acham? Disse Dean.
Dean levanta-se, levando na mão uma especialidade de Tomar designada beija-me depressa. Quando Cindy traduziu o significado do bolo, Dean riu-se, guloso. Para além de adorar o bolo, pareceu engraçar com o nome.
Partem todos para o jardim dos templários, passando no caminho pela antiga Tapada dos Cavaleiros da ordem de Cristo, agora transformado num parque municipal e de extrema beleza, sendo um espaço agradável de descanso, coberto das mais variadas espécies de árvores, ao som do correr das águas do rio nos açudes que o rodeiam.
O Jardim dos Templários não era tão agradável, sendo essencialmente caracterizado pelo labirinto que se localizava no centro: um labirinto que era ainda mais alto que Dean e da altura de Sam, que tinha que se inclinar em bicos de pés para ver para o lado de lá.
Era ligeiramente assustador e era basicamente a atracção principal do Jardim.
No entanto, com o tempo, a atracção inicial evaporou-se porque ficar perdido no meio daquele labirinto sem qualquer noção por onde era a saída e onde era o inicio poderia tornar-se numa sensação muito pouco agradável.
De longe, só parecia ser um simples muro de verdura, mas para quem se aproximasse mais de perto, veria que era um acumulado de ramos e folhas.
-Que raio? Dean fez um gesto de dúvida com os lábios. É aqui que as pessoas desaparecem? Weird.
Todos olhavam embasbacados para o labirinto e Allison saiu-se com esta:
-Querem ver que o labirinto tem poderes mágicos? Mas este não tem nenhum centro; é só caminhos ai ai só espero não encontrar nenhum dementor lá dentro!
- Ok! Vamos Dean toma a dianteira.
-Vamos mesmo? Pergunta Allison.
- Yap! Vamos todos juntos. Não nos podemos separar.
Dean á frente, seguido de Cindy, Allison e Sam entram no labirinto.
Parecia que já não era tratado há semanas, pois vários ramos se espalhavam pelo chão.
Conforme iam avançando, virando para a esquerda e para a direita inúmeras vezes, constataram que ia escurecendo cada vez mais. Sam olha para trás e para espanto dele nota que, pelo sítio pelo qual tinham vindo se encontrava agora fechado. Sam engole em seco e continua atrás de Allison.
A uma certa altura, Cindy aponta para o chão por baixo de um dos muros de verdura, onde se via, claramente um sapato. Dean aproxima-se e com a ponta de uma faca afasta o sapato, revelando o que parecia ser uma mão humana.
- Um corpo? Aqui? Pergunta Sam.
- Seems like it! Responde o irmão. Mas neste caso só está a mão.
Intrigados, decidem avançar. O tempo parecia agora escurecer a uma velocidade incrível e quando menos esperaram, um nevoeiro cerrado envolvia-os.
-Desde quando o tempo se transforma assim de um momento para o outro? Não me digam que são os Dementors! Allison tentava aligeirar o ambiente, mas também ela parecia apreensiva.
Naquele preciso momento, ouve-se um grito feminino, parecendo aflito e todos os quatro procuram seguir o som.
-Não se afastem. Pode ser uma armadilha! Cuidado! Gritou Sam.
No entanto, o nevoeiro era agora tão cerrado que Sam só conseguia ver Allison e pega-lhe na mão, engolindo em seco.
-Não me largues a mão, por favor!
-Ok! Allison segue Sam, que lhe passou á frente, sempre com a sua mão direita na esquerda dela, apertando-a.
Cindy e Dean já não se avistavam em lado nenhum; Sam e Allison não tiveram outra escolha que continuar o caminho.

Cindy e Dean tinham perdido rasto dos irmãos e seguiam o som do grito. Foram parar a uma clareira que eles sabiam não se lembrar de a ter visto quando avistaram o labirinto na sua totalidade.
No centro da clareira estava uma rapariga muito novinha, com os seus 18 anos e olhava muito quieta para eles, fixando-os com um vestido branco, e muito pálida.
Cindy e Dean aproximavam-se cada vez mais, até que a rapariga estremeceu, como se estivesse a ser visualizada através de um projector de slides, e desapareceu.
No centro da clareira, ouvem-se agora sussurros que pareciam ser de várias vozes.
Nenhum deles soube reconhecer o que diziam.
Dean puxou Cindy para junto de si e continuaram a andar até um outro caminho.
Mas a meio, enquanto prosseguiam, surge-lhes desta vez, um homem já idoso, que caminhava para eles e que com uma força incrível os atira para a clareira, que para consternação de ambos, se vêem com um muro de verdura entre eles, sem qualquer meio de passar para o outro lado, onde cada um se encontrava agora.
- Cindy, estás a ouvir-me, CINDYYY!
Cindy não ouvia nada. Nem Dean. Estavam completamente isolados, parecendo dar a entender que era essa mesma a intenção dos espíritos.
Cindy estava agora sozinha, prosseguindo ao longo de um muro de verdura, mas a partir de uma certa altura, sentiu-se tonta, e tossindo muito, caiu sem sentidos.

Sam e Allison, ainda de mão dada, constataram que estavam perdidos e sem ver vivalma à frente do nariz não os iria ajudar muito, na certa.
Continuaram, no entanto, até onde lhes pareceu ouvir o grito e deram com o centro de uma clareira.
No centro, encontrava-se Cindy desmaiada e Allison correu para ela, tentando reanimá-la. Parecia muito fraca e estava extremamente pálida.
Dean não se avistava em lado nenhum.
-DEAN! DEAN! Gritou Sam.
No entanto, naquele preciso momento, o chão da clareira começou a mover-se, saindo de lá de dentro apenas terra até se acumular num único monte.
Allison dava pancadas na face da irmã, aflitíssima, até que deu um suspiro de alívio, quando viu Cindy começar a tossir muito.
-Mana! Sam, ajuda-me a levantá-la! Allison e Sam, com uma mão nas costas dela, conseguiram pô-la de pé, que ficou depois apoiada nos ombros de ambos, ainda tonta.
Naquele momento, contudo, outro monte de terra começou a elevar-se do chão e aranhas enormes, tarântulas e viúvas negras saiam dele, dispersando-se por todos os lados.
Os três, com Cindy a arrastar, saem dali para o mais longe possível e vão depois dar a um longo caminho envolto por um muro enorme de verdura, muito mais alto que o próprio Sam e apressados e desesperados procuram uma saída.
No entanto, Cindy já quase totalmente desperta, grita e aponta para o chão: ossos, montes deles, que pareciam ser de pernas, braços, mãos e até crânios eram pisados por eles, que com a pressa, nem pareciam ter notado os estalidos e o som de algo a estalar debaixo dos seus pés.
Dean estava no fim do muro de verdura e com um isqueiro, queimava o que o rodeava.
Quando os quatro se encontram, Dean olha para eles, ostentando um sorriso de orelha a orelha, que depois se vai desvanecendo quando olha para trás deles.
10 Homens e mais 10 mulheres dirigiam-se para onde eles se encontravam.
Mas Dean, mais apressado de que nunca, tinha já queimado o muro de verdura, construindo uma passagem que os levou a outro caminho.
No entanto, enquanto corriam e iam pisando cada vez mais ossos, o labirinto continuava a não dar mostras de lhes revelar uma saída.
Todos já em pânico, não reagem no momento em que Sam os atira ao chão e grita: - Cuidado! enquanto uma pedra voava na direcção deles. Fecham os olhos, em pânico. Iam morrer ali, daquela forma mas naquele preciso momento, ainda de cara no chão, dão-se conta que já não estão no interior do labirinto, mas fora dele, devido a uma leve brisa e a uma luz muito forte: o sol.
Levantam-se, todos perplexos, ainda a olhar para o inferno verde que estava à frente deles.
-Como é que conseguimos sair dali? Meu Deus, como foi que
Dean, no entanto, calou-se e olha para Sam, que encarava o olhar de Allison, desviando depois, rapidamente, o olhar dela para o do irmão, fixando-o também.
Cindy, que parecia ainda não estar totalmente refeita, cambaleou e distraiu Dean do irmão, amparando-a.
-Bem hããã Cof! Cof! Allison toda despachada, diz, pigarreando:
- Eu acho que sei o que se passou ali dentro.
- O que foi? Pergunta Dean, conduzindo Cindy a um banco que ali se encontrava e forçando-a a sentar-se nele.
-E se isto antes era algum cemitério? E se este labirinto foi construído em cima dele? Eu por mim, queimava-o todo e mai nada, E se depois alguém cá viesse investigar o fogo, veria os esqueletos e procediam à limpeza e análise do chão e done.
-Mas Cindy, muito pálida, diz: - Como é que os ossos não são também vistos por fora? Onde nós estamos agora, por exemplo?
-Eu acho que os espíritos só atacam as pessoas lá dentro: atraem-nas, como foi connosco e só lá dentro é que vimos os espíritos e os ossos, certo? Lembram-se no inicio, de terem visto alguma coisa ou algum deles? Eu não e só algum tempo depois é que começou a surgir o nevoeiro. E estamos cá fora, graças a - Allison torna a olhar para Sam, com uma expressão curiosa e ao mesmo tempo terna e continua: e está sol.
Só agora os outros três pareceram notar o sol ainda muito brilhante e quente naquele fim de tarde e só agora todos pareciam notar o modo como se encontravam: Cindy estava pálida, com o cabelo todo desalinhado e um fio de sangue a escorrer dos lábios; Dean estava todo sujo de terra, com a t-shirt rasgada nos braços, a suar por todos os lados; Allison estava com vários cortes na face e nos braços, com alguns ramos de folhas no cabelo e Sam apresentava igualmente fios de sangue na face, nos lábios e as calças estavam descosidas nos joelhos, que também apresentavam alguns cortes.
A certa altura, Allison desmancha-se a rir, sendo acompanhada, pouco depois, por todos eles.
-Eu devia ter trazido uma máquina fotográfica! Disse ela e procura qualquer coisa dentro do bolso das calças, tirando pouco depois, o telemóvel: - Vá lá, meninos, em posição! E sentando-se no banco ao lado da irmã e de Dean, chama Sam para o seu lado e diz: - Vá lá, para mais tarde recordar!
Sam senta-se ao lado dela no banco e com as faces todas encostadas umas nas outras, Allison com um sorriso muito aberto, tira a foto.
-Ok, pessoal, agora que estamos finos, e que tal se procedêssemos ao churrasco deste inferno? Dean aponta para o labirinto.
Dean levanta-se e seguido dos outros, cada um com um frasco de sal, borrifam todo o percurso exterior do labirinto, queimando-o de seguida.
De inicio, ficam muito quietos, parecendo admirar o trabalho, enquanto o labirinto se consumia a si próprio, mas depois Cindy exclama:
- E se nos pirássemos daqui?! Eu não gostaria de ser incriminada por fogo posto. E não me parece que alguém fosse acreditar nos fantasmas simpáticos que encontrámos lá dentro
-Okey Dokey! Dean apoia-a com uma aceno afirmativo da cabeça e saem rapidamente dali, olhando sempre para trás.

Na manhã seguinte, Cindy aparece na esplanada do Hotel dos templários com um jornal na mão e muito concentrada, parecia tentar perceber o que era dito.
-Podes traduzir, mana?
- Bem, aqui diz que não sabem as causas que levaram alguém a pegar fogo ao labirinto, mas que, para espanto dos residentes em Tomar, por baixo, no solo, depararam com nada mais, nada menos do que com 50 corpos, alguns completamente inteiros, em esqueleto nada que nós não soubéssemos já e outros corpos mais frescos, descobrindo-se, finalmente, o destino das pessoas desaparecidas. O chefe da Judiciária não quer adiantar muito
-Não admira, não sabem do que se trata Dean rebola os olhos.
-Bem, basicamente é isto Cindy pousa o jornal numa mesa ali perto. So, e agora? O que se faz?
-Eu por mim ficava aqui para sempre responde Dean.
-Yeah! Mas sabes que não pode ser! Temos que partir mais cedo ou mais tarde para os States! Diz Sam.
Todos trocam olhares entre si. Sam tinha telefonado a Bobby, no dia anterior, mas ele sossegou-os, dizendo que Lilith não tinha sido avistada desde que eles tinham partido.
Mas eles também sabiam que era uma questão de tempo e Dean e Allison também sabiam que Sam estava cada vez mais preparado para a enfrentar.
Nenhum deles era tolo e sabiam que de alguma maneira, tinha sido Sam a salvá-los do labirinto e que os poderes dele eram só activados quando alguém de quem ele gostava muito estava em perigo.
Mas eles também sabiam que era uma questão de tempo até Sam não ter essa desculpa e poder utilizá-los a qualquer momento, em qualquer lugar, no futuro.
Ficaram em Tomar mais dois dias para saber se tudo tinha sido resolvido no que respeitava ao caso do labirinto, e no terceiro dia, decidiram arrumar as malas e partir, desta vez, em direcção ao Porto.





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Cool episode biggrin uhhh Porto agora a minha terra eheheheh aww


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obrigada pelo comentário.

episodio 20 já a seguir

EPISODIO 20

Sam, Dean, Allison e Cindy chegam aos seus quartos no Hotel Boa-vista e caem cansados na cama de casal.
Depois de várias horas de viagem, os quatro encontravam-se completamente esgotados e não pensavam em mais nada senão em dormir durante horas e horas para recuperar o sono.
Assim, nos quartos 14 e 15, não se ouvia absolutamente nada entre as 11h00 e as 19h00.

Uma rapariga estava a um canto de um quarto, parecendo encolhida de medo. Vestia apenas uma camisa de dormir e ostentava nódoas negras nas pernas e nos braços.
A porta do quarto abre-se e uns pés surgem na visão, uns pés pertencentes a um homem, visto que calçava botas muito grosseiras, largas e muito feias.
Como que para confirmar, ouve-se uma voz de homem ríspida e muito grave que diz: - Muito bem, portaste-te muito bem! O homem deixa um tabuleiro com comida em cima da cama, a única coisa que se encontrava naquele quarto e o homem, passado pouco tempo, vai-se embora, deixando a rapariga ainda mais assustada do que nunca. A rapariga aproxima-se da cama e vê o que o homem lhe tinha preparado para comer: apenas uma sopa, quase em pasta e uma fatia de pão com queijo.
A rapariga come o pão com o queijo e deita a sopa pelas grades da janela, que dava para as traseiras da casa, sendo uma rua muito isolada onde raramente passava alguém.
As paredes do prédio eram tão sujas que se vissem algo a deslizar por elas, não iriam notar muita diferença e a rapariga também sabia que o homem não iria dar pela falta que ela tinha cometido. Pelo menos, ela assim o esperava.
Tudo tinha começado quando o pai dela, um negociante do vinho do Porto, que vendia o vinho para o estrangeiro, se dispôs a fazer negócio com aquele homem.
Ana tinha-o visto quando ele e o pai entravam no gabinete dele para falar sobre a venda: o homem era estrangeiro e tinha um sotaque francês muito acentuado.
Tudo pareceu correr bem, até que duas horas depois o tal homem sai do gabinete do pai com um sorriso tão frio que Ana ficou sem respiração.
O homem tinha luvas pretas e vestia um sobretudo preto. Quando saiu do gabinete e viu que Ana o fixava lá fora, ele aproximou-se dela e disse:
- O teu pai não se está a sentir muito bem. Deixa-o descansar e sem mais nada dizer e com um sorrisinho, o homem parte calmamente e sai porta fora.
No entanto, Ana queria muito falar com o pai: tinha conseguido tirar a nota máxima a matemática. Ana estava exultante. Correu para o gabinete e abriu a porta, esperando encontrar o pai na mesa, a escrevinhar ou ao telefone, com os seus negócios, mas Ana não o vê na mesa, mas sim no sofá, onde por vezes o encontrava a dormir.
Ana aproximou-se sorrateiramente. Não queria acordar o pai.
Conforme se aproxima, vai conseguindo distinguir uma mancha vermelha no seu peito. De inicio, não percebe o que é, até que encara os olhos do pai e grita muito alto durante muito tempo: o pai estava de olhos muito abertos, fixos no tecto, ostentando uma expressão de puro medo e no peito a mancha vermelha era claramente sangue, resultante do que pareciam ser vários golpes sucessivos. O sangue jorrava agora para o chão branco da sala, alcançando quase os pés de Ana.
Ana não consegue falar e quando pára finalmente de gritar, vê tudo escuro, desmaiando no chão.

Dean acorda, ensonado. Eram 19h05. Cindy ainda dormia e completamente descontraído, foi tomar um duche, cantando para si:
Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know No nothing else matters enquanto abanava a cabeça e passava o chuveiro pelas costas.

Sam acorda pouco a pouco: uma leve brisa, bastante fresca, entrava por uma janela, que estava ligeiramente aberta. Sam fechou-a. Allison dormia ainda, desembrulhada. Sam tapou-a com os lençóis e o edredão e dirigiu-se depois para a casa de banho, para tomar um duche.

Ana acordou num quarto miserável, num lugar que não conhecia. Olhou em volta: o homem, com sotaque francês, encontrava-se à porta do quarto, sem se mexer, a olhar para Ana, que se sentou na cama com os joelhos muito próximos à cara, cheia de medo daqueles olhos fixos e frios como gelo que não paravam de a fitar.
O homem, depois, aproximou-se dela e sem nada dizer, tocou-lhe suavemente na face: - Nada te vai acontecer se te portares bem. E escusas de gritar. Aqui não passa quase ninguém. E mesmo que passe, provavelmente não te vão ligar nenhuma, porque ou é um bêbado ou um drogado. O homem faz o mesmo sorrisinho que ela já lhe tinha visto e levantou-se pouco depois, fechando a porta atrás de si.
Uma barata passava no chão, fugindo para um canto e Ana, aterrorizada pela volta inesperada que a sua vida tinha dado, chorou muito naquele dia, acabando por adormecer, encolhida com os joelhos a tocar no queixo.

Sam veste uns jeans confortáveis e uma T-shirt azul, onde se via o desenho de dois pássaros e umas garras de uma criatura sobrenatural. Deixando Allison que ainda dormia, Sam saiu do quarto com um casaco desportivo na mão e vestiu-o enquanto descia as escadas do hotel Boa-vista para jantar qualquer coisa.

Dean tinha acabado de tomar banho e vestia agora umas calças de ganga, uma t-shirt preta e o seu casaco de cabedal preferido, deixando Cindy a dormir, que parecia estar num sonho agitado.
Dean aconchegou-a mais com os cobertores e saiu do quarto para ir comer qualquer coisa. Estava capaz de comer um boi. Desce as escadas, apressado e entra no restaurante.
Numa mesa, a um canto, perto de uma janela, estava Sam, que jantava com apetite.
Dean aparece-lhe de repente e diz-lhe Gotcha! Ah! Ah! Tu a comer? E com fome? Que especialidade é essa que tens aí que faz despertar tanto os teus sentidos gustativos.
-Perna de frango a acompanhar com arroz frito, batata frita e salada de tomate e alface.
-Wow! Tu a comer saladinha?! Que menino bonito! E que vinho é este? É o mesmo com o qual me deliciei em Sintra? E isso, o que é? - Dean aponta para algo que Sam tinha no prato.
- Azeitonas pretas. Bem bom! Experimenta!
Sam mastigava um bocado de frango e as tais azeitonas e confirmou com a cabeça para Dean, deliciado.
-Bem, já volto. O teu prato está a deixar-me com água na boca. E eu estou cheio de fome Dean dá uma pancada na barriga e ia levantar-se, quando um empregado se aproxima dele e lhe pergunta o seu pedido.
Dean aponta para o prato de Sam, atrapalhado e o irmão salva a situação, dizendo: - He wants the same. Thank you!
O empregado consente com a cabeça, voltando pouco depois com um tabuleiro, onde se via um prato idêntico ao de Sam. Quando o empregado se afasta, Dean, completamente esfomeado, começa a comer a uma velocidade que deixou Sam embaraçado, fazendo com que algumas pessoas que os rodeavam nas outras mesas olhassem para Dean e dessem algumas risadas divertidas.
-Dean, o frango não foge! Ok?
-Isto é tão bom Dean falava com a boca cheia de batatas e enquanto comia mais um pedaço de frango e algumas azeitonas, pergunta ao irmão: - Então a Allie? Não veio contigo?
-Ficou a dormir. Não a quis acordar. Parecia tão cansada!
-É como a Cindy! Dean bebia agora uns goles de vinho, deliciado e depois disse: - Depois desta barrigada, apetecia-me um passeio ou fazer qualquer coisa. Não sei se consigo ir dormir depois disto.
Sam tinha acabado o jantar e bebeu um pequeno gole de vinho, recostando-se depois para trás na cadeira.
-Podíamos ir vendo de possíveis casos, mas a Cindy é que percebe português e se eu quisesse ler algum jornal, não sei se ia conseguir perceber alguma coisa Sam fez um gesto de dúvida com os lábios.
-Bem, eu também já acabei. Vou para cima. Pode ser que elas já estejam acordadas.
Os dois irmãos abandonaram o restaurante e quando chegam aos quartos, encontram elas ainda a dormir. Pareciam estar num sonho agitado, porque as pálpebras se mexiam constantemente. Sam ainda tentou acordar Allison e Dean, Cindy, mas não conseguiram.
Dean aparece no quarto do irmão, batendo à porta suavemente. Sam manda-o entrar e Dean, ao ver Allison a dormir, diz num sussurro ao irmão: - A Cindy ainda não acordou. Bem, elas estavam mesmo cansadas.
-Yah! Parece que sim Sam parecia apreensivo, mas depois, abanando a cabeça, disse: - Podemos ver no portátil algumas noticias que nos possam chamar mais a atenção. Vemos por fotos. Se entretanto aparecer alguma, pedimos para traduzir.
Dean acena com a cabeça num gesto afirmativo e numa pequena mesa que o hotel disponibilizava nos quartos, abriram o portátil e começaram por escrever no Google : News Oporto.
Um leque de links apareceram, de repente, até darem com uma escrita em inglês, referente a uma chamada de atenção para um homem foragido de origem francesa, procurado pela policia, mesmo ali na cidade do Porto. Por isso é que a notícia se apresentava em inglês: o assassino era procurado por toda a Europa, parecendo ter aterrado no Porto desta vez.
O homem, de origem francesa, era acusado de furto, fazendo-se passar por um homem de negócios de qualquer ramo, roubando depois as vítimas e matando-as, de seguida.
A última vez que tinha sido visto foi quando o corpo de um homem milionário, negociante de vinho do Porto, apareceu sem vida na sua mansão.
Sabia-se também que o milionário tinha uma filha. Durante semanas, procuraram rasto da menina, mas nada, levantando-se ainda mais suspeitas de que o assassino se encontrava ali no Porto, presumindo-se que tinha morto o pai e depois rapto a filha, por ter sido uma presumível testemunha. Davam depois uma descrição do possível assassino: moreno, muito alto, cabelos muito compridos e com olhos vítreos, sem qualquer expressão.
-Bem, mas isto não é um caso sobrenatural, Sammy.
Antes que Sam pudesse dizer algo, ouve-se um estrondo e vêem Allison a cair da cama, sentada agora no chão, com as mãos na cabeça, parecendo confusa.
-Allie, hei, estás bem? Sam levanta-se de um salto e aproxima-se dela, tentando afastar-lhe os braços da cara. Quando finalmente consegue, Allison estava confusa e pergunta:
-Onde estamos?
-Allie, estamos no Porto. Que se passa? Dormiste horas!
-Pois, tive um sonho ou um pesadelo muito real, tão real que e não conseguia acordar eu tentei libertar-me vezes sem conta, mas não consegui - e Allison encolheu os ombros.
Sam e Dean trocam olhares e Dean sai do quarto do irmão, disparado, voltando pouco depois com Cindy ao colo, deitando-a, também, ensonada e muito confusa, perto da irmã.
-Não quero dormir mais. Que horror! Cindy estava com uma expressão esquisita e levantou-se: - Mas que coisa tão estranha!
-Mas que se passa, Cindy? Perguntou Dean, preocupado.
-Tive um sonho tão real e não conseguia acordar tentei, mas não me consegui libertar.
Allison olha muito assustada para a irmã e pergunta: - Que sonho?
-De uma menina, com cerca de 12 anos e tinha um pai milionário, negociante de vinho do Porto e apareceu um homem assustador.
-Não acredito Allison parecia estupefacta.
-Que foi? Allie?
-Eu Eu também sonhei com essa menina e sonhei que foi raptada por aquele homem horrível e sonhei que estava num quarto com baratas e
-Eu também
As irmãs olham muito uma para a outra, confusas, e os irmãos trocam olhares perplexos.
-Dean, eu acho que elas sonharam com aquela notícia que vimos. Vocês ouviram algum nome? Sam pergunta às irmãs.
-Não, nada responderam ambas em coro.
Sam dirige-se novamente ao portátil e parece procurar algo em particular: - Bingo!
-Ana Silva, de 12 anos, filha de Álvares Silva, negociante de vinho do Porto. Traduzi isto agora pelo Google; está desaparecida há uma semana desde que o corpo do pai foi violentamente esfaqueado na sua mansão E Sam clica na foto do presumível assassino e mostra às irmãs que olham aterrorizadas uma para a outra. É ele!
-Bem, nesse caso, eu sei o que se passou diz Sam A menina foi raptada e só pode ser o espírito do pai que está a pedir ajuda. Ele quer que a encontremos e
-Ya! E agora, por onde começamos? Ela pode estar em qualquer lugar! Exclama Dean.
Allison ergue-se do chão, devagarinho, veste o roupão e senta-se depois ao fundo da cama, já totalmente desperta.
-Eu acho que posso dar uma ajuda.
-ya! Disse Cindy. Eu devo ter visto a mesma coisa que tu, mana Cindy aproxima-se da irmã na cama e ao lado dela, virando-se para os irmãos, disse: - Ela estava num quarto muito pequeno, que tinha grades na janela. Eu arrisco a dizer que ela estava numa casa ou prédio pobre, sem muitas condições.
-Sim, e o homem disse-lhe que ela escusava de gritar, porque ninguém a ia ouvir, porque só passavam por ali bêbados e drogados
-Certo! Isso já é uma ajuda E pelo que sabemos, pode ser uma casa ou prédio próximo daqui ou não Crap! Há imensas casas e prédios em más condições. Por onde começamos?
-Bem e que tal se fôssemos ver de registos de compra ou aluguer de casas e andares aqui no Porto? E podemos eliminar de imediato as que pedem renda muito alta. O assassino não quer chamar a atenção para ele. Por isso, deve estar a pagar renda de qualquer andar ou casa ou então, casas abandonadas. Provavelmente até longe da cidade - disse Sam. Sim, esta ainda me parece uma opção mais plausível. Com os furtos que faz, deve ser riquíssimo e provavelmente até tem qualquer casa das boas por aí, mas ele levou a menina para um lugar abandonado. Num andar, manter alguém preso chama a atenção mais cedo ou mais tarde. E ele não pode correr esse risco Por isso, casa abandonada é a única acção.
-Ok!... O sherlock falou! Vamos a isso, vocês- Dean ia a começar a falar para as irmãs.
-Nem penses que nós ficamos aqui. Já não quero dormir mais enquanto este problema não se resolver. E - Cindy coloca um dedo nos seus próprios lábios, impedindo Dean de falar - está dito. Vou-me vestir Cindy levanta-se da cama e dirige-se ao quarto dela.
Minutos depois, estavam os quatro a analisar os registos de venda, que Sam tinha conseguido obter ao ter entrado com a palavra-passe na área confidencial do site da câmara municipal do Porto. Mas era um trabalho árduo; já estavam há horas com os papéis na mão, que Sam tinha ido imprimir numa biblioteca ali ao lado e tinham até ao momento reunido 150 casas suspeitas.
Allison e Cindy não queriam dormir tão depressa, mas o sono e o cansaço começava a apoderar-se delas: até o próprio Dean e Sam não pareciam conseguir manter os olhos abertos por muito mais tempo.
Assim, uma hora depois, todos dormiam a sono solto.

Passos, uns pés e umas botas largas surgiam no campo de visão, num solo de terra batida.
Um carro começa a avistar-se pouco a pouco, e por fim é já possível distinguir a matrícula; era um carro cinzento, pertencente a um Fiat Punto e agora, muito claramente, o homem aproximava-se do carro, abrindo depois a porta traseira: no banco, amordaçada e de mãos e pés atados, estava Ana. O homem, com um sorriso irónico, fecha o carro e parte em direcção a um lugar incerto.

Sam e Dean acordam sobressaltados, tendo estado a dormir com a cabeça apoiada na mesa onde tinham as folhas. O espírito do pai, desta vez, introduzira-se também na mente dos rapazes, dispondo as informações que lhes faltavam.
Com a matrícula do carro, tudo era mais fácil, e ainda incrédulo, Sam viu que o portátil estava aberto numa página onde aparecia a foto do mesmo homem, mas agora com um nome por baixo.
As raparigas não se encontravam ali e as malas delas tinham desaparecido. Logo, elas tinham saído num reboliço e deviam ter ficado nervosíssimas ao verem que não os conseguiam acordar.
Sam e Dean procuraram por elas por todo o hotel e não as encontraram em lado nenhum.
- Crap! Elas devem ter ido atrás dele! Lets Go! Disse Dean, apressado.
Com a morada do assassino na mão, experimentam o metro do Porto, que 15 minutos depois, os deixam no seu destino. Apressados, procuram uma vivenda; ao encontrá-la, constatam que de momento, parecia desabitada.
-Não pode ser aqui que ele mantém a miúda, Sam.
-Não sei, vamos!
Apressados, dirigem-se para as traseiras da casa. Sam abre a porta com um pequeno arame e pouco depois estão no interior. Os irmãos param estáticos: o interior da casa não coincidia com o exterior: pó, sujidade, completamente, ou nalgumas divisões da casa, quase desprovida de mobília.
-Esta não é a casa abandonada, Sam! Não pode ser!
- Chiu! Um barulho provinha de um dos quartos da casa.
No meio de montes de lixo, pó e sem quaisquer vestígios de baratas pelo chão, Dean e Sam dirigem-se, agora com as armas na mão em direcção ao barulho.
A primeira porta que abrem é arrombada por Dean, que entra, seguido pelo irmão, de rompante no quarto maior da casa: a menina de 12 anos estava nos pés da cama, encolhida de medo e deitada, inconsciente, estava Allison.
Cindy estava atada a uma cadeira, e deitava sangue do nariz e dos lábios. O homem, como que parecendo estar à espera deles, apontava uma arma na direcção da menina e de Cindy, com um sorriso irónico.
-Demoraram!
Os dois irmãos, pararam, em choque. Sam só olhava para a arma, para Allison e para a irmã e a menina, em pânico.
Sam perguntou: - Mudou de poiso, foi? Esta não era a casa onde a tinha escondida, pois não? Sam apontou para a menina.
O homem, não parecendo surpreendido, respondeu: - Vocês são inteligentes! Como descobriram?
- Digamos que em comparação com esta casa, a outra deve estar bem pior, incluindo as paredes exteriores. E os quartos bem mais pequenos.
-Right!
- Como foi que descobriu que nós andávamos atrás de si? Perguntou Dean.
- Eu não descobri nada. Só sei que aqui as vossas amiguinhas queridas, pelo que parece o homem notava o olhar preocupado que eles lançavam às raparigas me descobriram na minha outra casa menos assiada. Tiraram a chave de um vaso que tenho na cozinha desta casa e descobriram a outra. Nada mau até que esta- apontou para Allison, ainda desmaiada na cama se começou a contorcer com dores, dando-me espaço de manobra, para com algumas ameaças a esta apontou para Cindy que lhe matava a maninha e a criança e decidi trazê-las para esta minha mais recente aquisição o homem ostentava um sorrisinho trocista. Mas seria de esperar que elas tivessem amiguinhos, tendo em conta o que acabou de acontecer á lourinha e agora o homem fingia um ar de pena.
- De que raio está você a falar? Perguntou Sam, que só olhava agora para Allison, em pânico Que raio lhe fez você? Seu
Sam fazia questões de se aproximar da cama e de Allison, mas o homem apontava a arma para Cindy, fazendo os irmãos recuar, furiosos.
-Your son of a bitch vociferou Dean Deixe-as ir.
-Eu não fiz nada a nenhuma delas. E posso continuar a não fazer. Tudo depende de vocês.
No entanto, antes que mais alguma coisa sucedesse, ouve-se uma voz diferente por detrás do homem, que diz: - Deixe-as ir!
Ao ver quem era, o homem solta um berro abafado e quase deixa cair a arma ao chão. A filha grita, assustada, e ao mesmo tempo aliviada: tinha reconhecido o fantasma do pai.
O homem começa a disparar contra o fantasma, mas ao ver que ele continuava no mesmo sítio, impávido e sereno, fica embasbacado.
De repente, ouve-se um tiro, porque, cheio de raiva, o homem virava-se para a menina, apontando-lhe a arma. Mas o som do disparo não provinha da arma do assassino e Dean olha para o irmão, que acabado de disparar, assumia uma expressão determinada.
O espírito do pai da menina olha uma última vez para a filha e sorri, desaparecendo, deixando Ana muda de espanto e com uma lágrima no canto do olho.
Dean solta Cindy, que sangrava ainda mais do nariz, enquanto Sam se dirigia a Allison, que acordava agora, esboçando um ténue sorriso ao ver Sam que de repente, lhe abre o casaco preto: sangue na camisa e calças de Allison.
-Eu sei o que se passou, Sam Cindy olhava para Sam, parecendo atónita.
Allison chorava e com a hemorragia que parecia ter parado agora, Sam pegou nela ao colo, ao mesmo tempo que Dean segurava a menina.
Cindy parecia ser a que se encontrava em melhor estado das três e telefonou para o hospital mais próximo.
Segundos depois, chegavam três ambulâncias, que ajudaram a menina e as irmãs a entrar nelas, com Dean e Sam atrás, nervosos.

Dean e Sam estavam na sala de espera quando um médico se aproxima e se lhes dirige, em inglês.
-Vocês são os namorados de Cindy e Allison Irvine?
-Sim. Somos. Como estão as três?
-Bem, a menina agora está óptima. Não há quem não queira agora acolher a menina.
Dean e Sam suspiram aliviados.
-A Cindy Irvine também está bem, assim como a irmã, mas
- Mas? Pergunta Sam, parecendo ansioso.
-A Cindy está óptima e o bebé não sofreu qualquer lesão.
- Bebé? Perguntou Dean, parecendo de repente, animado e apanhado de surpresa.
Dean lança um olhar ao irmão, que fitava o médico. E a irmã?
-Bem, lamento imenso, mas ela perdeu o bebé mas já a conseguimos estabilizar porque perdeu algum sangue; estava na sua terceira semana; vai ter algumas dores por uns dias, cansaço e fraqueza, mas ela ficará bem. Podem ir visitá-las. Estão ambas no mesmo quarto com um sorriso compreensivo, o médico conduziu-os a um quarto, onde Cindy se estava a entreter com um programa interessante na televisão, que pelas palavras dela, tinha a ver com vampiros e tinha um actor muito giro como actor principal. Allison comia qualquer coisa e com cara de repulsa, rejeitou-a pouco depois.
Os irmãos sorriam para elas, que ao vê-los, pareceram animar e Allison depois diz: - Blergh! Que raio de comida de caca!
-Allie! Então?!
- É verdade! Dude, esta gelatina sucks!
Sam e Dean ficaram contentes ao vê-las bem, Dean e Cindy trocando olhares, sabendo que um novo ser vinha ao mundo, fruto do amor que os unia. Mas nada disseram á frente dos irmãos.
Allison dizia piadas constantemente e tagarelava muito. Todos sabiam que era tudo ela a fazer-se de forte, mas também sabiam que muito provavelmente, estava corroída por dentro.
Uma semana depois, os quatro voltam ao hotel, Allison ainda fraca e foi Sam que, com cuidado a deitou na cama, adormecendo pouco depois, cansada.
Sam não podia acreditar que Allison tinha estado grávida e que tinha perdido o bebé, mas uma dúvida surgiu-lhe no espírito: Cindy também estava grávida e com ela tudo parecia bem; porque seria que com Allison não?
Sam deita-se na cama ao lado dela, observando-a enquanto dormia e de um momento para o outro, imaginou-se como pai e como seria com um filho seu e de Allison nos braços e sonhou com esse dia. Mas, apreensivo, questionou-se se alguma vez esse dia chegaria e se esse seu sonho alguma vez se iria realizar.
Frustrado, com uma mão na barriga de Allison e com a sua face encostada à dela, adormeceu, esperançado por dias melhores.


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Nossa Saphiraa! Vc escrevee muiito beem.biggrin

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